tag:blogger.com,1999:blog-173093722633381512024-03-18T23:50:31.324-03:00Observatório do CotidianoReflexões e artigos sobre o dia a dia, livros, filmes, política, eventos e os principais acontecimentosObservatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.comBlogger1179125tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-42428706081099027242024-03-13T14:49:00.014-03:002024-03-13T15:30:38.050-03:00Dias Perfeitos<p><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; font-size: 14px; text-align: center;"><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;"><br /></span></div><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; text-align: justify;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3oKyHXVWEBTzJHZraSSL6KGK7hyphenhyphen5qygDwiFbTGUmatNwANdOM1RpPWtYFuuMppgz8ZXx9KUCPaUzdIYaAO0GyovTY90BFLVv4AIECvA-3-r54J-2lLRSQG1WlGraxx-OLh3cd0V9RUp1tVPeDKzyOId8JbQvPaxLbt8nE2qvWunld0zbgRloggnKrQdg/s800/IMG_5450.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3oKyHXVWEBTzJHZraSSL6KGK7hyphenhyphen5qygDwiFbTGUmatNwANdOM1RpPWtYFuuMppgz8ZXx9KUCPaUzdIYaAO0GyovTY90BFLVv4AIECvA-3-r54J-2lLRSQG1WlGraxx-OLh3cd0V9RUp1tVPeDKzyOId8JbQvPaxLbt8nE2qvWunld0zbgRloggnKrQdg/w400-h225/IMG_5450.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;"><br /><span><b>Paulo Villaça*</b></span></span></span><div><span style="font-family: verdana;"><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;"><span>Com meia dúzia de gestos, Hirayama dobra o cobertor, o colchonete e os guarda ao lado do travesseiro em um dos cantos de seu pequeno quarto. Depois de escovar os dentes na pia da cozinha e aparar o bigode usando o espelho que equilibrou acima desta, ele molha seus vasinhos de planta, veste o uniforme do trabalho, recolhe o celular, a carteira, o relógio e outros objetos que já se encontram alinhados sobre uma microprateleira ao pé da escada, compra um café em lata na máquina situada diante de casa e entra em sua van para iniciar mais um dia limpando os banheiros públicos de Tóquio. </span></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhewMKLewX9rjFMuzo9kDdrk5EQFLNuazPnoIj71DMxW3HyQVD7cN0owN3qFo8Pj-Nyh9igp2R-NXhItbQ11gHZaFvBMhqDtSahx8Whl_FU1E1nz_dKoqAtsmndmQvKNoYZ2ulJPnb_0jTGcsGh1EDRQiX42CUx9cc-PF2dLgUOxSeBqJKWdfuzmcPuDIw/s525/IMG_5457.jpeg" style="caret-color: rgb(51, 51, 51); clear: left; display: inline; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; text-align: justify;"><span>Executada por Kôji Yakusho com a economia de quem parece repetir aquela rotina há anos, a sequência é rodada por Wim Wenders e montada por Toni Froschhammer com a precisão de um relógio – e a partir dali, qualquer mínimo desvio dos gestos do protagonista ou mesmo dos enquadramentos de Wenders se tornarão tão impactantes quanto a explosão de uma bomba em um filme de ação. Mas quem é aquele</span></span><span style="color: #333333; text-align: justify;"> homem e por que sua vida deveria ser a base de um longa-metragem de duas horas de duração? Seu trabalho é uma fachada para atividades obscuras? Ele possui algum grande segredo que levará a uma reviravolta ao fim do segundo ato? Ele se envolverá em um acidente ou em algum evento que o levará a revelar habilidades há muito abandonadas? </span></a></span><p></p><p><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;">Não. Ele é exatamente o que aparenta ser: um homem solitário com um emprego comum levando uma vida anônima. Escrito por Wenders ao lado de Takuma Takasaki, o roteiro de <em style="box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;">Dias Perfeitos</em><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: justify;"> não se preocupa com uma “trama”, com incidentes absurdos ou diálogos frequentes, permitindo que a narrativa seja construída através da observação do cotidiano de Hirayama e de seus gestos e olhares, apresentando-se como um estudo de personagem por excelência.</span></div></span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit60TnICunY3P1AZCjSRRntytEQmiHY3H6G6OFQ4UgayTJR0_2X1u9Ua-RZ8MpgGWbkt6Js7akEGxnIgnaMcdVgduvBkZzw-roYBYK3nvGHo4kXiFXrxp2W7UE2RcoFdeJd5mR9BdM1E5IFelAhpnXOPd9c4kMO_ZQC_Pfxq-uM0q0XigD0nycuIN_p5g/s640/IMG_5451.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="640" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit60TnICunY3P1AZCjSRRntytEQmiHY3H6G6OFQ4UgayTJR0_2X1u9Ua-RZ8MpgGWbkt6Js7akEGxnIgnaMcdVgduvBkZzw-roYBYK3nvGHo4kXiFXrxp2W7UE2RcoFdeJd5mR9BdM1E5IFelAhpnXOPd9c4kMO_ZQC_Pfxq-uM0q0XigD0nycuIN_p5g/s320/IMG_5451.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br /><div style="text-align: justify;">Exalando uma paz interior notável, Hirayama é um destes personagens que se tornam tão reais em sua complexidade e tão emblemáticos graças a uma performance sem um único instante de artificialidade que, desconfio, a imagem de seu figurino de trabalho – um macacão azul com uma toalha branca enrolada no pescoço – se tornará tão reconhecível para os cinéfilos quanto o terno e gravata pretos acompanhados de óculos escuros de Marcello Mastroianni em <em style="box-sizing: border-box;">Fellini 8 ½ </em>ou o vestido, colar de pérolas, tiara e piteira de Audrey Hepburn em <em style="box-sizing: border-box;">Bonequinha de Luxo</em>. Quase sempre em silêncio, o sujeito executa suas tarefas com a dignidade de alguém seguro do valor do que faz ainda que muitos tendam a enxergar sua profissão com preconceito e até repugnância (como a mãe que, em vez de se mostrar grata por Hirayama ter encontrado seu filho pequeno, tem o impulso imediato de passar um pano com álcool nas mãos do menino).</div></span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ZowExZXEBt1kw0V480IXOS7VJgYfu0FaYqtSuqSi2iUlZQmpF7D6D3Aixwadw1uhoxGMAyCOi8UJgRJyVm28j6La9LuvFbwDUab0-BJhDCKt6MxFDHAOqDR68BmTv9iTV6f2wegZsIgpyDhobh-AwPcA8G1ZC36pAReYmS0Fc8RnEJ6MbG4U8p1UU9w/s739/IMG_5459.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0ZowExZXEBt1kw0V480IXOS7VJgYfu0FaYqtSuqSi2iUlZQmpF7D6D3Aixwadw1uhoxGMAyCOi8UJgRJyVm28j6La9LuvFbwDUab0-BJhDCKt6MxFDHAOqDR68BmTv9iTV6f2wegZsIgpyDhobh-AwPcA8G1ZC36pAReYmS0Fc8RnEJ6MbG4U8p1UU9w/w400-h225/IMG_5459.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não que <em style="box-sizing: border-box;">Dias Perfeitos </em>sugira que o protagonista <em style="box-sizing: border-box;">gosta </em>do que faz (ou não); para ele, aquele é um ganha-pão que lhe permite atravessar a cidade e observar as pessoas – e se executa seu ofício com diligência, é porque jamais lhe ocorreria ser negligente com qualquer trabalho que tenha se disponibilizado a realizar. (Aliás, os <em style="box-sizing: border-box;">designs</em> dos banheiros de Tóquio representam uma atração à parte.)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuSglTeEQxVA9sV1L00eEITuWZRTlpEyK45UpZdMHhYSAIoezH7TE3eChlZxSZZFUUyZYJ3wcH-G4f0ltlfI1iCBGRmLftuxGT2aJ3YlgQcJihmXub7JGVEhutxuY-D_EXyjNdQKLo9wHbpqHaEshtcpBhSmjDcahNt1Op67jFsF2e4ED4JRIP4J54fs/s525/IMG_5457.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="525" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmuSglTeEQxVA9sV1L00eEITuWZRTlpEyK45UpZdMHhYSAIoezH7TE3eChlZxSZZFUUyZYJ3wcH-G4f0ltlfI1iCBGRmLftuxGT2aJ3YlgQcJihmXub7JGVEhutxuY-D_EXyjNdQKLo9wHbpqHaEshtcpBhSmjDcahNt1Op67jFsF2e4ED4JRIP4J54fs/w400-h300/IMG_5457.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Aproveitando cada momento de pausa – como ao esperar que alguém termine de usar o sanitário – para apreciar o céu, as árvores, as sombras, os reflexos e as cores do mundo ao seu redor, Hirayama não é composto por Yakusho como um misantropo; ao contrário, seu olhar geralmente gentil sugere um encantamento pelo comportamento alheio e pelos pequenos ou grandes dramas e alegrias que testemunha em seu dia a dia (e a partida de jogo da velha que disputa com um desconhecido através de um papel escondido em um dos banheiros comprova sua disposição em interagir de algum modo com outras pessoas). Além disso, esta generosidade é direcionada também à natureza não só através das plantinhas que cultiva (e que resgata), mas também das fotos que tira e arquiva com o mesmo cuidado com que faz todo o resto.</div></span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1IDd5p97B8ngteqarug4i3lGtIiNDX2P4KQSeNpmaJAhuTUz5-9FdbaEBHQWhGp7_eogvf8wlvQnRmdIFTN2I1_K2Ynd7lD7I1jhEhN89Vwsj32Ud_3ioNfN1itLyLFbsGQSaSpm2Klnb3GpDwcqbtsjiHVLrb8NF5nLJYuGNsWjmWib-4MbzFOYXU70/s739/IMG_5452.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1IDd5p97B8ngteqarug4i3lGtIiNDX2P4KQSeNpmaJAhuTUz5-9FdbaEBHQWhGp7_eogvf8wlvQnRmdIFTN2I1_K2Ynd7lD7I1jhEhN89Vwsj32Ud_3ioNfN1itLyLFbsGQSaSpm2Klnb3GpDwcqbtsjiHVLrb8NF5nLJYuGNsWjmWib-4MbzFOYXU70/w400-h225/IMG_5452.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br /><div style="text-align: justify;">Então por que tamanha solidão? Por que viver de um modo tão espartano, usando banheiros públicos para se banhar e fazendo as refeições sempre no mesmo restaurante localizado no acesso subterrâneo ao metrô, alterando este hábito apenas no domingo? (O que não deixa de ser outro hábito.) Por que levar uma vida tão rotineira que até seus sonhos parecem se limitar na maior parte do tempo ao que viu ao longo do dia? Quando sua sobrinha aparece sem aviso, ele se mostra preocupado, mas acessível – mas também ansioso para retornar à rotina. E mesmo que a sugestão de um passado traumático surja em certo ponto, ele não demonstra rancor ou resistência à mesma irmã com a qual deixou de ter contato há anos.</div></span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pois a verdade é que, por mais que o estilo de vida de Hirayama possa soar como um mistério a ser solucionado pelos espectadores que não concebem a possibilidade de que <em style="box-sizing: border-box;">não haja nada a solucionar</em>, ele é perfeitamente feliz – ou no mínimo <em style="box-sizing: border-box;">contente</em> – com o que tem, dedicando-se à leitura todas as noites antes de dormir e ouvindo as músicas em suas fitas cassete cujo valor ele mensura através dos sentimentos que despertam, não de sua raridade. Hirayama não precisa <em style="box-sizing: border-box;">aceitar</em> a vida que tem; ele a escolheu e se mantém em paz com a decisão.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyn0IE7BN8H0XYm4pKQQBtRzSOb5qypSVGQ_GKVmgZBsG9G-_H1Mp38U0sUVS9OvkmZYc5UOq8z1iZyGejhyphenhyphenrXrMw_3Rvj52W0dZdbsr40BjUD0NocXtHjj0f5K50LBl16FzxLpynADRGs-P4jjrQe659ydMFoaNMtShVjUSKlDsmvda-W_UW6RFD0Yfc/s645/IMG_5454.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="645" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyn0IE7BN8H0XYm4pKQQBtRzSOb5qypSVGQ_GKVmgZBsG9G-_H1Mp38U0sUVS9OvkmZYc5UOq8z1iZyGejhyphenhyphenrXrMw_3Rvj52W0dZdbsr40BjUD0NocXtHjj0f5K50LBl16FzxLpynADRGs-P4jjrQe659ydMFoaNMtShVjUSKlDsmvda-W_UW6RFD0Yfc/w400-h295/IMG_5454.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Algo que o plano final desta obra-prima salienta ao ilustrar como a felicidade não preclude a tristeza ocasional e que ter a capacidade de se emocionar com as pequenas coisas – até com o nada – é uma virtude, não um problema.</span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><em style="box-sizing: border-box;"></em></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><em style="box-sizing: border-box;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgn5JiXcyhm-CKt9TVj5otYHARWvqv986F5HyoGeS1COJbRixApv46NJCkDujvguEdcsirfcLAafKaP65Q6_vm9h5Vvr9VJiT9HEFOmvQCeAWGaugM9Pd4aafWhIKB5pFbfs5zZAHCSoBbxv9-JkpiHBB6jcruxnSZs5GALcJAn8hr_Ct1oHDEQb4k2zI/s1200/IMG_5456.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1200" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgn5JiXcyhm-CKt9TVj5otYHARWvqv986F5HyoGeS1COJbRixApv46NJCkDujvguEdcsirfcLAafKaP65Q6_vm9h5Vvr9VJiT9HEFOmvQCeAWGaugM9Pd4aafWhIKB5pFbfs5zZAHCSoBbxv9-JkpiHBB6jcruxnSZs5GALcJAn8hr_Ct1oHDEQb4k2zI/s320/IMG_5456.png" width="320" /></a></em></span></div><span style="font-family: verdana;"><em style="box-sizing: border-box;"><br /></em></span><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; text-align: left;"><b><i>*</i><span style="color: #333333;"><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51);">Pablo Villaça, é um crítico cinematográfico brasileiro. É editor do site Cinema em Cena, que criou em 1997, o mais antigo site de cinema no Brasil</span></span></b><span style="color: #333333;"><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51);">.</span></span></span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; text-align: left;"> </span></span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; text-align: left;"><br /></span></span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; margin: 0px 0px 10px; text-align: justify;"><br /></p></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-11830720377505235122024-01-22T19:02:00.011-03:002024-01-22T21:25:00.523-03:00As constantes mudanças nos oceanos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6PjBP8tkbG9-nuIafPK06w9P1Ij8R4ClvM8zXLJ0vOU4QlXjo6thWGq_paSNXVtKzZL6uYaEEOXKkObLx5ctju_8F3uhegQjSzuqVM6Hv2-5crHQbEVvGDMJvQTm0pe9sE50BSD0OJkmiskOv4xW36UQCm5imu4Bb_yAV_rSIQK3dS0b7-mUHVyW9Vvw/s960/IMG_4202.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6PjBP8tkbG9-nuIafPK06w9P1Ij8R4ClvM8zXLJ0vOU4QlXjo6thWGq_paSNXVtKzZL6uYaEEOXKkObLx5ctju_8F3uhegQjSzuqVM6Hv2-5crHQbEVvGDMJvQTm0pe9sE50BSD0OJkmiskOv4xW36UQCm5imu4Bb_yAV_rSIQK3dS0b7-mUHVyW9Vvw/w400-h225/IMG_4202.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>*Sherry Landow</b></div><div style="text-align: justify;">A crescente vulnerabilidade dos oceanos é amplamente conhecida, e todos eos dias novas pesquisas sublinham a extensão do problema. Recentemente, os cientistas fizeram uma descoberta alarmante: uma grande parte da enorme camada de gelo da Antártida Oriental ruiu há apenas 400.000 anos, durante um período de tempo relativamente ameno para os níveis de dióxido de carbono na atmosfera. Os níveis são muito mais elevados agora, o que os cientistas dizem que não é um bom presságio para o futuro. O último colapso do manto de gelo acrescentou mais de 3 metros ao aumento do nível do mar. Isso não apenas poderia acontecer novamente, mas poderia acontecer muito mais cedo do que o esperado anteriormente.<span>Os cientistas também identificaram mudanças significativas no Oceano Ártico, incluindo ondas de tempestade mais elevadas e frequentes e temperaturas mais altas. Juntas, essas mudanças podem ser extremamente perigosas. O oceanógrafo Igor Polyakov afirma: “Em muitos aspectos, o Oceano Ártico parece agora um novo oceano”. Este novo oceano traz consigo novas ameaças. A pesquisadora canadense de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Mercè Casas-Prat, explica: “Isso aumenta o risco de inundações e erosão. Aumenta drasticamente em quase todos os lugares. Isto pode ter um impacto direto nas comunidades que vivem perto da costa.”com o <span style="text-align: justify;">aquecimento iminente dos oceanos, pesquisadores de todo o mundo estão correndo para resolver o problema. Uma iniciativa global, o Projecto Nippon Foundation-Gebbo Seabed 2030, está a esforçar-se por mapear todo o fundo do mar na esperança de abordar questões que vão desde a preparação para o tsunami até à protecção dos habitats marinhos.</span></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span>Os cientistas identificaram evidências de “episódios climáticos” que consistem em períodos alternados de calor e frio. Estamos atualmente num intervalo quente e deveríamos avançar para um intervalo mais frio, com base em evidências históricas. Isso não está acontecendo, no entanto. O professor de estratigrafia e paleontologia Julio Rodríguez-Lázaro afirma: “Como resultado da atividade humana, estamos alterando este ciclo, estamos modificando o equilíbrio natural. E isso poderá ter consequências graves durante os próximos ciclos climáticos num futuro próximo.”
