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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Bovespa atinge o maior patamar desde 2012

 Chrystiane Silva | Valor
  
A queda na cotação do dólar para o menor nível desde junho de 2015 fez com que as ações das empresas com dívidas na moeda estrangeira subissem na bolsa de valores. O dólar recuou 0,97% para R$ 3,064.
O Ibovespa fechou com alta de 1,89% aos 67.976 pontos, o maior patamar desde 14 de março de 2012, quando o índice marcou 68.257 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 8,9 bilhões. Hoje, também houve o vencimento de opções sobre o índice que trouxe volatilidade e movimentos bruscos no preço das ações. O desempenho positivo das bolsas internacionais foi outro fator que favoreceu a alta do Ibovespa.
Entre os papéis mais negociados, as ações preferenciais da Cemig subiram 6,93%, as unit do Santander ganharam 4,23% e os papéis do Itaú Unibanco tiveram ganho de 4,20%. A queda do dólar favorece a Cemig que tem uma relação entre a dívida financeira líquida e o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de 4,86 vezes, segundo o Valor Data. A queda do dólar ajuda a reequilibrar as contas dessas empresas, já que diminui a parcela de endividamento em moeda americana.
De acordo com Paulo Gomes, economista da Azimut Wealth Management, as empresas exportadoras são menos beneficiadas com a queda na cotação do dólar. “Já as companhias que têm dívida em dólar e são importadoras são beneficiadas pela queda na cotação”, diz. É o caso da M.Dias Branco, que fabrica biscoitos e importa trigo, e cujas ações subiram 3,29%.
De maneira geral, segundo Gomes, a queda na cotação do dólar reduz a percepção de risco do investidor, o que melhora a destinação de investimentos para o país. Outro efeito da queda do dólar é que as empresas exportadoras podem direcionar os produtos que seriam destinados ao exterior para o mercado local. “Com isso, pode haver uma queda da inflação, o que contribui para a redução dos juros”, diz.
Para Daniel Gewehr, estrategista do Santander, a queda na cotação do dólar em relação ao real é levemente positiva para a bolsa de valores. Segundo ele, 23% da composição do Ibovespa são de ações de empresas ligadas ao setor de commodities. Para este segmento, a desvalorização cambial não é positiva. “O dólar mais alto é melhor para essas empresas”, diz.
Por outro lado, nos cálculos de Gewehr, cerca de 35% do total das dívidas das empresas listadas em bolsa estão atreladas em dólar. Neste caso, a queda do dólar ajuda a reduzir o endividamento das companhias. “De maneira geral, a queda na cotação do dólar é positiva porque diminuiu a percepção de risco do país, o que ajuda as empresas”, diz.
Os papéis ordinários da Petrobras subiram 0,30% e as ações preferenciais tiveram ganho de 0,13%. As ações da Vale fecharam em baixa. Os papéis ordinários caíram 1,69% e as ações PNA recuaram 0,99%. No mercado internacional, o preço do minério de ferro recuou 0,7% em Qingdao, na China, para US$ 91,05 por tonelada. E 

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