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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Jabuticabas não deixam Brasil crescer

Por Gustavo Brigatto

Ana Paula Paiva/valorBrega diz que é mais vantajoso para a Whirlpool mandar produtos para Argentina a partir da Colômbia que de Joinville
O ano de 2017 vai trazer uma retomada tímida da economia, com expectativa de crescimento do PIB na casa de 0,5%. Mas a notícia que poderia ser positiva para o setor de eletrodomésticos e para a Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e Kitchen Aid não deve trazer muito alento, já que o desemprego ainda deve avançar, impactando negativamente o consumo.
Para João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para a América Latina, a mudança nesse cenário poderia vir do estímulo à exportação além do agronegócio. De acordo com o executivo, a demanda externa geraria demanda para a indústria, levando à contratação de mais funcionários. Mais gente trabalhando reduziria o desemprego e estimularia o consumo. Com mais renda disponível, o mercado interno se aqueceria, resultando em mais geração de empregos para atender a demanda local. "A gente exporta produtos da Colômbia para a Argentina, porque é mais vantajoso, sendo que a fábrica de Joinville (SC) está praticamente do lado de Buenos Aires", disse o executivo ao Valor. "As jabuticabas não deixam o Brasil crescer", completou o executivo.
Brega lista questões como a burocracia, a infraestrutura portuária, custos trabalhistas e questões tributárias como entraves para as vendas no mercado externo. De acordo com ele, o volume de papelada exigido no Brasil para exportar é 40% superior ao exigido na China. Por conta disso, e da infraestrutura portuária deficiente, os produtos precisam ficar três dias adicionais aguardando liberação. No quesito impostos, ele cita a tributação excessiva sobre matérias-primas usadas em produtos que serão enviados para fora do país. Em custos trabalhistas, ele destaca que o trabalhador brasileiro é 60% mais caro que um chinês de Pequim, a cidade mais cara da China. Em relação ao México, a diferença chega a 77%. Para ele, o Brasil não deve se beneficiar de um afastamento dos EUA e do México, já que o país latino é muito mais competitivo em termos industriais. "Exportação não é só uma questão de câmbio", disse.
Para João Carlos Brega, presidente da Whirlpool para a América Latina, a mudança nesse cenário poderia vir do estímulo à exportação além do agronegócio. De acordo com o executivo, a demanda externa geraria demanda para a indústria, levando à contratação de mais funcionários. Mais gente trabalhando reduziria o desemprego e estimularia o consumo. Com mais renda disponível, o mercado interno se aqueceria, resultando em mais geração de empregos para atender a demanda local. "A gente exporta produtos da Colômbia para a Argentina, porque é mais vantajoso, sendo que a fábrica de Joinville (SC) está praticamente do lado de Buenos Aires", disse o executivo ao Valor. "As jabuticabas não deixam o Brasil crescer", completou o executivo.
Brega lista questões como a burocracia, a infraestrutura portuária, custos trabalhistas e questões tributárias como entraves para as vendas no mercado externo. De acordo com ele, o volume de papelada exigido no Brasil para exportar é 40% superior ao exigido na China. Por conta disso, e da infraestrutura portuária deficiente, os produtos precisam ficar três dias adicionais aguardando liberação. No quesito impostos, ele cita a tributação excessiva sobre matérias-primas usadas em produtos que serão enviados para fora do país. Em custos trabalhistas, ele destaca que o trabalhador brasileiro é 60% mais caro que um chinês de Pequim, a cidade mais cara da China. Em relação ao México, a diferença chega a 77%. Para ele, o Brasil não deve se beneficiar de um afastamento dos EUA e do México, já que o país latino é muito mais competitivo em termos industriais. "Exportação não é só uma questão de câmbio", disse.

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