Com um número crescente de pesquisas apontando para o desaparecimento de recursos </span><span style="text-align: justify;">no valor de centena de bilhões de dólares.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: justify;"><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_RpoMcJWuk6lI62fKrAEM4zBkNWPoUEZV3IIDwcSOnBXL6R_7T7A5tJ2mtKiQHTraf7pCtvzV0lJwqz9EAne5m37kfmDdAgGqCd80MgmCU8oxpV4yl5_jC_cpViYEkT1TQYco9-Um_8C97EgjK2drFBkKe_1iTPp6NINHY2KURbWUmoXezhMlrCyqgE/s700/IMG_4203.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="344" data-original-width="700" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_RpoMcJWuk6lI62fKrAEM4zBkNWPoUEZV3IIDwcSOnBXL6R_7T7A5tJ2mtKiQHTraf7pCtvzV0lJwqz9EAne5m37kfmDdAgGqCd80MgmCU8oxpV4yl5_jC_cpViYEkT1TQYco9-Um_8C97EgjK2drFBkKe_1iTPp6NINHY2KURbWUmoXezhMlrCyqgE/w400-h196/IMG_4203.jpeg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b></div><div><b>Aprendendo com o Último Interglacial</b></div><div>Os ciclos da era glacial ocorrem aproximadamente a cada 100.000 anos devido a mudanças sutis na órbita da Terra ao redor do Sol. Essas eras glaciais são separadas por períodos interglaciais quentes. O Último Interglacial é o período quente mais recente do nosso atual período interglacial, o Holoceno.</div><div>Embora a contribuição humana para o aquecimento global torne o Holoceno único, o Último Interglacial continua a ser um ponto de investigação útil para compreender como o planeta responde a mudanças extremas.</div><div>“O futuro está a ir muito além de tudo o que vimos observado nos registos instrumentais científicos dos últimos 150 anos”, afirma o professor Turney. “Temos que olhar mais para o passado se quisermos administrar mudanças futuras.”</div><div>Durante o Último Interglacial, os níveis médios globais do mar estavam entre 6m e 9m mais altos do que os dias atuais, embora alguns cientistas suspeitem que possam ter atingido 11m.</div><div>O aumento do nível do mar no Último Interglacial não pode ser totalmente explicado pelo derretimento do manto de gelo da Groenlândia, que foi responsável por um aumento de 2 metros, ou pela expansão dos oceanos devido a temperaturas mais altas e ao derretimento das geleiras das montanhas, que se acredita terem causado um aumento de menos de 1 metro. .</div><div>“Temos agora algumas das primeiras evidências importantes de que a Antártica Ocidental derreteu e provocou grande parte do aumento do nível do mar”, diz o professor Turney.</div><div>*<span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: arial; font-size: 14px; font-weight: bold; text-align: start;"> Sherry Landow</span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: arial; font-size: 14px; font-weight: bold; text-align: start;"> </span></div></span><div class="field-contact-department" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: arial; font-size: 12px; text-align: start;">News & Content Coordinator </div><div class="field-contact-phone" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: arial; font-size: 12px; text-align: start;">(02) 9065 4039 </div><div class="field-contact-email" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: arial; font-size: 12px; text-align: start;"><a href="mailto:s.landow@unsw.edu.au" style="background: repeat; box-sizing: border-box; color: #282828;">s.landow@unsw.edu.au</a></div></div></span></span>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-37272776020830794912024-01-17T11:51:00.008-03:002024-01-17T12:01:08.019-03:00BYD - Construa Seus Sonhos
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby5nIRGKfI2vuDd595do0fjH2U7jTpzG1-gIZgzoMOjXvn-UqH03taCSsBCTyLZoxLo7fFJPb9sjc4OEq8fHHvsrQpXwraovHW-gw9w_gZ1k1Lyk0mSpwKtw_bVskqJMDyAHT0rhZ4GvgYRIoO1BVYeTkKDahbHJzy7LUxf2Klb1PNnUIxYKrzf4yM5E/s480/IMG_4099.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="480" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby5nIRGKfI2vuDd595do0fjH2U7jTpzG1-gIZgzoMOjXvn-UqH03taCSsBCTyLZoxLo7fFJPb9sjc4OEq8fHHvsrQpXwraovHW-gw9w_gZ1k1Lyk0mSpwKtw_bVskqJMDyAHT0rhZ4GvgYRIoO1BVYeTkKDahbHJzy7LUxf2Klb1PNnUIxYKrzf4yM5E/w640-h426/IMG_4099.jpeg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">A <span style="font-family: verdana;">BYD Co Ltd foi fundada pelo químico chinês Wang Chuanfu em 1995, mas não como montadora.
O fundador da empresa viu o futuro na energia e a BYD Co Ltd foi formada para ser líder mundial em geração e armazenamento de energia, especificamente baterias recarregáveis, para competir com os caros fabricantes japoneses de baterias.
Para fazer isso, Wang Chuanfu estudou as patentes e as próprias baterias para determinar como funcionavam e como poderia torná-las melhores e mais acessíveis; uma prática que a BYD tem utilizado com grande efeito no avanço de sua diversificada linha de produtos.
A Chuanfu contratou um fabricante de automóveis chinês em dificuldades em 2002 e, em 2003, tornou-se conhecido como participante da indústria automotiva, embora demorassem alguns anos até que o primeiro produto automotivo da empresa fosse lançado.
A diversificação é um ponto forte da BYD Co Ltd, e a tecnologia de baterias da empresa, encontrada em muitas marcas populares de telefones celulares, laptops e bens de consumo eletrônicos - além de seus interesses em novas energias e trânsito ferroviário - permitiu que a BYD Auto entrasse com sucesso no mercado. cenário automotivo mundial.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0AXbRGHIBZD2D1vzhO8r2W18giR6Fqe26pXztCSCq1zz2uASirBOsEu2ciKkvuPtdv3e9aaveCCXGUW6L6kfeVzbUdyFtbk7lhHRJ02voNXML2xEsJLH2zzcPcIlLfcX5vYsJ6vqk8qsZVuIPjTZvTJOvknw_I_3u_goWimo9hzmofPinh4Bswl5U2_M/s679/IMG_4100.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="679" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0AXbRGHIBZD2D1vzhO8r2W18giR6Fqe26pXztCSCq1zz2uASirBOsEu2ciKkvuPtdv3e9aaveCCXGUW6L6kfeVzbUdyFtbk7lhHRJ02voNXML2xEsJLH2zzcPcIlLfcX5vYsJ6vqk8qsZVuIPjTZvTJOvknw_I_3u_goWimo9hzmofPinh4Bswl5U2_M/w400-h266/IMG_4100.jpeg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi em 2008 que a montadora com sede em Shengzhen entrou em cena quando o investidor bilionário americano Warren Buffet comprou a empresa com uma participação de 10%, citando a BYD Auto como "um dia se tornando o maior player em um mercado automobilístico global que era inevitavelmente ficando elétrico.
Isto teve o efeito resultante de trazer a BYD para o radar da Daimler, que formou uma parceria de joint venture com a BYD Auto para produzir uma versão eletrificada do MPV Classe B – um projeto valioso que poderia ter ido mais longe se não fosse pela Mercedes- A relutância de Benz em prosseguir com a JV.
Enquanto isso, a BYD Auto ainda estava no negócio de reengenharia de veículos de sucesso, marcando-os como produtos BYD, mas em 2013 e usando seus modelos de segunda geração como trampolim, eleita para entrar no design de veículos independentes e em 2016, nomeada ex-Alfa Romeo e o designer da SEAT Wolfgang Egger como diretor de design da BYD.
Com um estilo mais diferenciado, os produtos BYD ganharam destaque e assumiram identidades muito específicas, batizadas em homenagem às dinastias chinesas: Qin, Tang, Yuan, Song e – mais recentemente – o Han, um sedã de luxo de médio a grande porte lançado em 2020. .
O Han tem um trem de força EV ou PHEV e é melhor comparado a outros como um Tesla S. É um carro com 10 anos de desenvolvimento e é o último dos modelos de segunda geração da BYD Auto e o primeiro a incorporar a bateria Blade proprietária da BYD Auto - sem dúvida a bateria mais segura para a indústria automotiva.
Como uma nota de rodapé interessante sobre a história da BYD Auto, a empresa parou a produção de automóveis no início da pandemia de Covid, assim como muitos outros fabricantes. </div></span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="682" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrEbpSqnffonLuz_oPHTMt47yE-ofVFOn3YPQ0iseTTta7_wkMiVicR0nPdZmIIKojfa-TJRcCNIxb_8hyphenhyphenhdoh7SfKreeKZ7cInyhsHsnQ3eIF96pbqKCUpFe3tFO37QqvCpTCXBzfE9Xi4VvY3EdZTMJ6TOl73aloCVlgTgOQVyDSJDZhMW8rQ72_PE0/w400-h264/IMG_4101.jpeg" width="400" /></span></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> Sendo uma empresa ágil, a BYD Auto seguiu os passos de outras marcas e iniciou a produção de máscaras faciais, mas – como é típico da BYD, melhorou a produção de máscaras, fabricando não só máscaras, mas também as máquinas de costura que as produzem.
Esta demonstração de agilidade e capacidade de fabricação fez com que a BYD Auto enfrentasse as tempestades que assolaram muitas montadoras. A BYD Auto pode produzir internamente muitas de suas peças de veículos e isso inclui a construção de microchips.
A BYD Auto desmembrou sua capacidade de fabricação de componentes e formou uma nova subsidiária – Fudi – que permite que concorrentes diretos comprem componentes BYD sem marcas conflitantes.
Mais do mesmo – em termos de veículos – será visto com o tempo, à medida que a BYD Auto conduzir seus veículos elétricos e híbridos elétricos pelo mundo.
Em abril de 2022, a BYD Auto anunciou que não produziria mais nenhum tipo de veículo movido a gasolina, sendo a primeira montadora a se comprometer com um futuro exclusivamente elétrico.</div><div style="text-align: justify;">*<a href="https://www.bydauto.co.nz/news/byd-history" style="text-align: left;"> https://www.bydauto.co.nz/news/byd-history</a></div></span></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-21948452912831327132024-01-13T22:23:00.013-03:002024-01-13T23:03:22.443-03:00Saúde Mental: Yasmin como mercadoria na prateleira do supermercado<span style="font-style: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: inherit; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgklnURe13HMnDv0xMJkQKHRSbGrN7o922oJF9bPHcrwdhd7Xyj4P9fcPv3JgumO8Mqc9LxJwrmSqWgBZk0IMIc9HkFBmzacG9i4z2zC_hZ_qsxjCE4otWCWqXlB0hBcYa8CLCr7ZVtVJCspSLKsO-QzmuHGsUrJgRaFnNIgxcZq8wbPYX-V_RY8sYhyKY/s619/IMG_4007.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="495" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgklnURe13HMnDv0xMJkQKHRSbGrN7o922oJF9bPHcrwdhd7Xyj4P9fcPv3JgumO8Mqc9LxJwrmSqWgBZk0IMIc9HkFBmzacG9i4z2zC_hZ_qsxjCE4otWCWqXlB0hBcYa8CLCr7ZVtVJCspSLKsO-QzmuHGsUrJgRaFnNIgxcZq8wbPYX-V_RY8sYhyKY/s320/IMG_4007.jpeg" width="256" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: inherit;"><span style="font-family: verdana;">Na </span></span><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">madrugada deste sábado (13), os participantes do BBB24</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/rodriguinho.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Rodriguinho</a><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">, 45,</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/nizam.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Nizam</a><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">, 32, e</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/vinicius-rodrigues.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Vini</a><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/vinicius-rodrigues.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">cius Rodrigues</a><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">, 29, decidiram fazer</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/2024/01/bbb-24-nizam-e-rodriguinho-criticam-forma-fisica-e-alimentacao-de-yasmin-brunet.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">comentários sobre aparência</a><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">de</span><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/yasmin-brunet.shtml" rel="noopener" style="-webkit-text-size-adjust: auto; border: 0px; box-sizing: border-box; color: black; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Yasmin Brunet</a><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; font-style: inherit;">, 35.</span></span></div></span></span><div class="inline-single-ad ad_single_index alignfull" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; float: none; line-height: inherit; margin: 0px 0px 1.5rem; max-width: 100%; opacity: 0; outline: 0px; padding: 0px; position: absolute; vertical-align: baseline; width: 335px;"><div class="ad-wrap ad-script-wrap" style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-style: inherit; line-height: 1; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;"><div class="ad-script non-adsense edge-padding" style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px 20px; vertical-align: baseline;"><div id="container-55874f7a674ea7e3954924f24c2ed273" style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div class="container-55874f7a674ea7e3954924f24c2ed273__stand" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: flex; flex-flow: wrap; font-style: inherit; justify-content: space-around; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 295px;"><div class="container-55874f7a674ea7e3954924f24c2ed273__bn-container" style="border: 0px; box-sizing: border-box; flex: 1 1 100%; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 10px; vertical-align: baseline;"><div class="container-55874f7a674ea7e3954924f24c2ed273__bn" style="border: 0px; box-sizing: border-box; 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font-style: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; min-height: 36px; outline: 0px; padding: 7px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: baseline; z-index: 1;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-style: inherit;"> o seu prêm</span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/yasmin-brunet.shtml" rel="noopener" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #282828; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: left; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank"> Brunet</a><span style="font-style: inherit; text-align: left;">, 35.</span><span style="font-style: inherit; text-align: left;">Um falou que não gostava de loiras, enquanto outro afirma que ela não é loira de verdade. O outro diz que ela “já foi melhor, mas hoje está mais velha”, mesmo assim ressalta que ela tem um rosto bonito. Até que alguém diz que acha o corpo dela estranho e, pior fim, destacam que ela “largou mão”, comendo dois pacotes de biscoito com requeijão.</span><span style="font-style: inherit; text-align: left;">Na madrugada desse sábado os participantes do BBB24 Rodriguinho, Nizan e Vinícius decidiram fazer comentários sobre a aparência de Yasmin Brunett.</span></span></div></div></div></div></div></div></div></div><div data-age-rating="all" data-continue-reading-hide-others=".js-continue-reading-hidden" data-continue-reading="" data-disable-copy="" data-news-content-text="" itemprop="articleBody" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; border: 0px; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; line-height: inherit; margin: 0px 0px 1.5rem; max-width: 100%; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><p style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">Um falou que não gostava de loiras enquanto outro afirmou que ela não era loira de verdade. Outro falou que ela já foi melhor e que hoje está velha, mesmo assim ressalta que ela tem um rosto muito bonito. Até que alguém disse que o corpo dela está muito estranho e, por fim, que ela largou mão , comendo dois pacotes de biscoito com requeijão. </span><span style="font-style: inherit;">Yasmin, não é preciso detalhar muito aqui, é uma mulher linda, jovem e totalmente dentro dos famosos padrões: branca, alta, magra. Por isso, a princípio, esses comentários podem espantar: se falam isso de uma mulher assim, imagina o que falam de nós, mulheres “normais”.</span></span></p><p style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-style: inherit; line-height: inherit; margin: 0px 0px 20px; outline: 0px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;">Mas não importa o quanto uma mulher esteja dentro dos padrões, sempre haverá um homem falando mal, analisando, “não está tão boa como era”, “já foi melhor”, “precisa emagrecer”, “precisa engordar”, como se ela fosse uma mercadoria na prateleira de um supermercado, esperando que alguém a leve para casa. <span style="font-style: inherit;">Um detalhe que não pode ser deixado de lado nessa conversa entre o atual líder do BBB e seus colegas é que eles analisam a mulher por partes, como cortes de carne no açougue. Mas em vez de filé mignon, fraldinha, picanha, é o rosto, o corpo, o cabelo, o comportamento. </span><span style="font-style: inherit;">Isso, sem esquecer, claro, que Yasmin já foi alvo de</span><span style="font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/maycon-cosmer.shtml" rel="noopener" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #282828; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Maycon</a><span style="font-style: inherit;">, 35, e</span><span style="font-style: inherit;"> </span><a href="https://f5.folha.uol.com.br/televisao/bbb24/lucas-luigi.shtml" rel="noopener" style="border: 0px; box-sizing: border-box; color: #282828; font-style: var(--hyperlink-style, normal); line-height: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-color: var(--hyperlink-line-color, transparent); text-underline-offset: 1px; transition: var(--effect); vertical-align: baseline;" target="_blank">Lucas Luigi</a><span style="font-style: inherit;">, 28, que comentaram sobre suas roupas e que tinham receio de ficarem perto da sister e não conseguirem controlar seus olhares. </span><span style="font-style: inherit;">Não preciso dizer o óbvio aqui, que esses são comentários machistas, misóginos e, no mínimo, flertam com a cultura do estupro. </span><span style="font-style: inherit;">Mas aprofundando um pouco o debate, bem pouquinho mesmo, o que se percebe é que homens —sim, homens, não tem nenhum menino ali, o mais jovem tem 28, então não venha com a história de que “estamos aprendendo”— se sentem à vontade para avaliar uma mulher “por pedaços”, isso tudo numa casa com dezenas de câmeras, com milhões de pessoas assistindo. </span><span style="font-style: inherit;">Como se a mulher tivesse que se vestir, se comportar —onde já se viu comer dois pacotes de biscoito!?— e até ter uma determinada aparência para agradar a esses homens. Afinal, na cabeça de homens assim, essa deve ser a única meta na vida de uma mulher. “Está com uma roupa curta assim pra quê? Para chamar a atenção!”, “Se sabe cozinhar, já pode casar”, são falas recorrentes. </span><span style="font-style: inherit;">Ainda bem que nós, mulheres de 20 ou 70 anos, estamos cada vez mais atentas a esse tipo de machismo, pois sabemos que o único objetivo é desdenhar das nossas aparências e das nossas atitudes para nos sentirmos inferiores e insuficientes. </span><span style="font-style: inherit; letter-spacing: var(--meta-fspace); text-transform: var(--meta-transform);">Esse é um mecanismo muito comum de homens inseguros e, porque não, recalcados: falar mal e apontar defeitos até que o jogo vire e aquela mulher tão linda, tão segura, seja desumanizada, “sem valor”, e comece a questionar a si mesma sobre suas qualidades, a ponto de ficar com um homem assim, raso e frágil. </span><span style="font-style: inherit;">Em resumo, é o típico discurso do homem incapaz que precisa sentir que está no controle. Mesmo que nunca tenha estado.</span></span></p></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-57697168936612530002024-01-13T10:29:00.011-03:002024-01-13T11:10:59.683-03:00 Equívocos na Infraestrutura de Transportes da Bahia<p></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 1.5em; font-weight: bold; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLnz6mJHr3BPMiNk4mDpLCfJC2yaCDDeWHDrGC1BjTP26sWgBI-D6mHRij2LqGAPtYguC9xhuhO0C06KMlQyv_lSoSYVH6CD3H5AOcIHrXeA8yCuDRLyNiLhreJ95VKte1zD9E7GNYo678cYdPyHjlj4iR6p3VhIwgf39PXuDxDACz7KAkoFOVZU9feE/s984/IMG_3965.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="807" data-original-width="984" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLnz6mJHr3BPMiNk4mDpLCfJC2yaCDDeWHDrGC1BjTP26sWgBI-D6mHRij2LqGAPtYguC9xhuhO0C06KMlQyv_lSoSYVH6CD3H5AOcIHrXeA8yCuDRLyNiLhreJ95VKte1zD9E7GNYo678cYdPyHjlj4iR6p3VhIwgf39PXuDxDACz7KAkoFOVZU9feE/w400-h328/IMG_3965.jpeg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-weight: bold;">Osvaldo Campos Magalhães</span><span style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 1.5em; font-weight: bold;">*</span></div><p></p><p style="font-size: 18px; line-height: 21.6px; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px;"></p><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Grandes equívocos vem</span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> sendo cometidos</span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">n</span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">a infraestrutura </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">de transportes na Bahia.</span></span></div><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">N</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">a privatização das ferrovias, a malha baiana, com 1.</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">626</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> km</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">s</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, foi privatizada junto à malha dos estados de M</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">G</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, E</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">S e </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">R</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">J.</span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Não foram estabelecidas metas de investimentos para o trecho baiano</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">.</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> A empresa vencedora, </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">a </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">F</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">CA</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, optou por realizar investimentos nos estados de M</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">G</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> e E</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">S</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, o que resultou na desativa</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">ção</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> da malha ferroviária baiana. Depois de </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">28</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> anos da concessão, a </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">FCA</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> busca a renovação do contrato</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> o que perpetuaria o estado de abandono das ferrovias na Bahia.</span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjON9VG1IGidLXnWeyHahh7zkcUopQuALh3uc8bYrFJKoNGTz1Vfc_cZqFCfgpO1sHkoMqWQUdSknWMOXPqYqFZfabcct4tmwjOHNAFjG8sK-t9O2egPd7ep6hQZlgu6ugkXFrrrFBVKCyPCBcWLFFIpuPbLxpzM1KkR9ru4aO4EqTT_D-S5vplEjC-CRg/s739/IMG_3970.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjON9VG1IGidLXnWeyHahh7zkcUopQuALh3uc8bYrFJKoNGTz1Vfc_cZqFCfgpO1sHkoMqWQUdSknWMOXPqYqFZfabcct4tmwjOHNAFjG8sK-t9O2egPd7ep6hQZlgu6ugkXFrrrFBVKCyPCBcWLFFIpuPbLxpzM1KkR9ru4aO4EqTT_D-S5vplEjC-CRg/w400-h225/IMG_3970.jpeg" width="400" /></a></div><br />Em 2009,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> foi realizada a</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> concessão rodoviária </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">envolvendo trechos da BR 324</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">e BR 116, entre </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Salvador </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">e</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> Cândido Sales, com quase 600 km</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">. Optou</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> o Ministério dos Transportes por estabelecer como fator decisivo</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> o menor </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">pedági</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">o</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">.</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> Não</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> foram fixadas metas de investimentos compatíveis com a importância do trecho rodoviário concessionado. </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Quem venceu foi a </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">ISOLUX, </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">sem tradição no setor de transportes</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">.</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> Depois de </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">quatorze</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">anos de privatizada</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">s, </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">as rodovias receberam poucos investimentos, e a concessionária nunca atingiu as precárias metas fixada</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">s. </span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Em 2008,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">o governo </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Jacques Wagner</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">decidiu e</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">ncampar</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> a proposta da,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> BAMIM</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, de construir uma ferrovia, ligando </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Caetité</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> até um </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">porto </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">de águas profundas, a ser construído próximo à cidade de Ilhéus.</span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Durante o governo Paulo Souto, </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">havia sido </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">elaborado um ambicioso</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">programa, o </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">PELTBAHIA, que tinha como seu mais emblemático projeto, uma ferrovia ligando a região de Luiz Eduardo Magalhães até a cidade de Brumado e a completa requalificação, em bitola larga, do trecho </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">ferroviário </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">entre Brumado e o Complexo Portuário da Bai</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">a </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">de Todos os Santos. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgArsEnWHt0IxjaM9O8vrEFkZDnYJWk5RINPxOCyugePFgsZbBUMFdNBOIVlO7Bs8amRNss7tOAjVVQYwoIbn4Kh-S7RbtxfuiztVt31L1C-l9l9Vtstit3tBY8GM1bydKL9aqu-IdXQke0K3fKZ7f7mdRb5WrgjVU0ALQOcwWo-kU3KDfFMSvrgDBKnbY/s516/IMG_3966.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="348" data-original-width="516" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgArsEnWHt0IxjaM9O8vrEFkZDnYJWk5RINPxOCyugePFgsZbBUMFdNBOIVlO7Bs8amRNss7tOAjVVQYwoIbn4Kh-S7RbtxfuiztVt31L1C-l9l9Vtstit3tBY8GM1bydKL9aqu-IdXQke0K3fKZ7f7mdRb5WrgjVU0ALQOcwWo-kU3KDfFMSvrgDBKnbY/w400-h270/IMG_3966.jpeg" width="400" /></a></div><br /></span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">A opção por um </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">porto</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> de águas profundas na região de Ilhéus se mostrou equivocada, </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">sendo</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> a </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">região de mata atlântica</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> vocacionada para o turismo e a preservação ambiental. </span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Às dificuldades para se obter licenças ambientais para o </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">porto</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> e o atraso na construção da </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">FIOL</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">, envolvida na Operação Lava-Jato, vem provocando sucessivos atrasos no cronograma da obra.</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Outro</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">equívoco do governo estadual é o projeto da ponte ligando Salvador a Itaparica.</span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Projeto inicialmente apresentado ao governo por uma empreiteira, (OAS - Manuel Ribeiro),vem sendo muito questionado p</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">ela </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">sociedade civil. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI-hgoDa20mI-3sQ8SSSg2TOwAslshCrEEhEOZw41urDHmo4dovnjFrcbUr5sgFOdyIFIIlxGaSfT4lbBBPJqn_YOEeGVri4PRslxzdHThW-tKuus1nknMX-JZnkewwAbQY-kI_NnrOgMkkFPgSx_8ezM3Hg6-VHBxhlxSBtdVImVav4Cj-_wsdNuuL0M/s1710/cameraRollTempImage.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1710" data-original-width="1174" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI-hgoDa20mI-3sQ8SSSg2TOwAslshCrEEhEOZw41urDHmo4dovnjFrcbUr5sgFOdyIFIIlxGaSfT4lbBBPJqn_YOEeGVri4PRslxzdHThW-tKuus1nknMX-JZnkewwAbQY-kI_NnrOgMkkFPgSx_8ezM3Hg6-VHBxhlxSBtdVImVav4Cj-_wsdNuuL0M/w220-h320/cameraRollTempImage.jpeg" width="220" /></a></div><br />Até mesmo o grande escritor Joao Ubaldo Ribeiro, morador da ilha e irmão de Manuel Ribeiro, se opôs frontalmente ao equivocado projeto.</span></span></div></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><div style="text-align: justify;"><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Além de não contemplar o modal ferroviário, o projeto já licitado</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">,</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> acabou tendo suas especificações modificadas, com a diminuição da largura</span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> </span></span><span class="s3" style="line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">e diminuição da altura do vão central. </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Sendo a demanda projetada reduzida </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">em relação à </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">dimensão do projeto, </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">significa que </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">quanto </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">menor a arrecadação do pedágio, maior será a contrapartida </span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">pública.</span></span></div></span><p style="font-size: 18px; line-height: 21.6px; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">Para um Estado carente de investimentos em saneamento, segurança pública e educação, não faz sentido a construção dessa ponte</span></span><span class="s3" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">.</span></span></p><p style="font-size: 18px; line-height: 21.6px; margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="s2" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">* Engenheiro Civil e Mestre em Administração</span></span><span class="s2" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;">. Foi Superintendente de Transportes do Governo da Bahia e integrou</span></span><span class="s2" style="font-family: UICTFontTextStyleBody; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 15.6px;"><span class="bumpedFont15" style="font-size: 1.5em; line-height: 23.4px;"> por 12 anos o Conselho de Infraestrutura da FIEB</span></span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-41503901684409057332023-11-25T16:15:00.002-03:002023-11-25T16:20:18.336-03:00 Prolongada ocupação do território palestino envenenou Estado judeu<p><span face="Verdana, sans-serif" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; font-size: 14pt; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGj_jxSvZwoQlrqr4J7ZJIDVeYoHr4pJf8HIX_fm13ApmpdFZB3IqPj3lrSp7D_aHqWlS85YPiGED8RrpWAFmigcG2SuETsDzeI1cAr2knf2r315kVHElkVlJu_9lF_X1soZnxktLi9JffYiGHPgp4ND-CTloJ7B9R2NhQ-vYBF8e0tOmiUAsNQG_8nc0/s600/IMG_2633.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGj_jxSvZwoQlrqr4J7ZJIDVeYoHr4pJf8HIX_fm13ApmpdFZB3IqPj3lrSp7D_aHqWlS85YPiGED8RrpWAFmigcG2SuETsDzeI1cAr2knf2r315kVHElkVlJu_9lF_X1soZnxktLi9JffYiGHPgp4ND-CTloJ7B9R2NhQ-vYBF8e0tOmiUAsNQG_8nc0/w400-h266/IMG_2633.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /><b><span>Demetrio Mangnoli</span>*</b></span><p></p><p><span style="font-family: verdana;"><span face="Verdana, sans-serif" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">Israel nasceu do horror do Holocausto, como fortificação de defesa dos judeus. Dessa origem derivam relações paradoxais entre os judeus da diáspora e o Estado de Israel. Como </span><a href="https://declaracao1948.com.br/2023/11/21/judaismo-diasporico-e-judaismo-israelense/" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #888888; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="color: black;">explica Bernardo </span></a><a href="https://declaracao1948.com.br/2023/11/21/judaismo-diasporico-e-judaismo-israelense/" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #888888; text-align: justify; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="color: black;">Sorj</span></a><span face="Verdana, sans-serif" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;">: "O Estado de Israel se autodelegou a representação do povo judeu, e boa parte das instituições judaicas da diáspora foram transformadas em instrumentos de defesa do Estado de Israel perante a opinião pública. Consequências: o apoio e justificação de toda e qualquer política do governo e a perda de autonomia política."</span></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">Sorj destaca uma diferença crucial. Na diáspora, como minoria (e, frequentemente, minoria perseguida), os judeus desenvolveram uma sensibilidade particular para os direitos humanos. Já em Israel, os judeus são maioria –e, desde 1967, cidadãos de um Estado ocupante. Daí que os judeus da diáspora viram-se na posição paradoxal de aceitar, às vezes com indignação ou extrema relutância, a violação, por "seu" Estado, do direito nacional palestino. Tornaram-se reféns políticos dos governos israelenses, que não elegeram.</span></p><span style="font-family: verdana;"><a name="more" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></a><o:p style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></o:p></span><p style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">A história de Israel/Palestina não deve ser contada no registro da caricatura. A Nakba (catástrofe palestina) de 1948 foi deflagrada pela rejeição dos países árabes ao plano de partilha da ONU, não por um projeto sionista de expansão territorial. A Guerra de 1967, que terminou com a ocupação dos territórios palestinos, foi semeada pela recusa do Egito de Nasser a admitir a existência de Israel.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">Mas a prolongada ocupação envenenou o Estado judeu, conferindo maiorias eleitorais às correntes engajadas no expansionismo e no messianismo bíblico: os fanáticos do Grande Israel. Os palestinos são as vítimas diretas dessa tragédia histórica. Os judeus da diáspora são suas vítimas indiretas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">Netanyahu montou o governo mais extremista da história de Israel: uma coalizão que abrange até fanáticos religiosos e supremacistas judaicos. Sabotou a retomada de negociações de paz. Estimula colonos israelenses na Cisjordânia a humilhar cotidianamente os palestinos. Tentou subordinar a Corte Suprema à maioria parlamentar a fim de destruir um pilar central da democracia israelense. Estabeleceu parcerias privilegiadas com Trump e Bolsonaro. Um segmento da diáspora judaica acompanhou sua aventura, associando-se à extrema-direita.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">Sob Netanyahu, a imagem internacional de Israel (e, junto, a dos judeus) sofreu danos profundos. Fertilizou-se o solo no qual cresce a antiga árvore do antissemitismo, com suas ramificações à direita e à esquerda. Nos EUA e na Europa, ameaçadoras estrelas de Davi aparecem pintadas na fachada de residências de judeus e policiais protegem sinagogas. O grito "Palestina livre, do mar até o rio", uma senha que indica o objetivo de destruição do Estado de Israel, fez seu caminho até os protestos nominalmente pacifistas contra a ação militar em Gaza. O antissemitismo pulsa sob a película retórica do antissionismo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: verdana;">A diáspora judaica não vive em guetos: envolve-se nos fluxos políticos das sociedades nacionais. Nos últimos tempos, correntes progressistas da diáspora alinharam-se à "nova esquerda". Desde os atentados do 7 de outubro, elas descobriram, com ingênua consternação, que as sementes do antissemitismo florescem nos meios identitários e "decoloniais". Nessas zonas ideológicas, Israel é descrito como "Estado colonial racista" –e o culto à "resistência" do Hamas é, quando muito, apenas disfarçado por sentenças protocolares de desaprovação do terror. Os judeus de esquerda nunca estiveram tão sós.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif"><span style="font-family: verdana;">Os israelenses têm sérios motivos para se livrarem de Netanyahu: com ele, não haverá paz –e, sem paz, não existirá segurança. Os judeus da diáspora têm um motivo existencial: o governo que os mantém reféns oferece pretextos perfeitos para a maior onda histórica de antissemitismo desde o Holocausto</span><span style="font-family: Georgia, Utopia, Palatino Linotype, Palatino, serif; font-size: 14pt;">.</span></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b><span face="Verdana, sans-serif">*</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156; text-align: left;"> Demétrio Martinelli Magnoli é um jornalista, doutor em geografia humana, sociólogo e escritor brasileiro</span></b></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.84px; text-align: justify;"><span face="Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156; font-size: 14px; text-align: left;"><br /></span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-86538714444984352432023-09-24T13:13:00.004-03:002023-09-24T13:22:42.647-03:00Comer, amar e viver cem anos<h3 class="wp-block-heading" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(68, 68, 68); clear: both; color: #444444; font-family: var(--font-headings, "PT Serif", Times, sans-serif); font-weight: 400; line-height: 1.125; margin: 21.312px auto; max-width: 100%; padding: 0px; width: calc(100% - 64px);"><div class="separator" style="clear: both; font-size: 1.44rem; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1G6xx0PrYgHxhfc92TKZsNVQfqLJ3lc2uHSuEQvgVHTKf1E47NWbg2e9OLjVm9RKVKy6AK1f2u5SQn7h9WIkcY2M0fzHvE9rmUJMIBRegna6wrvGBJ4cHB46asMJ3OVgzd5Qi0YVY2Z6lL_OyJbAiyzo-d-nJaiyNCTgp3GuPmSiqiCJLDjKxKqSVMjA/s1712/cameraRollTempImage.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1712" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1G6xx0PrYgHxhfc92TKZsNVQfqLJ3lc2uHSuEQvgVHTKf1E47NWbg2e9OLjVm9RKVKy6AK1f2u5SQn7h9WIkcY2M0fzHvE9rmUJMIBRegna6wrvGBJ4cHB46asMJ3OVgzd5Qi0YVY2Z6lL_OyJbAiyzo-d-nJaiyNCTgp3GuPmSiqiCJLDjKxKqSVMjA/w299-h400/cameraRollTempImage.jpeg" width="299" /></a></div><br /><i><span style="font-size: medium;">Conexões reais, um dos pilares para a longevidade, podem não ser facilmente substituídas pelas virtuais</span></i></h3><p><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"><b>Ronaldo Lemos*</b></span></p><p><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Está na moda agora falar das “blue zones”. São as regiões do planeta onde as pessoas vivem mais do que o esperado, ultrapassando cem anos. Por exemplo, Icária, a ilha grega no mar Egeu, a península de Nicoya na Costa Rica, as ilhas de Okinawa no Japão, ou ainda, a comunidade adventista Loma Linda na Califórnia. Lugares completamente diferentes, mas com a</span><a href="https://www1.folha.uol.com.br/folha-100-anos/2022/01/longevidade-exige-preparo-ou-reserva-surpresas.shtml" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: var(--wp--preset--color--primary); cursor: pointer; font-family: "PT Sans", Arial, sans-serif; font-size: 15px; max-width: unset; text-decoration: none;"> longevidade</a><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"> </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">(e saúde) dos seus habitantes em comum.</span><a href="https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/09/onde-ver-como-viver-ate-os-100-serie-que-desvenda-segredos-para-a-longevidade.shtml" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: var(--wp--preset--color--primary); cursor: pointer; font-family: "PT Sans", Arial, sans-serif; font-size: 15px; max-width: unset; text-decoration: none;"> No streaming tem até documentário recente sobre o tema</a><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"> </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">(que não vi). </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Vários estudos tentam fazer a “engenharia reversa” dessas regiões, buscando o segredo da vida longa e saudável. Por exemplo, hábitos alimentares. Várias das regiões consomem 90% ou mais de alimentos de origem vegetal, com destaque para feijão preto, batata doce, lentilha e soja (consumida como tofu). Praticamente não consomem leite e derivados nem açúcar. O </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px; letter-spacing: 1px;">consumo de carne (na maior parte de porco) ocorre cerca de cinco vezes por mês em porções pequenas. Peixe também é consumido em pequenas quantidades. Várias blue zones, mas não todas, consomem vinho, limitado a uma ou duas taças por dia. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Muita gente olha para esses dados e chega à conclusão: basta adotar a dieta das blue zones para viver mais de cem anos. Nada mais equivocado. O ponto em comum entre todas essas regiões não é a dieta. É a qualidade dos relacionamentos. Em todas as blue zones as pessoas cultivam relações fortes e duradouras entre si. Esse senso de comunidade é o pilar de uma vida mais longa. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Essa constatação aparece não só observando as blue zones, mas também no famoso estudo multigeracional de Harvard sobre desenvolvimento adulto que acompanha grupos de pessoas e seus filhos há 85 anos. A mesma conclusão está também em pesquisas do Centro de Longevidade de Stanford: relacionamentos fortes e sociabilização são centrais para uma vida saudável. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">A questão que permanece em aberto é justamente o impacto da tecnologia sobre as relações pessoais. Será que o virtual produz efeitos similares às conexões reais? Por exemplo, em Loma Linda os habitantes se unem fortemente por laços religiosos. </span></p><p><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyJ61zNtbqBbgFJpLMrYrjT0miwMXXUiMRRAsfObnWPhOQ0TmAeNbdBClDxW6XKqtFHeFZEQPgrbP_fmszOwVXAKGyIIN5Y9wzh8JQsjPr2U1QY1wyr0JDWycKP96-oLfU6aBDNVVb7m4tZcJ6ZksYU-u5n6BiuyKkr45-JiEkSZHhj8ZmXuFvV7STEpM/s1712/cameraRollTempImage.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1712" data-original-width="1280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyJ61zNtbqBbgFJpLMrYrjT0miwMXXUiMRRAsfObnWPhOQ0TmAeNbdBClDxW6XKqtFHeFZEQPgrbP_fmszOwVXAKGyIIN5Y9wzh8JQsjPr2U1QY1wyr0JDWycKP96-oLfU6aBDNVVb7m4tZcJ6ZksYU-u5n6BiuyKkr45-JiEkSZHhj8ZmXuFvV7STEpM/s320/cameraRollTempImage.jpeg" width="239" /></a></span></div><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;"><br />Em Okinawa as pessoas praticam o “moai”, hábito de cultivar um grupo de cinco amigos, comprometidos pela vida toda. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Em um mundo cada vez mais mediado pela tecnologia as pessoas não estariam se tornando individualizadas e desconectadas umas das outras? Seria a tecnologia a força capaz de dinamitar um dos pilares da longevidade? Mesmo que o número de conexões virtuais cresça, sua qualidade decai. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Um estudo do instituto Gallup determinou que os laços de amizade não são iguais. Há pelo menos oito tipos de amigos que são vitais ao longo da vida. O “construtor”, que ajuda na nossa formação. O “colaborador”, com quem fazemos projetos juntos. O “conector”, que nos apresenta a pessoas importantes, e assim por diante. Dificilmente esses papéis podem ser desempenhados online. </span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Vale lembrar também da pesquisa feita nos EUA em 2019, que apontou que 22% dos millenials têm zero amigos. Em gerações anteriores, o número dos sem-amigos girava em torno de 9%. São pessoas que vivem no oposto de uma blue zone. Estão mais próximos de uma zona sombria, de mau presságio para todos nós. </span><p></p><p><b><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">*</span><span face=""PT Sans", Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(68, 68, 68); color: #444444; font-size: 15px;">Advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro</span></b></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-8261711849314316012023-08-23T04:25:00.003-03:002023-08-23T04:30:59.719-03:00 Gauff explica o que melhorou para finalmente avançar para os grandes títulos<p><span face="SecondaryFont, system-ui" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: #fafafa; caret-color: rgb(54, 54, 54); color: #363636; font-size: 18px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face="SecondaryFont, system-ui" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: #fafafa; caret-color: rgb(54, 54, 54); color: #363636; font-size: 18px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCeRersHjkNssQxY4BaKjijFPwWUZYabDuKTA22ALYDTuSbZfYG-zwJ5zV5rH00Bkm7PAYoEssG9_KPRPHT2hNBRmRKitO9uSDzxpP2O8P8P5SK-UDCHeJgGmqLI0ZRXK_4eHMx-gcucBNnCOqoIpabKB_Q8pLc2tJFtaJqzob7xE_D-YZCc6kUE49AY0/s275/IMG_9930.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCeRersHjkNssQxY4BaKjijFPwWUZYabDuKTA22ALYDTuSbZfYG-zwJ5zV5rH00Bkm7PAYoEssG9_KPRPHT2hNBRmRKitO9uSDzxpP2O8P8P5SK-UDCHeJgGmqLI0ZRXK_4eHMx-gcucBNnCOqoIpabKB_Q8pLc2tJFtaJqzob7xE_D-YZCc6kUE49AY0/w400-h266/IMG_9930.jpeg" width="400" /></a></span></div><span face="SecondaryFont, system-ui" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: #fafafa; caret-color: rgb(54, 54, 54); color: #363636; font-size: 18px;"><br /><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%;">“</span><em style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; font-family: SecondaryFont, system-ui;">Foi uma etapa difícil porque eu sabia o que precisava de melhorar. Ia aos treinos e estava trabalhando nisso, mas depois não traduzia nos jogos, sabia que ainda podia melhorar muito nesses aspectos. Para mim, o mais importante foi o meu saque, a minha direita e a minha resposta. Ganhei aqui porque fui capaz de quebrar o serviço apesar de não ter servido tão bem como contra Iga. Não estava tão nervosa, mas foi uma combinação de muitas coisas depois de um jogo tão longo na semifinal. Creio que isto é o que te leva a ser uma campeã, como vai estar nos dias em que não te sente tão bem. Fico feliz por ter seguido em frente.”</em></span><p></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><strong style="font-family: SecondaryFontBold, system-ui;">LREFERÊNCIA PARA A COMUNIDADE NEGRA</strong></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><em>“É algo em que procuro não pensar, mas aumenta, por vezes, a pressão por saber que a comunidade está aí, uma comunidade de pessoas de cor que me admiram muito. Depois da aposentadoria da Serena, as pessoas me consideram a próxima líder do tênis ou assim. Eu não coloco esse rótulo porque a Serena é a GOAT por uma razão: é a melhor de todos os tempos. Não sei se poderei chegar tão longe como ela, mas esse é o meu sonho. Para mim, se trata de dar o meu melhor dentro e fora de quadra. Quero ajudar meninos e meninas como eu para que possam conseguir o que desejam.”</em></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><strong style="font-family: SecondaryFontBold, system-ui;">IMPACTO DE GANHAR UM WTA 1000</strong></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><em>“Todas se esforçam muito neste nível apesar dos Grand Slams serem onde há o maior esforço, mas este é o nível abaixo. Aqui a dificuldade é jogar jogos duros em dias seguidos, por vezes, é ainda mais difícil que num Grand Slam. Eu, por ser um pouco mais jovem, talvez não tenha sentido aqui tanto o impacto. O mais complicado é mentalmente, vir de ganhar da Iga e depois ter que me preparar para outra batalha. Esta semana joguei com muitas rivais com pior ranking que eu, isso me fez ter pressão porque sinto que tenho de ganhar, mas não é tudo tão simples. Quando está mais em cima, as rivais se esforçam mais contra ti porque querem ganhar de você. Eu também fazia o mesmo. Neste nível, o mais complicado são os jogos consecutivos.”</em></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><strong style="font-family: SecondaryFontBold, system-ui;">EXEMPLO PARA O US OPEN</strong></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #363636; font-family: SecondaryFont, system-ui; font-size: 18px; line-height: 1.445; margin-bottom: 26px; margin-top: 0px;"><em>“Tento abraçar cada momento, mas tenho claro que isto é um caminho longo. O mais importante que aprendi é que o caminho das outras não é para ti, não é o que vai acontecer contigo. Até o caminho que deseja para ti pode não ser para ti. Tem que dar tudo e é isso que vou fazer no US Open. Se as coisas vão bem, tudo é emocionante. Houve um tempo onde cometia muitas duplas faltas, mas aceitei e continuei a trabalhar. Isso é o que vou ter que fazer no US Open. Este jogo me ensinou muito, talvez me sirva durante toda a minha carreira.”</em></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-43742868817396014842023-08-21T05:19:00.006-03:002023-08-21T05:43:17.592-03:00Brasil e USA em processo de mudança <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIrpebxqvgLhwqHES89gfPytPKUr1-eXGyvyFsO8iGym7XRTfJLGWH2lsDcm2iS6bSfNggcKYtjat_0VS4x_vO9kwYHRf7n-LcQdf6Ln6WHhoY5M17SpgU-HySycPawO0HjipkO6MGNQTtcNp3f1pm3ekQ3tKij5aiUMHGm8vUn9b7rCtxJs8-yE0_vH8/s200/IMG_9778.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="200" data-original-width="200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIrpebxqvgLhwqHES89gfPytPKUr1-eXGyvyFsO8iGym7XRTfJLGWH2lsDcm2iS6bSfNggcKYtjat_0VS4x_vO9kwYHRf7n-LcQdf6Ln6WHhoY5M17SpgU-HySycPawO0HjipkO6MGNQTtcNp3f1pm3ekQ3tKij5aiUMHGm8vUn9b7rCtxJs8-yE0_vH8/w320-h320/IMG_9778.jpeg" width="320" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><b>Albert Fishlow*</b></div></span></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os sistemas jurídicos do Brasil e dos Estados Unidos estão com processos contra Jair Bolsonaro e Donald Trump. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Estas últimas semanas provam como é difícil tentar esconder evidências convincentes. No caso de Bolsonaro, ele apenas perdeu parte dos lucros da transferência de joias da Arábia Sauditao, além de uma incapacidade de concorrer à Presidência novamente por 6 anos. É provável que mais punições surjam em outros casos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Trump, enquanto isso, vem colecionando novas acusações em um ritmo recorde. Além dos dois casos federais que foram formalmente arquivados recentemente, há um novo do Estado da Geórgia. Foi aí que ele realmente se enfureceu em 2020. O governador do Estado é conservador, mas com forte rejeição a Trump. Para Trump e seus aliados nomeados, desta vez o caso continua válido, mesmo que ele vença a corrida presidencial em 2024.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Acumular não apenas poder executivo, mas também muito dinheiro extra era como antigamente se fazia. Agora, praticamente todas as democracias do mundo estão surgindo com políticos que prometem muito mas entregam muito pouco.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBrxAjLMr4J3ie1hcTgaMZjjrBaK9y2BiwyZwBHHLIGdY3fDAO4MIoQPs2hD_cf6rCLGe33cHYHmVnRmHI0URWxl2rsAZJ89hPZb_dcvjx3vI229Oj8jrRpMMt0ljT6pKawvqJJJvqMAhH37Lyy1PgJFxcjPozTX_XcDyHDQhJ30pmnuqM6Vh030Zyd_s/s800/IMG_9777.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBrxAjLMr4J3ie1hcTgaMZjjrBaK9y2BiwyZwBHHLIGdY3fDAO4MIoQPs2hD_cf6rCLGe33cHYHmVnRmHI0URWxl2rsAZJ89hPZb_dcvjx3vI229Oj8jrRpMMt0ljT6pKawvqJJJvqMAhH37Lyy1PgJFxcjPozTX_XcDyHDQhJ30pmnuqM6Vh030Zyd_s/w249-h141/IMG_9777.jpeg" width="249" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;">Brasil e Estados Unidos trocaram suas lideranças por veteranos experientes: Lula e Biden. Cada um agora está permitindo que suas estruturas legais lidem com a questão de seus predecessores. Cada um também monta seus planos de mudanças políticas e econômicas para melhor resolver as necessidades presentes.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Biden avançou para reunir o desenvolvimento econômico futuro para a classe média. Isso significa mais apoio aos sindicatos trabalhistas; impostos mais altos para os ricos; compromisso com a educação pública; maior preocupação com os imigrantes; direitos de aborto generalizados; reconhecimento da contínua liberdade de direitos individuais consistentes com privilégios socialmente importantes que temperam as maiorias.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Tudo isso se estende a uma série de obrigações e compromissos internacionais que significaram especialmente um renascimento de velhos problemas com a Rússia de Putin e uma onda de novas dificuldades com a China de Xi Jinping.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKKmgYl00ZPJcHZx5hnCOPxXLaYTzj3IfgLc91d4WzVO34Tg1yXof7UHTwJGUibkIE3iegS09O1jHVI2V6N3T4akwi2IuZGs_et6W5tffYGOSRXhcbVxx1ZexH4TuFsrF8cC5J6rbr9jI299l84MKgQESdRRelCbTj_2shWbaWEVnqXa0izVSo4Kkmn4I/s848/IMG_9779.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="477" data-original-width="848" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKKmgYl00ZPJcHZx5hnCOPxXLaYTzj3IfgLc91d4WzVO34Tg1yXof7UHTwJGUibkIE3iegS09O1jHVI2V6N3T4akwi2IuZGs_et6W5tffYGOSRXhcbVxx1ZexH4TuFsrF8cC5J6rbr9jI299l84MKgQESdRRelCbTj_2shWbaWEVnqXa0izVSo4Kkmn4I/w400-h225/IMG_9779.jpeg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: verdana;"><div style="text-align: justify;">Lula define seu princípio orientador como a restauração dos privilégios das classes populares. Muito do que ele busca é um retorno ao passado recente, quando o PT chegou ao poder em 2002. Salário mínimo subindo em termos reais; educação pública de qualidade para todos; instalações habitacionais públicas; tributação dos ricos e maiores subsídios para os pobres.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> As manufaturas devem ser favorecidas com subsídios. Se isso gera os recursos necessários para apoiar o investimento necessário para o crescimento contínuo, permanece a questão.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lula ampliou suas preocupações anteriores ao lidar explicitamente com os problemas ambientais da Amazônia. Ele reuniu os vários líderes atuais do País em busca de liderança local. Além disso, seus esforços para aderir a um pacto comercial com a UE, atrasado por décadas, bem como para fortalecer o Mercosul revelam sua resistência histórica a uma aproximação mais próxima com os EUA. O Brasil liderou essa oposição e procurou a China para exportar commodities e importar manufaturados</span>.</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma questão-chave agora é desenvolver novos princípios para começar de novo. Os planos brasileiros agora duram apenas algumas semanas. O México não pode ser o único foco dos EUA na América Latina.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>*<span face="-apple-system, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156;">Albert Fishlow ONCS é um cientista político, economista, intelectual e professor emérito sobre assuntos econômicos da Universidade da Califórnia em Berkeley e de questões internacionais na Universidade de Columbia</span></b></span></p><p><br /></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-12387940212407897422023-08-14T19:02:00.004-03:002023-08-14T19:24:58.449-03:00Uns Sim, Uns Não <p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUlr34ksVYuJl0z8YnhZqbSRTBuquykQorYvh7NjqbhdReqd0-fQCMUVtDp5OfFR3vCACS41QobeZEmjWMlW7LGdDhbT1lXimNoHh4DujxJ4ox9zFrbdXpBelCWdR_iIIArcV9LWJlt6yuuE4kUDyfZIyGo9Dw9FWwowcW4YZ0MH5nj7kQPeiW7I5-LFE/s1234/cameraRollTempImage.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="826" data-original-width="1234" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUlr34ksVYuJl0z8YnhZqbSRTBuquykQorYvh7NjqbhdReqd0-fQCMUVtDp5OfFR3vCACS41QobeZEmjWMlW7LGdDhbT1lXimNoHh4DujxJ4ox9zFrbdXpBelCWdR_iIIArcV9LWJlt6yuuE4kUDyfZIyGo9Dw9FWwowcW4YZ0MH5nj7kQPeiW7I5-LFE/s320/cameraRollTempImage.jpeg" width="320" /></a></b></div><b><br /><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Osvaldo Campos Magalhães*</span></b></div></b><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O Esquadrão de Aço se tornou SAF** em dezembro do ano passado depois do Grupo City comprar 90% das ações da instituição. A equipe tricolor passou por diversas reformulações neste começo de temporada e mesmo assim conseguiu ser campeão baiano em 2023. O Glorioso se tornou SAF em março do ano passado e também atravessou turbulências no processo de reestruturação. Ao contrário do Esquadrão de Aço, os jogadores alvinegros não tiveram um bom começo de temporada e acabaram nem se classificando para as semifinais do Campeonato Carioca. O Engenhão estava colocando piso sintético e o alvinegro carioca não pode mandar seus jogos em casa. Apesar da conquista do Campeonato Estadual o Bahia não vinha jogando bem, estava mal estruturado em campo e tinha feito muitas contratações duvidosas. Havia sido eliminado precocemente do Campeonato do Nordeste e da Copa do Brasil.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Já o Glorioso conseguiu rapidamente encontrar um bom sistema de jogo, com destaque para um eficiente ataque e um meio de campo bem estruturado. Mesmo perdendo para a Arábia seu excelente treinador, o time se mantém na liderança tranquila do Brasileirão, com 15 vitórias, distante 14 pontos do Flamengo, o segundo colocado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Enquanto time do Bahia perdeu o favoritismo ao jogar em casa, com o apoio de sua fanática torcida e vem frequentando com assiduidade a zona do rebaixamento, com apenas 4 vitórias e 9 derrotas, com a torcida exigindo a cabeça do treinador Renato Paiva, o Botafogo segue tranquilo atrás de seu terceiro título de campeão nacional.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como disse o genial Caetano Veloso, “Uns Sim, Uns Não.”</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">* Torcedor do Esporte Clube Bahia e do Clube de Regatas Vasco da Gama</span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">**<span style="color: #666666;"><span style="caret-color: rgb(102, 102, 102); font-size: 15.84px;"> </span></span></span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; caret-color: rgb(71, 71, 71); color: #474747; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;">SAF é a sigla para </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: rgba(80, 151, 255, 0.18); color: #040c28; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;">Sociedade Anônima de Futebol</span></b><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; caret-color: rgb(71, 71, 71); color: #474747; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;"><b>, que foi criada a partir da Lei 14.193/2021 e permitiu que clubes de futebol pudessem ser transformados em empresas</b>.</span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-21444285727932683202023-07-09T13:29:00.006-03:002023-07-09T14:00:17.093-03:00A redução do Krill e a morte das Jubartes<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(119, 119, 119); font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.45px; text-align: left;"></span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(119, 119, 119); font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0CPW11U5z7m58bvNJKLesp0DtFKzWd_mU_4HS6VmibvGr_bsaUUTLjrAet9kknUjQQ0un5p-HcoJ9nDPRgnCmoelwVSwqJhe0TJMX6CgDF5NrCLgHBtNoKPe3lFaz3EnOSwJ_2EF7X00KdgPiu8ZhZP9Qb_WcduXXPSi2L1pfzy4LIoHk4THy4RxR_tM/s588/8609F7F0-341B-4B1E-BD25-126F7CEBA8AB.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="588" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0CPW11U5z7m58bvNJKLesp0DtFKzWd_mU_4HS6VmibvGr_bsaUUTLjrAet9kknUjQQ0un5p-HcoJ9nDPRgnCmoelwVSwqJhe0TJMX6CgDF5NrCLgHBtNoKPe3lFaz3EnOSwJ_2EF7X00KdgPiu8ZhZP9Qb_WcduXXPSi2L1pfzy4LIoHk4THy4RxR_tM/w400-h355/8609F7F0-341B-4B1E-BD25-126F7CEBA8AB.jpeg" width="400" /></a></span></span></div><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><br /><div style="caret-color: rgb(119, 119, 119); text-align: justify;"><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: -0.45px;"><b>Felipe Souza</b>*</span></div><div style="caret-color: rgb(119, 119, 119); text-align: justify;"><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: -0.45px;">As baleias que frequentam nosso litoral nascem aqui no Brasil, principalmente na Bahia e no Espírito Santo. Entre outubro e novembro migram até as ilhas Georgia do Sul e Sandwich do Sul (território britânico no Oceano Atlântico Sul) onde passam o verão se alimentando. Lá elas comem o suficiente para se manter o ano todo. Em meados de abril elas voltam para o Brasil, chegando entre maio e junho. As que acasalaram no ano anterior vem para ter o filhote e as demais chegam para se acasalar. No período que passam aqui, não se alimentam e só utilizam a camada de gordura, como reserva de energia, para se manter. </span><span style="caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: -0.45px; text-align: left;">Pesquisas indicam que a falta krill na área de alimentação das Jubartes vem afetando a saúde das baleias, principalmente os jovens. Esses indivíduos, que não estão na época reprodutiva, em vez de subirem para o banco dos Abrolhos ficaram concentrados no Sul e Sudeste do Brasil buscando sardinhas e tainhas, o que não é comum. </span></div><div style="text-align: start;"><span style="-webkit-text-size-adjust: auto;">Em 2021 foram registrados 216 encalhes de baleias jubartes no Brasil, sendo a maioria formada por indivíduos jovens, com até cinco anos, que apresentavam quadro de desnutrição.</span></div><div style="caret-color: rgb(119, 119, 119); text-align: justify;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">Estudos publicados na revista Nature, mostram que no setor sudoeste atlântico do oceano Antártico, onde abriga 70% da população de krill, não é somente uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global com o aumento rápido da temperatura do oceano mas também, vem ocorrendo um aumento significativo na captura do krill. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">Acredita-se que possa estar ocorrendo na Antártica uma sobreposição entre a pesca e a desova do krill que mudou do verão para o inverno (época pesqueira na região). Dessa forma, a diminuição do krill tem como causa não somente o aquecimento global, mas também o aumento da captura – podendo ser consequência direta do que estamos observando durante essa temporada com a Campanha Borrifos, fazendo com que principalmente as juvenis estejam mais magras e em busca de alimento, podendo ficar presas em redes e instrumentos de pesca. </span><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;">A Geórgia do Sul e as Ilhas Sandwich do Sul, de onde a Jubarte parte rumo à nossa costa, estão no limite norte da distribuição do krill. O krill nas ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul não são autossustentáveis, dependem do movimento do krill para o norte nas correntes do Oceano Antártico e de seus locais de desova sob o gelo na Península Antártica e no Mar de Weddell, onde ficam protegidos. A reprodução do krill é altamente dependente das condições do gelo marinho e, portanto, de fatores ambientais, o que torna os fatores apontados acima como a mudança do período de desova e a maior temperatura já registrada preocupações centrais.</span></div><div style="caret-color: rgb(119, 119, 119); text-align: justify;"><span style="font-style: inherit; font-variant-caps: inherit;"><b>*BBC Brasil</b></span></div></span></span>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-77729377423451089482023-07-07T21:30:00.004-03:002023-07-07T21:34:39.011-03:00Zé Celso, um dramaturgo de vanguarda<p><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMdcMSqZJJk77c2GLeEwWtVRxrHhZXZwtLoi90-7gDO0lEVflUNlowhFxdORLgGU-JZdwXpPtmZcmoDPIpuQtg7dWuSxZryErngJMPbJQqnhL4tfZvtH97bLSUEOxL6GZSJkH6khK4As1788o4-SDcEYY7w8ezVXtStxG0scUQMBtxAs714jyjs_WV7Ao/s860/387B4ABC-98C8-46D9-96F1-D84EB8D9E3C4.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="860" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMdcMSqZJJk77c2GLeEwWtVRxrHhZXZwtLoi90-7gDO0lEVflUNlowhFxdORLgGU-JZdwXpPtmZcmoDPIpuQtg7dWuSxZryErngJMPbJQqnhL4tfZvtH97bLSUEOxL6GZSJkH6khK4As1788o4-SDcEYY7w8ezVXtStxG0scUQMBtxAs714jyjs_WV7Ao/w640-h360/387B4ABC-98C8-46D9-96F1-D84EB8D9E3C4.jpeg" width="640" /></a></div><br /><p><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-family: verdana; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"><b>Joel Cavalcante*</b></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Ao completar 80 anos, em 30 de março de 2017, o diretor José Celso Martinez Corrêa sentenciou categórico que não queria mais nada para si mesmo, estava satisfeito em sua individualidade. “Eu gostaria de viver mais uns 10 anos e quero tudo para o teatro”, afirmou, iluminado pelo sol da tarde de outono que entrava pela janela lateral do Teatro Oficina, no Centro de São Paulo. Zé Celso falou como se aquilo fosse uma novidade. Não, não era, afinal, desde o final da década de 1950, quando abandonou a faculdade de Direito para defender suas ideias no palco, era só nisso que ele pensava, no teatro. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Foi assim até o fim. Ator, diretor, dramaturgo e militante das artes e da política, Zé Celso Martinez Corrêa morreu aos 86 anos em São Paulo, ontem (dia 6), depois de sofrer graves queimaduras em um incêndio na manhã da última terça (4), em seu apartamento, no bairro do Paraíso, na Zona Sul da capital, onde vivia com o marido, o ator Marcelo Drummond. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">“Zé Celso foi meu guru. Eu comecei a fazer teatro no Oficina, em 1963. É por causa dele que estou até aqui hoje nessa vida tão ótima que eu levo. Estou profundamente sentido com a morte dele, ainda mais por ter sido como uma tragédia. É uma perda irreparável”, lamentou o ator paraibano Fernando Teixeira, logo após receber a notícia sobre a morte do dramaturgo e enquanto ainda tentava elaborar sobre essa perda. “Estou escrevendo uma coisa aqui na vã expectativa de que ele volte. Mas é só poesia”, resigna-se Teixeira. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Os primeiros textos montados por Zé Celso foram</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Vento Forte para Papagaio Subir</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">(1958) e</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">A Incubadeira</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">(1959), de fortes tintas biográficas. Sempre conectado às transformações internacionais, Celso colocou o Oficina no centro da vanguarda brasileira. Em 1963, o grupo conheceu o seu primeiro grande sucesso com</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Pequenos Burgueses</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, peça de Máximo Gorki, que estabelece um diálogo entre a Rússia anterior à revolução e o Brasil às vésperas de um golpe militar. Com a ditadura instaurada, Zé Celso persegue temas políticos em Andorra, texto do suíço Max Frisch montado em 1964, em que ressalta o acossamento dos regimes autoritários, com Renato Borghi e Miriam Mehler como protagonistas. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Depois de assistir</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Andorra</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">por duas vezes, Fernando Teixeira foi tomado pela força de</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Pequenos Burgueses</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">. E foram dezenas de vezes que ele voltaria a esse mesmo espetáculo. “A atriz Etty Fraser era administradora do teatro e era ela quem me dava os ingressos porque eu não tinha grana. Esses ingressos viam com os números das cadeiras, que eu destacava e colocava no bolso detrás da calça. Um dia, fui colocar a mão no bolso e descobri que tinha assistido</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Pequenos Burgueses</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> 36 vezes. Essa foi a minha formação, a minha cátedra, a minha universidade. Foi tudo. </span></span></p><p><span style="font-family: verdana;"><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglbKtHV6Jx2CBQXHvPO13KYqb3lbaQ13p5DNIBPPEd8CCYTQMcUQpGakcymxSIIWs_rrtEUhZDt5I0-kbT0lHPuCW1mfJXSl8-tXS3THpqZoEflpqZZ7Q9pPEXhOl05_hYKT6NB3mhLN3uz2zXnw8ayMIaUA3aZadL3EUvV4omWvl1ADCyekCAMEm0UjQ/s1283/FB47246B-02F8-4F00-89EA-B080BFF09DEA.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1276" data-original-width="1283" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglbKtHV6Jx2CBQXHvPO13KYqb3lbaQ13p5DNIBPPEd8CCYTQMcUQpGakcymxSIIWs_rrtEUhZDt5I0-kbT0lHPuCW1mfJXSl8-tXS3THpqZoEflpqZZ7Q9pPEXhOl05_hYKT6NB3mhLN3uz2zXnw8ayMIaUA3aZadL3EUvV4omWvl1ADCyekCAMEm0UjQ/w400-h398/FB47246B-02F8-4F00-89EA-B080BFF09DEA.jpeg" width="400" /></a></span></span></div><span style="font-family: verdana;"><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"><br />Aprendi teatro vendo Zé Celso dirigir”, considera o “homem das artes”. É com esse aprendizado que ele retorna à Paraíba em 1965, funda o Grupo Bigorna e passa a dirigir várias montagens. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Já a consagração de Zé Celso se no dá </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">mergulho do universo brasileiro e antropofágico do escritor Oswald de Andrade. O</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Rei da Vela</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, peça escrita pelo modernista em 1937, permanecia inédita nos palcos. A peça estreou em 1967 e detonou a explosão tropicalista que tinha começado a ser desenhada pelo filme</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Terra em Transe</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, de Glauber Rocha.</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">O Rei da Vela </i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">também virou filme. Dirigido por Zé Celso, a produção de 1982 marcou uma aproximação casual entre Teixeira e Martinez. “Assisti ao lado dele no cinema, em Copacabana. Depois, a gente saiu para um bar e ficamos conversando. Ele era aquela loucura e não parava de falar”, recorda o paraibano. Depois de tamanha repercussão com a peça, Celso supera na transgressão com a montagem de</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Roda Viva</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, peça inédita do jovem compositor Chico Buarque. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Durante a temporada paulistana, em 1968, homens encapuzados e armados de cassetetes invadiram o Teatro Ruth Escobar e espancaram os atores. Mais um atentado seria registrado em Porto Alegre, com o sequestro de artistas, sepultando a carreira do espetáculo. A potência criativa volta a explodir com força em</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Ham-Let</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, versão muito particular da tragédia de Shakespeare que ganha encenação no recém-reformado Teatro Oficina, em uma estética provocativa e visceral que marcaria a sua trajetória dali para frente em peças que comumente duravam mais de seis horas, mas exerciam profundo fascínio em quem estava disposto a uma experiência teatral radical. </span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">Um dos projetos mais ambiciosos de Zé Celso atravessou a primeira década de 2000, a transposição para os palcos do épico</span><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;"> </span><i style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; margin: 0px; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify;">Os Sertões</i><span face="Roboto, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(40, 40, 40); color: #282828; font-size: 1.125rem; text-align: justify;">, romance de Euclides da Cunha. O último espetáculo criado e protagonizado por Celso, no entanto, se deu em torno de um episódio de sua vida real. Na noite de 6 de junho, o diretor oficializou a união com o ator Marcelo Drummond, companheiro há 37 anos, em uma grande festa no Teatro Oficina que reuniu centenas de convidados, entre amigos, artistas e políticos. “Zé Celso é o cara que veio para quebrar as estruturas. Para ele, o teatro era o êxtase, o orgasmo. Ele não tinha o espetáculo como algo que deveria ser criado para que o público gostasse. Ele tinha obsessão pelo Teatro Oficina, que é um templo, uma coisa maravilhosa. Ele é único. Não tem pessoa que desenvolva um trabalho igual ao de Zé. Ele era um delirante o tempo todo”, concluiu Fernando Teixeira.</span></span><p></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-1622999049734147602023-07-07T20:37:00.010-03:002023-07-07T21:04:51.078-03:00Zé Celso, a dramaturgia na vanguarda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbGMD2iCwlk7gB9riARQiJxlD7p3Zcmp9bwPB6wiQRaNFdzUm_IRUl2BXYskjwuqWHee-OQkYQGS1PhB0lTI1O0gIuJO7SMzctlsdxCjz-B2InCe6sT6h8njkGkA712_EZ-qk6crPRDyiEyDt0vsFYbK_ttK9dWaaqIN5NT2z1_Q_1FV-UzYSBHHmg50/s1283/BFE1E40A-F94A-4101-A1E0-9F96B1F84D52.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1276" data-original-width="1283" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbGMD2iCwlk7gB9riARQiJxlD7p3Zcmp9bwPB6wiQRaNFdzUm_IRUl2BXYskjwuqWHee-OQkYQGS1PhB0lTI1O0gIuJO7SMzctlsdxCjz-B2InCe6sT6h8njkGkA712_EZ-qk6crPRDyiEyDt0vsFYbK_ttK9dWaaqIN5NT2z1_Q_1FV-UzYSBHHmg50/w400-h398/BFE1E40A-F94A-4101-A1E0-9F96B1F84D52.jpeg" width="400" /></a></div><b><span style="font-family: verdana;"><br />Agência Globo*</span></b><p></p><p style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(0, 0, 51); color: #000033; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span face=""IBM Plex Sans", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20;">Ignacio Loyola Brandão avisa que está arrasado. É um dia triste, tristíssimo, lamenta o escritor. Autor de obras literárias premiadas — como "Não verás país nenhum", "Cadeiras proibidas" e "Zero" —, ele cultivava uma amizade de mais de oito décadas com o diretor teatral Zé Celso, que morreu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, em decorrência de um incêndio em seu apartamento, em São Paulo. Os dois eram inseparáveis. Melhores amigos. Confidentes. </span><span face=""IBM Plex Sans", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20;">Filhos de "mulheres católicas piedosas", como brinca o escritor ("Olha só no que deu, né?", ele acrescenta, irônico), Zé Celso e Ignácio se conheceram na infância, em Araraquara, cidade onde foram criados, em São Paulo. Nascidos no mesmo ano, foram colegas de escola, em duas instituições diferentes. Nessa época, o diretor teatral já dava sinais do comportamento transgressor que, mais tarde, o consagraria nos palcos, como recorda o escritor. </span></span><span style="color: #231f20;"><span style="font-family: verdana;">Todo fim de semana, na escola onde estudávamos, havia a entrega de um prêmio que se chamava "Medalha de Bom Comportamento". Com uns 9 anos, Zé Celso me disse assim, certa vez: "Se você ganhar essa medalha, nunca mais falo com você". Ele não admitia a ideia de "bom comportamento". Já era transgressor, ao seu jeito — relembra Loyola de Brandão, aos 86 anos, em entrevista ao Globo. — Mas eu tinha um problema, porque era bolsista no colégio (risos). Então, não podia ter mau comportamento. Acontece que, um dia, ganhei essa medalha. Zé Celso entendeu. E determinou uma coisa: teríamos que, a partir dali, chegar ao fim da vida sem brigar. E conseguimos isso. </span></span></p><div class="separator" style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(0, 0, 51); clear: both; color: #000033; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9FEqEtsyCWb2YKA5gapNBqwlv2eK1dJMhntQGACPuPid1dP8X_cKruLgsQLr_szqrjsj3ikUUy5DZj7HiBONPtM3_TaO53rp52KwU3VAXU8CoRNbZeQMNrCtiSnMdjR76ixc0gHvyfeqgHwEus6uKVGm9xI548HCksrENhB3t8jgPg4U-xz4Ctzi3O4/s480/6A3EA2EF-EAC9-4A79-8F49-D94CA0550E5B.jpeg" style="color: #003366; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="255" data-original-width="480" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ9FEqEtsyCWb2YKA5gapNBqwlv2eK1dJMhntQGACPuPid1dP8X_cKruLgsQLr_szqrjsj3ikUUy5DZj7HiBONPtM3_TaO53rp52KwU3VAXU8CoRNbZeQMNrCtiSnMdjR76ixc0gHvyfeqgHwEus6uKVGm9xI548HCksrENhB3t8jgPg4U-xz4Ctzi3O4/s320/6A3EA2EF-EAC9-4A79-8F49-D94CA0550E5B.jpeg" style="border-width: 0px;" width="320" /></span></a></div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(0, 0, 51); color: #000033; font-family: verdana; font-size: 17.280001px;"><br />Quando se mudaram para São Paulo, na juventude, foram morar juntos — no mesmíssimo quarto —, numa pensão na Alameda Santos, próxima à Avenida Paulista. Pouco depois, Ignacio ingressou para a redação do jornal "Última Hora", enquanto Zé Celso se matriculou no curso de Direito da Universidade de São Paulo, a USP. </span><div style="-webkit-text-size-adjust: auto; caret-color: rgb(0, 0, 51); color: #000033;"><span style="font-family: verdana; font-size: 17.280001px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSODLvXQXxp5WahfEGurmwoiLIp92_yX13EjbFYBJZ3KsVx1adhK-kSAaMHfakLwkFETgS5qGmWjL2LEtvxLZMKy0EjUqmvPeEmHdsmQdL1rkaxUQHXCD82TYaqbXpJT2s6EBD3cE5D7Yoyb8b3BmT0WtKcP47UxhkyThFRGj-Ads5iNZOQgPtrH5FoOY/s635/88834756-5EC9-489F-BE16-CB9BDEA4C23C.jpeg" style="color: #003366; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" data-original-height="439" data-original-width="635" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSODLvXQXxp5WahfEGurmwoiLIp92_yX13EjbFYBJZ3KsVx1adhK-kSAaMHfakLwkFETgS5qGmWjL2LEtvxLZMKy0EjUqmvPeEmHdsmQdL1rkaxUQHXCD82TYaqbXpJT2s6EBD3cE5D7Yoyb8b3BmT0WtKcP47UxhkyThFRGj-Ads5iNZOQgPtrH5FoOY/s320/88834756-5EC9-489F-BE16-CB9BDEA4C23C.jpeg" style="border-width: 0px;" width="320" /></a></div><br />Com colegas de faculdade, o diretor teatral fundou o grupo Teatro Oficina. E um cenário novo — colorido, tropicalista — se ergueu a partir daí. </span><span style="color: #231f20; font-family: verdana;">Nossa amizade continuou, sem parar. Acompanhei todas os espetáculos do Oficina, o tempo inteiro. E se eu deixasse de ir a alguma peça, o Zé também deixava de ir a algum lançamento de qualquer livro meu, em represália (risos) — rememora Loyola de Brandão.</span><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; line-height: 30px; margin: 0px 0px 30px;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrziD7tovylXwFKweVS3RqNIO-02oC3wfaVciPk5V_YNZ0B6QS-WPYx5vSY5cDWRqzWveIx2NPARil2LBoTvYVw5BWwkN2Vtg3u_6ydk3rpBdqiQXsgxg4NYluAGEmU6p6ITT-eeANbD1rJiB9vfFR9brnILOxkUAQ2b4mcipps8idnzkiIynUI1NIFjg/s150/DCEE88FA-D1AB-49D4-8F5F-6EC216530715.jpeg" style="color: #003366; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" data-original-height="150" data-original-width="108" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrziD7tovylXwFKweVS3RqNIO-02oC3wfaVciPk5V_YNZ0B6QS-WPYx5vSY5cDWRqzWveIx2NPARil2LBoTvYVw5BWwkN2Vtg3u_6ydk3rpBdqiQXsgxg4NYluAGEmU6p6ITT-eeANbD1rJiB9vfFR9brnILOxkUAQ2b4mcipps8idnzkiIynUI1NIFjg/w230-h320/DCEE88FA-D1AB-49D4-8F5F-6EC216530715.jpeg" style="border-width: 0px;" width="230" /></a></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: 17.280001px;"><br /><div style="text-align: justify;"> — Comíamos sempre no mesmo local, frequentávamos o restaurante Gigetto... A gente estava sempre junto. E ele era meu primeiro leitor, sempre. Fazia questão disso. O escritor faz um apelo para que as autoridades públicas inscrevam algum tipo de homenagem no imóvel onde Zé Celso nasceu e passou a infância e a adolescência, em Araraquara. A casa continua lá, de pé. "Para alguém que foi uma personalidade tão grande como Nelson Rodrigues e Ziembinski", como frisa Loyola de Brandão, parte dessa memória necessita ser preservada. </div></span><p style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px;"></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; line-height: 30px; margin: 0px 0px 30px;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMJoJyBPHoXToCus70Wyt6gXlxYkoOjpeGB_rpEGzJNjVXZ70nfnngllruzbnUmjdp_jWOuk7BuWjDOxQKDbTGk92WHmFoiW6ZluMkCo4G7tF-4O1QRqTPjTtfyvjZmgTm8QeI5AGaX2LPASb-R98LlWdvjn7vsV2EldTyJB6nLV9F-p6Pta9_9Mueec/s860/6878826E-F9E1-4681-8714-FD630F303E25.jpeg" style="color: #003366; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="860" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMJoJyBPHoXToCus70Wyt6gXlxYkoOjpeGB_rpEGzJNjVXZ70nfnngllruzbnUmjdp_jWOuk7BuWjDOxQKDbTGk92WHmFoiW6ZluMkCo4G7tF-4O1QRqTPjTtfyvjZmgTm8QeI5AGaX2LPASb-R98LlWdvjn7vsV2EldTyJB6nLV9F-p6Pta9_9Mueec/w400-h225/6878826E-F9E1-4681-8714-FD630F303E25.jpeg" style="border-width: 0px;" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: 17.280001px;"><br />Quem é o herdeiro de Zé Celso? Essa é a grande pergunta agora. Difícil dizer. Nunca houve alguém parecido. Ele foi um cara de fogo, o tempo inteiro. Era ardente. E morreu queimado. É muito estranha essa história. Trágico. Muito triste — emociona-se o escritor, voltando-se novamente para as lembranças de infância. — A gente era criança, e o Zé fazia um teatrinho na casa dele, com marionetes, numa caixa de papelão, no meio do quintal. Saíamos da escola, e ele me levava para lá, para ver esse espetáculo. A plateia éramos eu, a mãe, a irmã e o pai. Zé Celso sempre teve a transgressão dentro dele. </span><div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 17.280001px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvVCIffDx8N75g0Ctx0JfgGvaIDI00gsJwYNza6BoN8feIlK2nRhT_SCwhiYJUmFsovucTaiZ5QoBvzapM4J6EcW34bPp6J1OFOdmxAqJ9u9wR7TO7XHkSF-Ro2N7hV1Z9pr1GFAkWVA8X3yfy6VwWSDkvBHG8xZmGypOkbQVItjVma_YEvKKir5r7GA/s768/D111FEDC-FAC1-47BD-B1B9-94233246F94A.jpeg" style="color: #003366; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="768" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvVCIffDx8N75g0Ctx0JfgGvaIDI00gsJwYNza6BoN8feIlK2nRhT_SCwhiYJUmFsovucTaiZ5QoBvzapM4J6EcW34bPp6J1OFOdmxAqJ9u9wR7TO7XHkSF-Ro2N7hV1Z9pr1GFAkWVA8X3yfy6VwWSDkvBHG8xZmGypOkbQVItjVma_YEvKKir5r7GA/w400-h295/D111FEDC-FAC1-47BD-B1B9-94233246F94A.jpeg" style="border-width: 0px;" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />Acho que ele pertencia a uma família tão correta, tão quadrada, tão burguesa... Que deu nisso, não tem jeito! Era uma criança que vivia com aquela família exemplar, numa casa que ficava atrás da rua onde havia os bordéis da cidade. Imagina o fascínio que aquilo causava na gente. Zé Celso é fruto dessa mistura.</span></div></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-89452224279347277792023-07-07T18:38:00.015-03:002023-07-07T21:00:11.471-03:00Zé Celso, a dramaturgia de vanguarda<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqhrBIZQujbVILtu_gG4U6fpFvCAmA4b6kqqdJ-ULdgwUrSObjQkvh5iC-meQsvCTdCg31Q85odqXJ1IMp0VFWiVpjcjlPXzS1wF0_nbVp_MbFSlqOBTxoMLbuIcGbm-t1lGUDabK_j0CgDyzD_5wWXdjhDZUofcRMhLj9uQrzL7nAiI3v1A0oowJ3pyQ/s1283/7AEF2996-6361-4B70-9BB2-36D392381580.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1276" data-original-width="1283" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqhrBIZQujbVILtu_gG4U6fpFvCAmA4b6kqqdJ-ULdgwUrSObjQkvh5iC-meQsvCTdCg31Q85odqXJ1IMp0VFWiVpjcjlPXzS1wF0_nbVp_MbFSlqOBTxoMLbuIcGbm-t1lGUDabK_j0CgDyzD_5wWXdjhDZUofcRMhLj9uQrzL7nAiI3v1A0oowJ3pyQ/w400-h398/7AEF2996-6361-4B70-9BB2-36D392381580.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /><span face=""IBM Plex Sans", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20;"><b>Agencia Globo</b> </span></span><div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span><span face=""IBM Plex Sans", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20;">Ignacio Loyola Brandão avisa que está arrasado. É um dia triste, tristíssimo, lamenta o escritor. Autor de obras literárias premiadas — como "Não verás país nenhum", "Cadeiras proibidas" e "Zero" —, ele cultivava uma amizade de mais de oito décadas com o diretor teatral Zé Celso, que morreu nesta quinta-feira (6), aos 86 anos, em decorrência de um incêndio em seu apartamento, em São Paulo. Os dois eram inseparáveis. Melhores amigos. Confidentes. </span><span face=""IBM Plex Sans", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20;">Filhos de "mulheres católicas piedosas", como brinca o escritor ("Olha só no que deu, né?", ele acrescenta, irônico), Zé Celso e Ignácio se conheceram na infância, em Araraquara, cidade onde foram criados, em São Paulo. Nascidos no mesmo ano, foram colegas de escola, em duas instituições diferentes. Nessa época, o diretor teatral já dava sinais do comportamento transgressor que, mais tarde, o consagraria nos palcos, como recorda o escritor </span></span><span style="color: #231f20;"><span>Todo fim de semana, na escola onde estudávamos, havia a entrega de um prêmio que se chamava "Medalha de Bom Comportamento". Com uns 9 anos, Zé Celso me disse assim, certa vez: "Se você ganhar essa medalha, nunca mais falo com você". Ele não admitia a ideia de "bom comportamento". Já era transgressor, ao seu jeito — relembra Loyola de Brandão, aos 86 anos, em entrevista ao Globo. — Mas eu tinha um problema, porque era bolsista no colégio (risos). Então, não podia ter mau comportamento. Acontece que, um dia, ganhei essa medalha. Zé Celso entendeu. E determinou uma coisa: teríamos que, a partir dali, chegar ao fim da vida sem brigar. E conseguimos isso. </span></span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;">Filhos de "mulheres católicas piedosas", como brinca o escritor ("Olha só no que deu, né?", ele acrescenta, irônico), Zé Celso e Ignácio se conheceram na infância, em Araraquara, cidade onde foram criados, em São Paulo. Nascidos no mesmo ano, foram colegas de escola, em duas instituições diferentes. Nessa época, o diretor teatral já dava sinais do comportamento transgressor que, mais tarde, o consagraria nos palcos, como recorda o escritor. </span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;">Todo fim de semana, na escola onde estudávamos, havia a entrega de um prêmio que se chamava "Medalha de Bom Comportamento". Com uns 9 anos, Zé Celso me disse assim, certa vez: "Se você ganhar essa medalha, nunca mais falo com você". Ele não admitia a ideia de "bom comportamento". Já era transgressor, ao seu jeito — relembra</span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;"> </span><a class="" href="https://oglobo.globo.com/cultura/ignacio-de-loyola-brandao-eleito-personalidade-literaria-do-ano-pelo-premio-jabuti-25005736" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #1e4c9a; font-weight: 700; letter-spacing: -0.75px; text-decoration: none;">Loyola de Brandão</a><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;">, aos 86 anos, em entrevista ao GLOBO. — Mas eu tinha um problema, porque era bolsista no colégio</span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;"> </span><em style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;">(risos)</em><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; letter-spacing: -0.75px;">. Então, não podia ter mau comportamento. Acontece que, um dia, ganhei essa medalha. Zé Celso entendeu. E determinou uma coisa: teríamos que, a partir dali, chegar ao fim da vida sem brigar. E conseguimos isso. Quando se mudaram para São Paulo, na juventude, foram morar juntos — no mesmíssimo quarto —, numa pensão na Alameda Santos, próxima à Avenida Paulista. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh3lURawxSrEVxdcRs_GFz4FhkmOaMwI5DqSiEzma3eogv2HdDSMSH1kNnd22vptOo-hCVCnuLb93P6y6nVbkyXs8GSVXSB031bLfOF36cjmo3v56FFYuA746zZY3rdUEQKShSrqquOVmBg8Wo4vkMXygnioG4GDyoE8ac46whKUn6IGPP93GEz5_dyVU/s635/AD692888-8003-446E-A9DC-0F6D8D0D469C.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="439" data-original-width="635" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh3lURawxSrEVxdcRs_GFz4FhkmOaMwI5DqSiEzma3eogv2HdDSMSH1kNnd22vptOo-hCVCnuLb93P6y6nVbkyXs8GSVXSB031bLfOF36cjmo3v56FFYuA746zZY3rdUEQKShSrqquOVmBg8Wo4vkMXygnioG4GDyoE8ac46whKUn6IGPP93GEz5_dyVU/s320/AD692888-8003-446E-A9DC-0F6D8D0D469C.jpeg" width="320" /></a></div><br />Pouco depois, Ignacio ingressou para a redação do jornal "Última Hora", enquanto Zé Celso se matriculou no curso de Direito da Universidade de São Paulo, a USP. Com <a class="" href="https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2023/07/06/amir-haddad-o-teatro-brasileiro-nao-tem-peca-de-reposicao-para-ze-celso.ghtml" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #1e4c9a; font-family: verdana; font-weight: 700; letter-spacing: -0.75px; text-decoration: none;">colegas de faculdade</a><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;">, o diretor teatral fundou o grupo Teatro Oficina. E um cenário novo — colorido, tropicalista — se ergueu a partir daí. — Nossa amizade continuou, sem parar. </span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWl5QOrF_YkRYtKjOrD0Md-yngwdotDpc2PMKE24Ny1l3BHABWsYuW9ehR8WMe9Dp2kkkVhBeDQDnyQ5Fsuv_Q8C3VdJBMxi60DdeIQceU6V2I1I6z0i8kbBBV6ZUf8hDc6CQrsCFsCUVNsBi56-pj4QnB_bHLpavheYmo9AO3THYUfx9EIBLYOTmnRiA/s150/37DDE720-1780-414B-922A-AFEA266B55CC.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="150" data-original-width="108" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWl5QOrF_YkRYtKjOrD0Md-yngwdotDpc2PMKE24Ny1l3BHABWsYuW9ehR8WMe9Dp2kkkVhBeDQDnyQ5Fsuv_Q8C3VdJBMxi60DdeIQceU6V2I1I6z0i8kbBBV6ZUf8hDc6CQrsCFsCUVNsBi56-pj4QnB_bHLpavheYmo9AO3THYUfx9EIBLYOTmnRiA/w230-h320/37DDE720-1780-414B-922A-AFEA266B55CC.jpeg" width="230" /></a></div><br />Acompanhei todas os espetáculos do Oficina, o tempo inteiro. E se eu deixasse de ir a alguma peça, o Zé também deixava de ir a algum lançamento de qualquer livro meu, em represália <em style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;">(risos)</em><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;"> — rememora Loyola de Brandão. — Comíamos sempre no mesmo local, frequentávamos o restaurante Gigetto... A gente estava sempre junto. E ele era meu primeiro leitor, sempre. Fazia questão disso. </span><span style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); color: #333333; font-family: verdana; letter-spacing: -0.75px;">O escritor faz um apelo para que as autoridades públicas inscrevam algum tipo de homenagem no imóvel onde Zé Celso nasceu e passou a infância e a adolescência, em Araraquara. A casa continua lá, de pé. "Para alguém que foi uma personalidade tão grande como Nelson Rodrigues e Ziembinski", como frisa Loyola de Brandão, parte dessa memória necessita ser preservada.</span><p></p><div><p></p><p style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #231f20; line-height: 30px; margin: 0px 0px 30px;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMJoJyBPHoXToCus70Wyt6gXlxYkoOjpeGB_rpEGzJNjVXZ70nfnngllruzbnUmjdp_jWOuk7BuWjDOxQKDbTGk92WHmFoiW6ZluMkCo4G7tF-4O1QRqTPjTtfyvjZmgTm8QeI5AGaX2LPASb-R98LlWdvjn7vsV2EldTyJB6nLV9F-p6Pta9_9Mueec/s860/6878826E-F9E1-4681-8714-FD630F303E25.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="860" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmMJoJyBPHoXToCus70Wyt6gXlxYkoOjpeGB_rpEGzJNjVXZ70nfnngllruzbnUmjdp_jWOuk7BuWjDOxQKDbTGk92WHmFoiW6ZluMkCo4G7tF-4O1QRqTPjTtfyvjZmgTm8QeI5AGaX2LPASb-R98LlWdvjn7vsV2EldTyJB6nLV9F-p6Pta9_9Mueec/w400-h225/6878826E-F9E1-4681-8714-FD630F303E25.jpeg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /><span>Quem é o herdeiro de Zé Celso? Essa é a grande pergunta agora. Difícil dizer. Nunca houve alguém parecido. Ele foi um cara de fogo, o tempo inteiro. Era ardente. E morreu queimado. É muito estranha essa história. Trágico. Muito triste — emociona-se o escritor, voltando-se novamente para as lembranças de infância. — A gente era criança, e o Zé fazia um teatrinho na casa dele, com marionetes, numa caixa de papelão, no meio do quintal. Saíamos da escola, e ele me levava para lá, para ver esse espetáculo. A plateia éramos eu, a mãe, a irmã e o pai. Zé Celso sempre teve a transgressão dentro dele</span>. </span><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvVCIffDx8N75g0Ctx0JfgGvaIDI00gsJwYNza6BoN8feIlK2nRhT_SCwhiYJUmFsovucTaiZ5QoBvzapM4J6EcW34bPp6J1OFOdmxAqJ9u9wR7TO7XHkSF-Ro2N7hV1Z9pr1GFAkWVA8X3yfy6VwWSDkvBHG8xZmGypOkbQVItjVma_YEvKKir5r7GA/s768/D111FEDC-FAC1-47BD-B1B9-94233246F94A.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="768" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuvVCIffDx8N75g0Ctx0JfgGvaIDI00gsJwYNza6BoN8feIlK2nRhT_SCwhiYJUmFsovucTaiZ5QoBvzapM4J6EcW34bPp6J1OFOdmxAqJ9u9wR7TO7XHkSF-Ro2N7hV1Z9pr1GFAkWVA8X3yfy6VwWSDkvBHG8xZmGypOkbQVItjVma_YEvKKir5r7GA/s320/D111FEDC-FAC1-47BD-B1B9-94233246F94A.jpeg" width="320" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><span><br /><span>Acho que ele pertencia a uma família tão correta, tão quadrada, tão burguesa... Que deu nisso, não tem jeito! Era uma criança que vivia com aquela família exemplar, numa casa que ficava atrás da rua onde havia os bordéis da cidade. Imagina o fascínio que aquilo causava na gente. Zé Celso é fruto dessa mistura</span></span>.</span><p></p></div></div></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-70952899292581463892023-05-30T20:54:00.004-03:002023-05-30T23:00:43.363-03:00Que sentimentos Lula nutre pelas ditaduras de esquerda?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3j82OBCpIhuS4qNt4PmFUJlTW4WfRt4UfFMAB2YfQ3tbab6JccUNQfK_pn1eoyVSHGm8ZQdAkXjW4ZLuML0QiVRqn1JUwyVIGq9aNOFGlJmcvX3bwUnEHjT7bD2hxEB1r_UK6rOtGz-k4Hg66aRWE1p78uFsPClJwSEiavhfLIzE4fJjkGAl9p-3/s1280/A96C041C-F69C-4B7D-8FCA-6A4EB81487C0.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="711" data-original-width="1280" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH3j82OBCpIhuS4qNt4PmFUJlTW4WfRt4UfFMAB2YfQ3tbab6JccUNQfK_pn1eoyVSHGm8ZQdAkXjW4ZLuML0QiVRqn1JUwyVIGq9aNOFGlJmcvX3bwUnEHjT7bD2hxEB1r_UK6rOtGz-k4Hg66aRWE1p78uFsPClJwSEiavhfLIzE4fJjkGAl9p-3/w400-h223/A96C041C-F69C-4B7D-8FCA-6A4EB81487C0.jpeg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><b>Wilson Gomes*</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Esse mês <span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333;">apareceu pela enésima vez a pergunta sobre quais são, afinal de conta, os sentimentos que o PT nutre pelos regimes autoritários de esquerda.</span></span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Há razões para se ter dúvida a respeito disso, considerando que não faltam paradoxos.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Pois se, por um lado, há um partido que pode se orgulhar de ter sido forjado na luta contra a ditadura militar, esse é o Partido dos Trabalhadores. Além disso, o seu maior líder, em seus dois mandatos, manteve-se convictamente dentro das quatro linhas da democracia liberal, com raros deslizes. Lula e o PT nem de longe representaram qualquer ameaça à democracia brasileira, muito ao contrário do que aconteceu nos tempos bolsonaristas.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Por outro lado, parece que Lula e as lideranças petistas compartilham com a melhor parte da sociedade brasileira um profundo desprezo por autocracias de direita, mas não têm sentimentos comuns quando a autocracia, implantada ou encaminhada, é de líderes e partidos de esquerda.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Basta um rápido exame da memória recente e vão brotar lembranças sobre declarações de afetos e gestos de solidariedade ao governo da Venezuela e de Cuba, sobre apoios negados à reivindicação de prisioneiros e perseguidos dos regimes autoritários de esquerda, sobre a ausência de condenação ou crítica diante da repressão a manifestações populares ou à prisão de opositores. Ultimamente, vimos como a repressão a protestos em Cuba e, por último, o caminho de Ortega para mais um mandato presidencial pavimentado pela prisão de nada menos que todos os candidatos da oposição, foram tratados com o ululante silêncio de sempre, com desconcertante indulgência ou, enfim, foram acompanhados por cumprimentos públicos pela “vibrante democracia” debaixo da bota de ditadores de esquerda. Numa entrevista ao jornal espanhol <span style="box-sizing: inherit;">El País</span>, depois de uma excursão europeia, Lula novamente teve uma chance de afastar as suspeitas públicas, inclusive insistentemente alimentadas pelos bolsonaristas, da complacência petista com ditaduras de esquerda. Numa entrevista amistosa para um jornal que lhe dera a capa da edição nacional no domingo, as perguntas eram praticamente um convite para que Lula firmasse a sua desaprovação moral às situações de Cuba e da Nicarágua.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Aliás, a situação da Nicarágua era um caso fácil para um juízo de desaprovação, posto que até Pepe Mujica, a figura mais carismática da esquerda latino-americana, havia condenado os absurdos perpetrados por Ortega e sobre os quais não parece pairar dúvida entre as lideranças democráticas do mundo. O próprio ministro das Relações Exteriores da Espanha, o país anfitrião de Lula, já havia feito o mesmo. A bola estava levantada, era só cortá-la. Lula, contudo, refugou.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Os argumentos de Lula sobre a Nicarágua foram quatro.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O primeiro deles é uma falácia apreciada pelo Partido. “Temos que defender a autodeterminação dos povos”. Ora, a pergunta da jornalista não foi sobre se o ex-presidente recomenda uma interferência estrangeira na Nicarágua, mas uma demanda por um juízo de valor sobre um líder autoritário e os abusos antidemocráticos a que está recorrendo. Um juízo que Lula não foi capaz de dar na direção certa nem com a clareza necessária.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O que, além de tudo, é contraditório, pois quando saímos por aí pedindo ao mundo para condenar um governo genocida ou o <span style="box-sizing: inherit;">lawfare</span>que meteu Lula na cadeia, não estávamos pedindo que o mundo desrespeitasse a nossa autodeterminação, mas que declarasse a ilegitimidade de uma situação política.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O segundo argumento foi uma comparação bem no estilo que eles próprios chamam de “falsa simetria”: “Por que a Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder, González, 14, e Daniel Ortega, não?”, desafiou Lula. A resposta deveria ser óbvia: se um primeiro ministro fica tantos anos no cargo é porque as regras do jogo das democracias parlamentares o permitem. Não é, contudo, das regras do jogo do presidencialismo atual algo semelhante. Democracia tem a ver com jogar o jogo conforme as regras. Quando se resolve usar regras parlamentares em uma democracia presidencialista, temos aberrações, como o impeachment de Dilma Rousseff que todo mundo sabe que foi aplicado apenas porque ela perdeu maioria parlamentar. São duas regras para dois jogos diferentes e é melhor não as embaralhar. Mas duvido que Lula não saiba da distinção.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Independente disso, há o detalhe da questão dos meios empregados para se conseguir os tais mandatos. Foi o que observou Pepa Bueno, a editora-chefe do <span style="box-sizing: inherit;">El País</span>, quando se viu obrigada a dar a primeira “invertida” no ex-presidente: Merkel e González nunca precisaram meter na prisão os opositores para conseguir manter-se no cargo. Pois é. Um detalhe do tamanho do mundo para quem tem convicções democráticas.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O terceiro argumento foi uma confissão de agnosticismo: “Eu não posso julgar o que aconteceu na Nicarágua”, “eu não sei o que as pessoas fizeram para ser presas”. Ora, ou Lula não sabe mesmo e é desinformado demais para um sujeito com a experiência de Lula. Ele simplesmente não quer saber, uma vez que o vínculo de solidariedade com Ortega precede qualquer juízo de valor acerca da autocracia que ele implantou. A segunda hipótese parece-me a mais óbvia.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Por fim, só depois da objeção de Pepa Bueno, Lula resolve assumir uma posição condenatória: “Se o Daniel Ortega prendeu a oposição para não disputar a eleição, ele está totalmente errado”. Reparem no condicional “Se”. Para Lula, não é certo que tal fato tenha acontecido, mas, em princípio, se ocorreu está errado.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Os lulistas, que se viram confrontados com as sobrancelhas arqueadas de quem viu a entrevista, acreditam que essa sentença apaga ou mitiga as afirmações anteriores e soam como uma condenação? Eu não. E duvido que mais alguém, além dos lulistas de coração, saíram convencidos dessa história.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Sobre Cuba, o primeiro argumento foi no clássico modelo “todo mundo faz isso, vocês só reclamam quando é Cuba”. “Não é só em Cuba que protestos são proibidos. No mundo inteiro, protestos são proibidos.” Um argumento que serve basicamente para dizer que não há qualquer singularidade na repressão e proibição dos protestos de Cuba, todo mundo reprime, e é um raciocínio tão bom quanto o que justifica a corrupção afirmando que todo mundo é corrupto mesmo.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Em seguida, vem outro clássico: a acusação de seletividade. “Agora, é engraçado porque a gente reclama de uma decisão que evitou protestos em Cuba, e a gente não reclama que os cubanos estavam preparados para dar vacinas e não tinha seringas e os americanos não permitiram que entrasse vacina em Cuba.”</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Lula não quer condenar as decisões antidemocráticas de Cuba, o que ele quer é desqualificar as acusações de que ali não há democracia. Então, acusa os críticos do regime cubano de indignação seletiva, de não condenar o imperialismo, como se isso desse uma isenção ao amigo. É quando leva, então, a segunda invertida da editora do <span style="box-sizing: inherit;">El País</span>, usando argumento que ocorreria a qualquer pessoa de bom senso: “Presidente Lula, se podem fazer as duas coisas: condenar o bloqueio e pedir liberdade nas ruas para os opositores”.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Na ausência de qualquer outro argumento aceitável, Lula fecha com o “Você vai conquistar a democracia em Cuba terminando com o embargo”, como se essa posição, mesmo que fosse verdadeira, dispensasse qualquer democrata de dizer que as coisas não estão bens para os direitos civis naquela Ilha.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O fandom petista correu em defesa de Lula e às acusações de sempre contra os seus críticos: de que há seletividade de indignação, de que a gente deveria falar era dos defeitos da democracia norte-americana e da nossa, de que as empresas de jornalismo já apoiaram a ditadura, de que Biden não denunciou ditaduras do Golfo Pérsico, de que os jornalistas não têm moral para criticar Lula porque servem aos seus patrões. Os clássicos. Que não tocam em nada do que realmente importante, isto é, na questão de quais são os sentimentos de Lula e do PT por ditaduras de esquerda.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Outros, condescendentes, minimizaram. Foi só uma bravata magnificada pela hipervigilância a que se submete Lula, foi só um deslize, nada demais, Lula é um democrata, todo mundo sabe.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Quer saber? Lula não teve um mau dia ou fez uma bravata. O que ele expressou são as suas convicções sobre governos de esquerda que também são ditaduras. Sempre foram essas. E a de muita gente da esquerda, principalmente da sua geração. Para eles, há coisas muito mais importantes do que a democracia, como comida no prato, como um relacionamento mais estreito entre o governo e massa de pobres típica dos países latino-americanos, como um projeto de justiça social.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Por isso mesmo é que uma das saídas clássicas da crítica de ditaduras de esquerda é desqualificar a democracia real, afirmando que ou ela é intrinsecamente defeituosa por ser liberal e burguesa, ou diagnosticando que a sua implementação é imperfeita, injusta e distorcida, e não favorece os mais pobres nem as minorias. Em suma, democracia é boa, se a alternativa for uma ditadura de direita, mas não é tão boa assim, se o socialismo for uma alternativa à mesa. Esta é uma posição minoritária na esquerda, acredito, mas é resiliente.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">O que Lula pensa e diz (talvez não devesse) é só a versão light da crença de uma parte da esquerda de que o socialismo é mais importante que a democracia. Na versão light, justiça social e cuidado com os mais pobres justificam até negligenciar ou atacar a democracia burguesa.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Essa crença na superioridade do socialismo sobre a democracia liberal é uma questão que pode até passar sem ser notada em outras ocasiões, mantendo-se como assuntos de seminários e convescotes de esquerda. Mas, aqui e agora, no mundo real, neste momento de dominação bolsonarista, em que precisamos de pessoas com profunda convicção democrática, é um desastre.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Quando tivemos à frente do governo um sujeito que desejaria imensamente ser um ditador, é preciso ter superioridade moral para dizer que na nossa democracia não se toca e que ditadura nunca mais, não importa de que tipo. Não se pode, em hipótese alguma, aliviar para ditaduras e autoritarismo, não importa se de direita ou de esquerda.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">“Ah, mas Lula é democrata”, diz-se. Não duvido de que seja verdade, mas, neste momento, não basta ser democrata, tem que parecer democrata, tem que condenar todas as ditaduras.</span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;">Lula perdeu mais uma oportunidade de ouro para mostrar o quão é superior ao bolsonarismo também no quesito “complacência com ditaduras”. </span></p><p style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: inherit; color: #333333; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 16px; max-width: 100%; text-align: justify; width: 650px;"><span style="font-family: verdana;"><b><span face="merriweatherbold !important" style="box-sizing: inherit;">* Wilson Gomes </span>é doutor em Filosofia, professor titular da Faculdade de Comunicação da UFBA e autor de <i style="box-sizing: inherit;">A democracia no mundo digital: história, problemas e temas</i>(Edições Sesc SP). Twitter: @willgomes</b></span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-49678745048923441192023-05-03T20:08:00.007-03:002023-05-03T20:26:54.856-03:00Xi Jinping, entre Moscou e Berlim<p><span face="Verdana, sans-serif" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; font-size: 14pt; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-oU6w0EYVBVOkRUOnXzekldoNI4ONvqLm2lo2JcR048zefg2D-2SVJ_EEUxDcQuRqiRPincWDKmNHC15hxcJhht8LJzeOG3Lc5VQjJu-frzfI4qwDArs8AbTUQV9yNcVQZLdcIJM223mV9rn3b17KUQnn-SNdPvXNTw-IO792OVAHczfpXB9f0UsN/s678/CDA8A027-14E4-4885-A2D5-D68E14EB4223.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="678" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-oU6w0EYVBVOkRUOnXzekldoNI4ONvqLm2lo2JcR048zefg2D-2SVJ_EEUxDcQuRqiRPincWDKmNHC15hxcJhht8LJzeOG3Lc5VQjJu-frzfI4qwDArs8AbTUQV9yNcVQZLdcIJM223mV9rn3b17KUQnn-SNdPvXNTw-IO792OVAHczfpXB9f0UsN/w640-h426/CDA8A027-14E4-4885-A2D5-D68E14EB4223.jpeg" width="640" /></a></div><p><b style="caret-color: rgb(34, 34, 34); font-family: verdana; text-align: justify;">Demetrio Magnoli*</b></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="text-decoration: none;">A <a href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/pais/china" style="text-decoration: none;">China</a></span><span face="Verdana, sans-serif" style="color: #222222;"> rompeu a inércia. A conversa telefônica entre </span><a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/xi-jinping/" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Xi Jinping</span></a><span face="Verdana, sans-serif" style="color: #222222;"> e Volodymir Zelensky — concluída pela nomeação de um “enviado à </span><a href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/pais/ucrania" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Ucrânia</span></a><span face="Verdana, sans-serif" style="color: #222222;"> e a outros países” com a missão de promover uma solução política para a guerra — muda as regras do jogo. A iniciativa pode ser interpretada como, apenas, um expediente destinado a congelar o cenário militar às vésperas da aguardada contraofensiva ucraniana. Contudo parece indicar bem mais que isso. </span></span><span style="color: #222222; font-family: verdana;">Segundo uma tese largamente difundida, interessaria à China o prolongamento da guerra. Por essa via, Xi almejaria ossificar a aliança desigual sino-russa e provocar fissuras crescentes entre Washington e seus aliados europeus da </span><a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/instituicao-governamental/otan/" style="color: #888888; font-family: verdana; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Otan</span></a><span style="color: #222222; font-family: verdana;">, que sofrem as consequências da crise de oferta energética. A visita do francês </span><a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/emmanuel-macron/" style="color: #888888; font-family: verdana; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Emmanuel Macron</span></a><span style="color: #222222; font-family: verdana;"> à China seria prova de que o tempo pesa favoravelmente à potência asiática, ainda mais diante da aproximação de uma perigosa eleição presidencial nos </span><a href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/pais/estados-unidos" style="color: #888888; font-family: verdana; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Estados Unidos</span></a><span style="color: #222222; font-family: verdana;">.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O raciocínio ignora o objetivo econômico estratégico chinês de conservar acesso ao mercado consumidor europeu. O ambicioso projeto chinês Belt and Road (ou Nova Rota da Seda) destina-se a conectar a Ásia Oriental à Europa, o que inspirou analistas cínicos a batizá-lo como Ferrovia Pequim-Berlim. As relações sino-europeias tornaram-se ainda mais vitais, para os dois lados, diante do nacionalismo econômico americano promovido tanto por <a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/donald-trump/" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Donald Trump</span></a> quanto por <a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/joe-biden/" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Joe Biden</span></a>. As extensas restrições impostas pelos Estados Unidos à indústria chinesa de semicondutores não deixam a Xi a alternativa de perder a Europa.</span></p><span style="font-family: verdana;"><a name="more" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></a><o:p style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></o:p></span><p style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222;"></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A “amizade ilimitada” entre China e <a href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/pais/russia" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Rússia</span></a>, proclamada pouco antes da invasão russa da Ucrânia, tem limites. Há pouco, o embaixador chinês na <a href="https://oglobo.globo.com/tudo-sobre/pais/franca" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">França</span></a>, um dos wolf warriors, como ficaram conhecidos os diplomatas da tropa de choque de Xi, colocou em questão a legalidade das fronteiras dos “Estados pós-soviéticos”. A curiosa declaração, que implicaria negar pleno reconhecimento às fronteiras da própria Rússia, mirava a Crimeia — e provocou escândalo na Europa. Ato contínuo, o governo chinês desautorizou seu enviado, reafirmando adesão à soberania territorial de todas as nações.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nenhuma declaração oficial chinesa — nem mesmo seu dúbio “plano de paz”, que congelaria temporariamente o cenário militar — sugeriu a cessão de territórios ucranianos à Rússia. Entre os líderes nacionais relevantes, com a óbvia exceção de <a href="http://oglobo.globo.com/tudo-sobre/politico/vladimir-putin/" style="color: #888888; text-decoration: none;"><span style="color: black;">Vladimir Putin</span></a>, somente Lula ousou insinuar um caminho de paz baseado na destruição da integridade territorial da Ucrânia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não interessa a Xi associar-se a Putin numa guerra sem fim que deflagraria a desconexão econômica da Europa com a China. Entretanto uma nítida derrota russa atingiria os interesses vitais chineses, pois sua consequência quase certa seria a derrocada do regime de Putin.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na etapa inicial da Guerra Fria, a China operou como parceiro menor da União Soviética e depois, a partir de 1972, transitou à condição de parceiro secundário dos Estados Unidos. O pós-Guerra Fria, especialmente depois da ascensão de Xi, inaugurou a rivalidade global sino-americana e, ao mesmo tempo, inverteu a balança de poder China/Rússia. Na nova aliança sino-russa, é a Rússia que opera como parceiro menor. Estrategicamente, o interesse chinês é preservar a aliança com a potência nuclear euroasiática, evitando o isolamento geopolítico. Trata-se de impedir, a todo custo, que Putin seja tragado no vórtice de sua aventura ucraniana.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O “plano de paz” chinês menciona a soberania “de todos os países”, mas não condena a agressão russa e a violação da integridade territorial ucraniana. Exercitando-se na barra assimétrica da ambiguidade, Xi encara o enigma de conciliar os imperativos contraditórios de resguardar os laços econômicos com a Europa e os laços político-militares com a Rússia de Putin.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O líder chinês carece de poderes mágicos. No cenário de impasse militar atual, inexiste solução diplomática capaz de assegurar tanto a integridade territorial da Ucrânia quanto a sobrevivência do governo grão-russo de Putin. Xi sabe disso. Fala sobre paz e negociações para o público europeu, não para a Rússia ou a Ucrânia.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="caret-color: rgb(34, 34, 34); color: #222222; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span><b><span face="Verdana, sans-serif">*</span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156; text-align: left;"> Demétrio Martinelli Magnoli é um jornalista, sociólogo e doutor em geografia humana</span></b></span><span face="Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156; text-align: left;">.</span></span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-14007516930405654672023-04-26T13:33:00.004-03:002023-04-26T14:34:35.539-03:00Divisão de Itaparica<p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4Ye6QCaiM8ER8f1wxmjgugaTpMyu8uEl_EEmF8y_03tW_ySOSnNWCLpmlUOe1nwWQIz4J74kUAAr4x7I1KHITKgjaDJ3oGu9BsndEP__b1S3B3bCzaGn63Kb50CSqk6VnwfIopRvIGDIyVp9h3ksLxQUv-pFjrmrLyHgygWHQQZrq1oFqfzk2EbGQ/s568/A59F4337-2B98-4E31-99D8-E1F1D873FB73.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="568" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4Ye6QCaiM8ER8f1wxmjgugaTpMyu8uEl_EEmF8y_03tW_ySOSnNWCLpmlUOe1nwWQIz4J74kUAAr4x7I1KHITKgjaDJ3oGu9BsndEP__b1S3B3bCzaGn63Kb50CSqk6VnwfIopRvIGDIyVp9h3ksLxQUv-pFjrmrLyHgygWHQQZrq1oFqfzk2EbGQ/s320/A59F4337-2B98-4E31-99D8-E1F1D873FB73.jpeg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O ano de 1962 significou um importante marco histórico para o território baiano, cerca de 144 municípios em todo estado foram emancipados, dentre estes, Vera Cruz-BA. Até então haviam 194 municípios existente em todo território, com isso, a Bahia passou a ter 338 municípios, um aumento de mais de 70%.</span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Nos anos que antecederam a emancipação de Vera Cruz, o município de Itaparica era constituído de seis distritos: Itaparica, Cacha Pregos, Vera Cruz, Salinas da Margarida, Jiribatuba e Mar Grande. Neste mesmo período, Salinas da Margarida que até então era distrito de Itaparica, também foi elevada à categoria de município a partir da Lei estadual nº 1755 de 27/07/1962.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Desse modo, Itaparica, a maior Ilha litorânea do Brasil, teve o seu território dividido em dois municípios pela Lei Estadual 1.773 de 30 de julho de 1962, onde criou-se o município de Vera Cruz. Assim, Vera Cruz com 299,367 km² (87%) passou a ocupar a maior extensão territorial da Ilha, e Itaparica com 118,040 km² (13%) a menor porção do território. O novo município da ilha passou a constituir quatro distritos: Mar Grande, Vera Cruz, Jiribatuba e Cacha Pregos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um fato curioso é que a resolução que criou o município de Vera Cruz alterou a nomenclatura histórica de dois importantes distritos, o de Mar Grande (localizado na região litorânea com vista privilegiada para Salvador) que passou a chamar-se Vera Cruz, e o distrito de Vera Cruz (abrangia boa parte do território da ilha, principalmente da contra costa, e em particular a antiga vila dos pescadores, Baiacú) passou a se chamar Mar Grande, contudo aparentemente essa alteração não se popularizou, e o centro do município continuou a ser chamado de Mar Grande.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Até então no município de Itaparica não havia eleição para o cargo de gestor municipal, pois ao ser oficializado como estância hidromineral do Governo Federal pelo decreto nº 9. 523, de 16 de maio de 1935, passou a ter intervenção direta do estado, sendo assim, por exigência, o prefeito de Itaparica deveria ser um engenheiro indicado pelo governo estadual. Somente em 1958 o decreto de nº 10.440 é revogado, assim, não havia mais necessidade do prefeito ser um engenheiro, contudo, o cargo de gestor ainda deveria ter a indicação do governador.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No período entre as décadas de 30 a 60 os itaparicanos de modo geral conviveram com ausência de participação democrática na escolha do gestor da cidade e de uma estrutura básica que concedesse uma melhor qualidade de vida. Contraditoriamente a divisão política administrativa de 1962 representou a continuidade da ausência de participação democrática da população, mais também da inserção na democracia ao menos para os nativos do município emancipado. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Assim, a primeira eleição para prefeito e vereadores de Vera Cruz segundo o decreto publicado no Diário Oficial no dia 31 de julho de 1962 deveria ser realizada em 07 de outubro daquele ano, sendo que a instalação do município e a posse dos eleitos deveriam acontecer em 07 de abril de 1963. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O processo de desmembramento territorial que resultou na criação de 144 municípios em todo estado, juntamente com o decreto de emancipação política em 1962, foi realizado no governo de Juracy Magalhães (1959 – 1963); já a instalação das novas prefeituras foram instituídas no dia 7 de abril de 1963 no governo Lomanto Junior (1963-1967). </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A Bahia passava por uma reorganização político-administrativa em todo seu território, essa mudança provocou suspeita no real objetivo da criação desses novos municípios. Em um tom crítico o jornal A Tarde em uma matéria publicada no ano de 1962 pontuou no título: “é município que não acaba mais!”, já o escritor itaparicano Ubaldo Osório Pimentel entrou com uma representação junto a Procuradoria Geral da República denunciando aspectos inconstitucionais do decreto realizado pelo Governo Estadual referente à divisão político-administrativa da ilha, sobretudo, se queixou da ausência da participação popular que segundo ele não deixaria que a separação ocorresse. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Importante salientar que no ano de 1962 outros conhecidos municípios se emanciparam, como: Lauro de Freitas, Salinas da Margarida, Simões Filho, Muniz Ferreira, Lajedinho, Conceição do Jacuípe, Dom Macedo Costa, Elísio Medrado, Governador Mangabeira, Boquira e Amélia Rodrigues. Assim, em 31 de julho de 2020, Vera Cruz comemora 58 anos de emancipação política.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> Autoria: Ivaneide C. Pitanga, Graduada em Geografia - UNEB, Especialista em Mineração e Meio Ambiente -UFRB, mestranda em Geografia - UFBA (Pós-Geo), 2020; Ismael L. Pitanga, graduado em História - UFBA, mestrando em História UNEB(PPHIS).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"> Referências</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Lei nº 1. 773 de 30/07/1962 (Vera Cruz é desmembrado de Itaparica).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">OSÓRIO, Ubaldo. A Ilha de Itaparica: História e Tradição. Salvador, 4ª ed. Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1979.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">PINTO, Cristóvão Macêdo. Visões de dois mundos: nativos e veranistas na Ilha de Itaparica 1960 – 1990. Especialização de História Regional, UNEB, 2004.</span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-62035380852262088292023-04-23T09:23:00.002-03:002023-04-23T09:25:19.312-03:00Como se formaram as baias<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsoucgANtEJ-8nfpWsQe4I4dxn1M7QYIS9Yt3cB0o_Qe7X4WdqmdklW5cQHqyO5ilf_u2t47zBx_SHziwWrSvWJaYGiLe6o0UwNyG5dVhlDZiuBkhQKhD0o4alyUh1wo82JNitcr_RqXEY7yPmlWdE22XcYni4weWQAicGJs1Z7J7Ak3nTt1kCQzhk/s433/AAEF148F-669D-42EA-99CD-8FC4CBE95B56.jpeg" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img alt="" border="0" data-original-height="433" data-original-width="384" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsoucgANtEJ-8nfpWsQe4I4dxn1M7QYIS9Yt3cB0o_Qe7X4WdqmdklW5cQHqyO5ilf_u2t47zBx_SHziwWrSvWJaYGiLe6o0UwNyG5dVhlDZiuBkhQKhD0o4alyUh1wo82JNitcr_RqXEY7yPmlWdE22XcYni4weWQAicGJs1Z7J7Ak3nTt1kCQzhk/s400/AAEF148F-669D-42EA-99CD-8FC4CBE95B56.jpeg" /></a></div><b><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">Hannah Warrd*</span></b></div></b><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Como são formadas as baías?
Existem várias maneiras pelas quais as baías podem ser formadas. O método mais óbvio é a erosão. Os litorais são feitos de muitos tipos diferentes de rocha, sendo alguns muito mais difíceis do que outros. A rocha mais macia, a lama e a argila se desgastam mais rapidamente do que a rocha mais dura devido à erosão da água. Isso então forma o recuo no litoral. No entanto, embora isso seja o mais óbvio, nem sempre é o motivo pelo qual uma baía foi formada. Em vez disso, as baías também podem ser formadas por rios e geleiras. Eles podem até ser formados quando o oceano simplesmente transborda para áreas do litoral também.
Apesar disso, muitas baías são na verdade formadas pelas placas tectônicas. As placas tectônicas são as placas gigantes que compõem a crosta continental e oceânica da Terra (também conhecida como litosfera) e são feitas de enormes pedaços de rocha sólida. No entanto, eles não ficam parados e deslizam continuamente um sobre o outro. Isso ocorre porque eles ficam no topo de uma camada de rocha fundida, também conhecida como astenosfera. As correntes de convecção entre os dois fazem com que as placas tectônicas se movam.
As placas tectônicas podem mover qualquer coisa entre um e seis centímetros por ano e são responsáveis pela formação de muitas formações de terra diferentes. Várias cadeias de montanhas e linhas de falha são causadas por essas placas, assim como muitas baías. As baías são formadas devido à forma como as placas tectônicas se movem ao longo de milhões de anos. Isso faz com que os continentes se juntem constantemente apenas para serem separados novamente e criem novos litorais conforme isso acontece. </span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;">* Geógrafa </span></b></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-89426548963075218472023-04-22T09:18:00.012-03:002023-04-22T09:29:00.055-03:00Wilson Sons conclui ampliação do Tecon Salvador <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkQ9kaGP8zusFw848Hwtd8EHwOWmbrZ83zJphhG71ppdhnHcQla6V-6MbtOF1mvXsnT-MIxX-hxPKuI-MNIwV0yjQyUE8JCX9LxOE0JJ1PhwYUitLEFMzFJ-pk7vnQJc7dEtxkGI0-m618-D4IBUpJRAe6Xow-sll_9G4M13YhO3yyvq6y8BGtuyf-/s685/98FEC681-E511-43C6-9C91-56BB3C8370CC.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="685" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkQ9kaGP8zusFw848Hwtd8EHwOWmbrZ83zJphhG71ppdhnHcQla6V-6MbtOF1mvXsnT-MIxX-hxPKuI-MNIwV0yjQyUE8JCX9LxOE0JJ1PhwYUitLEFMzFJ-pk7vnQJc7dEtxkGI0-m618-D4IBUpJRAe6Xow-sll_9G4M13YhO3yyvq6y8BGtuyf-/w400-h152/98FEC681-E511-43C6-9C91-56BB3C8370CC.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: verdana; font-size: 16px; text-align: left;">O Grupo Wilson Sons tem muitos motivos para comemorar em 2023. A companhia está completando 186 anos, firmando-se como uma das mais antigas do país. Desde o seu nascimento, em 1837, em Salvador (BA), até hoje, a Wilson Sons passou por diversos momentos da economia do país, sempre se modernizando e ampliando suas operações. Atualmente, o Grupo possui dois terminais de contêineres (Tecon Rio Grande e Tecon Salvador), duas bases de apoio offshore (Brasco Niterói e Brasco Caju), portos secos e centros logísticos (operados pela Wilson Sons Logística em São Paulo e em Pernambuco), a maior frota de apoio portuário do Brasil (75 embarcações da Wilson Sons Rebocadores), 23 embarcações de apoio offshore (da Wilson Sons Ultratug Offshore) e duas unidades da Wilson Sons Estaleiros no Guarujá.</span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: verdana;"><span face="ff-tisa-sans-web-pro, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-size: 16px;">Em Salvador, onde opera o Terminal de Conteiners, a Wilson Sons concluiu a ampliação dos berços que agora somam 800 metros de comprimento e profundidade de 16 metros. O </span><span face="ff-tisa-sans-web-pro, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-size: 16px;">terminal é um dos poucos do Brasil com capacidade de operar os enormes navios Post Panamax, com mais de 360 metros de comprimento. </span></span></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-BgHD4nBmveFl_r3pO6zM0jGzzCk_Wzt3uUZuQZ3TGIAhBs3WbRCN6Y18Li90rt1tejH4f289h7B_GrZvH6j18QzgKfyo-rXVqqDaZfkIlDen7--xNHRFTZCvc1xlPjqb-JUfSiZVeL5a0pgcxhYCnf5lEQQZpaNyJ8_Vt7RMTHcurtc8NcAH91bH/s300/456CC286-E12E-44A0-8E4D-8D62CBBF6893.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="144" data-original-width="300" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-BgHD4nBmveFl_r3pO6zM0jGzzCk_Wzt3uUZuQZ3TGIAhBs3WbRCN6Y18Li90rt1tejH4f289h7B_GrZvH6j18QzgKfyo-rXVqqDaZfkIlDen7--xNHRFTZCvc1xlPjqb-JUfSiZVeL5a0pgcxhYCnf5lEQQZpaNyJ8_Vt7RMTHcurtc8NcAH91bH/w400-h192/456CC286-E12E-44A0-8E4D-8D62CBBF6893.jpeg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: verdana; font-size: 16px;">Os investimentoss na ampliação do terminal de Conteiners de Salvador vão continuar, e a meta agora é atingir a capacidades de movimentação de até 900 mil Unidades de Vinte Pés (TEU) por ano.</span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-50618507079722470012023-04-21T22:49:00.006-03:002023-04-21T23:00:12.897-03:00Após pressão da União Europeia, Lula determina ida de Celso Amorim a Ucrânia <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdvRwqWSHCFwfrbDyq1DVRHC9MqDt5mkILm7lNY2-vZsQqJE7t7y5u8w1uF2uDQ9c76IvpEubu71myGbt8_kDoiR9GEH1FREDju5S4uBzDbMHI6suftL9CXsQEGkX6BOTltgH47wSwME1rV_AH0NUNGyMQ0KYjbuF1EKQvWxPM3CH9BLDgmmTKiGaH/s678/97D167E5-2073-4710-A62A-EA6345D8C119.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="452" data-original-width="678" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdvRwqWSHCFwfrbDyq1DVRHC9MqDt5mkILm7lNY2-vZsQqJE7t7y5u8w1uF2uDQ9c76IvpEubu71myGbt8_kDoiR9GEH1FREDju5S4uBzDbMHI6suftL9CXsQEGkX6BOTltgH47wSwME1rV_AH0NUNGyMQ0KYjbuF1EKQvWxPM3CH9BLDgmmTKiGaH/w400-h266/97D167E5-2073-4710-A62A-EA6345D8C119.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><b style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;">Por BBC</b></p><p style="caret-color: rgb(255, 255, 255); font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15.84px; text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span face="glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;">O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, afirmou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil vai enviar o ex-chanceler</span><span face="glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"> </span><a href="https://g1.globo.com/tudo-sobre/celso-amorim/" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px; text-decoration: none;">Celso Amorim</a><span face="glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;">, atualmente assessor especial da Presidência, à Ucrânia.</span></span></p><div id="chunk-3c0sn" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Macêdo falou com jornalistas no hotel onde a comitiva presidencial está hospedada, em Lisboa. Lula está em visita oficial a Portugal e, na sequência, segue para a Espanha.</span></p></div><div id="chunk-9rsqu" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"O presidente Lula determinou e me orientou que dissesse que o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler <a href="https://g1.globo.com/tudo-sobre/celso-amorim/" style="text-decoration: none;">Celso Amorim</a>, que esteve na Rússia, vai visitar a Ucrânia", disse Macêdo. </span></p></div><div id="chunk-4m8ao" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Ele disse que ainda não há data para a visita e citou "questões de segurança". </span></p></div><div id="chunk-7eftv" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Questionado sobre as falas recentes de Lula equiparando Rússia e Ucrânia e acusando EUA e União Europeia de prolongarem o conflito, Macêdo falou que o presidente foi "mal-interpretado".</span></p></div><div id="chunk-c27d9" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Acho que houve uma interpretação que não condiz com a posição do presidente Lula". </span></p></div><div id="chunk-a1q4f" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; caret-color: rgb(51, 51, 51); font-family: glbOpenSans, "Open Sans", Arial, Inter, -apple-system, system-ui, Roboto, "Helvetica Neue", Helvetica, Noto, Ubuntu, "Segoe UI", sans-serif; letter-spacing: -0.45px;"><p style="font-size: 18px; line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Respeitamos a posição do continente europeu, dos países que estão de alguma forma no conflito. Mas a posição do Brasil é de neutralidade, por uma razão muito simples: se o Brasil tomar partido, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do presidente Lula e essa é a tradição do Brasil".</span></p><div id="chunk-1rp6e" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Defendemos a soberania dos países e a autodeterminação dos seus povos".</span></p></div><div id="chunk-5rthe" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Macêdo confirmou que recebeu uma carta escrita pela Associação dos Ucranianos em Portugal e endereçada a Lula à qual a BBC News Brasil teve acesso. </span></p></div><div id="chunk-dgnnf" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">No documento, os ucranianos dizem que as declarações do presidente brasileiro "nos deixaram muito preocupados e apreensivos".</span></p></div><div id="chunk-6f8cf" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Consideramos que qualquer tipo de apoio que o Brasil possa conferir à Federação Russa será desprestigiante, levará a uma desconfiança da comunidade internacional, incluindo acerca da sua posição no Conselho de Segurança da ONU", diz a carta.</span></p></div><div id="chunk-27cs6" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Ninguém quer ver o bom nome do Brasil, enquanto nação democrática e livre, manchado como aliado do regime criminoso do Kremlin, pelo que as recentes declarações de Vossa Excelência nos deixaram muito preocupados e apreensivos".</span></p></div><p style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px; line-height: var(--font-line-height-spaced);"></p><div class="content-intertitle" style="font-weight: 700; letter-spacing: -0.45px; margin-bottom: -0.8rem; margin-top: var(--spacing-30);"><h2 style="border-bottom-color: rgb(0, 0, 0); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-stretch: normal; font-weight: var(--font-weight-bold); line-height: normal; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-size: large;">Polêmica</span></h2></div><p style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px; line-height: var(--font-line-height-spaced);"></p><div id="chunk-chb0s" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">A visita de Lula a Portugal acontece em meio à repercussão negativa das declarações do brasileiro sobre a guerra na Ucrânia.</span></p></div><div id="chunk-9i202" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Membro da União Europeia e da Otan, a aliança militar ocidental, Portugal tem declarado apoio aberto ao país invadido pela Rússia e chegou, inclusive, a enviar tanques Leopard a Kiev.</span></p></div><div id="chunk-cab2e" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">As críticas não só vieram da associação de ucranianos em Portugal, mas também de partidos de oposição.</span></p></div><div id="chunk-8iqfd" style="font-size: 18px; letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Em visita recente aos Emirados Árabes Unidos, onde fez uma parada depois de sua viagem à China, o petista atribuiu aos EUA e à União Europeia a responsabilidade pelo prolongamento da guerra na Ucrânia.</span></p><div id="chunk-fu6gv" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"O presidente [Vladimir] Putin não toma a iniciativa de parar. [Volodymyr] Zelensky não toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos continuam contribuindo para a continuação desta guerra", disse.</span></p></div><div id="chunk-6e5cb" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">No início do mês, Lula já havia afirmado que a Ucrânia poderia ceder a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, em nome da paz.</span></p></div><div id="chunk-83p8d" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Após a polêmica, o petista condenou a invasão russa da Ucrânia.</span></p></div><div id="chunk-26qb9" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito", disse Lula em encontro com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis nesta semana.</span></p></div><div id="chunk-42c1b" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Não foi apenas em Portugal que as falas de Lula sobre a guerra na Ucrânia foram mal recebidas.</span></p></div><div id="chunk-cv6vd" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: white;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjZx8Z3c6kTPnYdKSYit6f4Slm-99RUZYJ1qqDfhoa8XJpIM-82YNIjIesaLptdrKE_FMHvK71mrQyiKSHwbWUzW-OMExuO5-rKskpDPUrJOPK0hbkdHzQsEWbFf8-rw6R4Q7n_Xwm8o3hkQ014Prjme2QM6_zPTqCtlyZvtjkV5PgYw235M96wIhD/s739/935546CB-BB8C-4129-B017-2D98489724E8.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjZx8Z3c6kTPnYdKSYit6f4Slm-99RUZYJ1qqDfhoa8XJpIM-82YNIjIesaLptdrKE_FMHvK71mrQyiKSHwbWUzW-OMExuO5-rKskpDPUrJOPK0hbkdHzQsEWbFf8-rw6R4Q7n_Xwm8o3hkQ014Prjme2QM6_zPTqCtlyZvtjkV5PgYw235M96wIhD/s320/935546CB-BB8C-4129-B017-2D98489724E8.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="background-color: white;"><br />John Kirby, coordenador de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, nos Estados Unidos, chamou a postura do presidente brasileiro de "repetição automática da propaganda russa e chinesa" e "profundamente problemática".</span><p></p></div><div id="chunk-34d8r" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"É profundamente problemático como o Brasil abordou essa questão de forma substancial e retórica, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa de alguma forma não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra", disse ele em conversa com jornalistas.</span></p></div><div id="chunk-412b1" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Francamente, neste caso, o Brasil está repetindo a propaganda da Rússia sem olhar para os fatos", acrescentou.</span></p><div id="chunk-dk7jj" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Para Kirby, "os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concessão pela paz são simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial na Assembleia-Geral da ONU".</span></p></div><div id="chunk-adb8t" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: white;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMSZRcMBqzD8oYWQfy08i-xTVCIQpEe963ta3IcDwS6KOxGRW1uHjUt7pd9IOdT2fUy56nujD6kyyeqOl5oiSGvPfKy1RO6QsbYQEEpbxMqNpaK2EeAYkK8pv0FzTpDygRGOkO0WWwZsFVXuKsGpQkkQ5ghzIOXpc8H2VadFjHT7itHCwZkP3aAZvp/s1149/CC6A855B-779B-45B9-B07E-2CAB1664E6EF.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1149" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMSZRcMBqzD8oYWQfy08i-xTVCIQpEe963ta3IcDwS6KOxGRW1uHjUt7pd9IOdT2fUy56nujD6kyyeqOl5oiSGvPfKy1RO6QsbYQEEpbxMqNpaK2EeAYkK8pv0FzTpDygRGOkO0WWwZsFVXuKsGpQkkQ5ghzIOXpc8H2VadFjHT7itHCwZkP3aAZvp/w400-h219/CC6A855B-779B-45B9-B07E-2CAB1664E6EF.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="background-color: white;"><br />O porta-voz para Assuntos Externos da União Europeia, Peter Stano, também rebateu as falas de Lula sobre a guerra, destacando que a Rússia é a "única responsável" pelo conflito.</span><p></p></div><div id="chunk-at9k6" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"O fato número um é que a Rússia — e apenas a Rússia — é responsável pela agressão ilegítima e não provocada contra a Ucrânia. Então não há dúvidas sobre quem é o agressor e quem é a vítima", disse Stano, lembrando que o Brasil condenou a invasão da Ucrânia na ONU (Organização das Nações Unidas).</span></p></div><div id="chunk-bqjls" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Stano acrescentou que EUA e EU não estão contribuindo para prolongar a guerra, mas ajudando Kiev em sua legítima defesa.</span></p></div><div id="chunk-6p7qg" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">"Caso contrário, a Ucrânia enfrentaria a destruição. A nação ucraniana e a Ucrânia como país seriam destruídos porque estes são os objetivos declarados da guerra de Putin", afirmou.</span></p></div><div id="chunk-bisfe" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">O mal-estar se agravou ainda mais com a viagem oficial do ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, a Brasília no início desta semana.</span></p><div id="chunk-f2cv7" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Uma das propostas do governo Lula é a criação de um "clube da paz", fórum de países que Brasília considera como não alinhados a nenhum dos lados do conflito para mediar as negociações entre Kiev e Moscou.</span></p></div><div id="chunk-dnavg" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: white;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIWaQdfT3L11WU1ppWnsiwTMFvYaIHxjd68UAy5MaIVUAVE6ZAwEzZRckvC9RrTbSv5Ixhr0qeYzsmIQwGijnn7puxngObSAveFXpXasr8hCou31wvjtFNXs6SCvT2Ndrm-L8lANeVr8hWg056hw3htIhKNtdM823OdWTjxs6cTmbl1pCsi2xh3EE3/s670/4E68295E-BE38-4A25-8530-8CCAD6794848.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="670" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIWaQdfT3L11WU1ppWnsiwTMFvYaIHxjd68UAy5MaIVUAVE6ZAwEzZRckvC9RrTbSv5Ixhr0qeYzsmIQwGijnn7puxngObSAveFXpXasr8hCou31wvjtFNXs6SCvT2Ndrm-L8lANeVr8hWg056hw3htIhKNtdM823OdWTjxs6cTmbl1pCsi2xh3EE3/s320/4E68295E-BE38-4A25-8530-8CCAD6794848.jpeg" width="320" /></a></span></div><span style="background-color: white;"><br />Na terça-feira (18/4), o governo da Ucrânia, por meio do porta-voz de sua chancelaria, Oleg Nikolenko, voltou a convidar Lula a visitar Kiev.</span><p></p></div><div id="chunk-2kf7j" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Em postagem no Facebook, Nikolenko afirmou que deseja que o brasileiro compreenda "as verdadeiras causas da agressão russa e suas consequências para a segurança global".</span></p></div><div id="chunk-atrv7" style="letter-spacing: -0.45px;"><p style="line-height: var(--font-line-height-spaced); text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Lula já havia sido convidado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no mês passado, quando os dois falaram por videoconferência pela primeira vez. Na ocasião, o petista afirmou que aceitaria o convite em momento oportuno</span></p></div></div></div></div></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-43412198332156736112023-04-19T18:52:00.010-03:002023-04-19T20:34:49.083-03:00Rica Biodiversidade na Baía de Todos os Santos<p><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; font-size: 17px;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNPbDIc9-dNIZ1wUIk8nBt2AZNdeQL_hwpfrfs_h3mxZfR57djFgZRJbNpJRz7ntQuqdXXz9VP1wuGzs-4UfSlAUVuYyi82N37nc5fO5UIC_PXojiZlAeil8Z6yAtZv6o7Ahwhx1A46Hyk70tRtbBDsObf5adjId29rg3DCKr2F5DerKAd_rL_tVZJ/s640/6201CC09-09D9-4585-9148-F92EF1342E1D.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="480" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNPbDIc9-dNIZ1wUIk8nBt2AZNdeQL_hwpfrfs_h3mxZfR57djFgZRJbNpJRz7ntQuqdXXz9VP1wuGzs-4UfSlAUVuYyi82N37nc5fO5UIC_PXojiZlAeil8Z6yAtZv6o7Ahwhx1A46Hyk70tRtbBDsObf5adjId29rg3DCKr2F5DerKAd_rL_tVZJ/w300-h400/6201CC09-09D9-4585-9148-F92EF1342E1D.jpeg" width="300" /></a></span></span></div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; font-family: verdana;"><span><b>Murilo Gitel*</b><br />A Baía de Todos os Santos (BTS) abriga dezenas de espécies em seus 1.233 km&³2;. Baleias jubarte, corais e botos são apenas alguns dos exemplos que enriquecem a biodiversidade marinha da sede da Amazônia Azul, maior baía de águas tropicais do mundo e Área de Preservação Ambiental (APA) por meio do decreto Nº 7.595 de 5 de junho de 1999</span>.</span><p></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;">O biólogo marinho baiano Gustavo Carvalho-Souza, que atualmente desenvolve doutorando no Instituto Espanhol de Oceanografia da Universidade de Cádiz (Espanha), explica a importância dessas espécies e defende a elaboração de planos de ação capazes de garantir a sustentabilidade dessa fauna. </span></p><div class="single-publicidade" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; line-height: 1.428571;"></div><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;">“Devido às suas características oceanográficas particulares, a BTS possui dezenas de espécies que ocorrem ao longo de toda a baía, sendo comuns em cada tipo de habitat preferencial (ex: recifes, estuários, manguezais). Algumas delas podem ser consideradas emblemáticas do ponto de vista tanto ecológico como social para o funcionamento do ecossistema (abrangendo diversos grupos de animais e importância)”, destaca o especialista.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitmBnAtHtfewiA0K6xDI4e4Gbka237uxXgrOzOsGY9N0K8MzrCEKq1vs0fXDA3ZTl6nHjqGC3SW5QI4SH_saoBUDM39IzgA1dKkJmfOxgOyQP1-dUlqrkrPMpvt4C7d6f4nEW_e9B5yh5v_mDzTL7bhbUoktOGkY8Txh4vmVTW5IghEpvlVuxxzdSh/s180/85491A20-D2F5-4F7C-A8A0-2417231F7247.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="167" data-original-width="180" height="371" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitmBnAtHtfewiA0K6xDI4e4Gbka237uxXgrOzOsGY9N0K8MzrCEKq1vs0fXDA3ZTl6nHjqGC3SW5QI4SH_saoBUDM39IzgA1dKkJmfOxgOyQP1-dUlqrkrPMpvt4C7d6f4nEW_e9B5yh5v_mDzTL7bhbUoktOGkY8Txh4vmVTW5IghEpvlVuxxzdSh/w400-h371/85491A20-D2F5-4F7C-A8A0-2417231F7247.jpeg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Entre essas espécies estão o boto (Sotalia guianensis), muito comum na região estuarina do rio Paraguaçu; a baleia jubarte (Megaptera novaeangliae), cuja preservação tem contribuído nos últimos anos para o aumento da população; e a lagosta (Panulirus laevicauda), de elevada importância ambiental e econômica.</span><p></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">Preservação</strong><br style="line-height: 1.428571;" /><span style="font-size: small;">Carvalho-Souza ressalta que a riqueza de ambientes presentes na BTS, como recifes, costões rochosos, manguezais ou zonas intermareais, faz com que se estabeleçam diversas comunidades e agrupamentos de espécies nestes habitats. “Essas comunidades acabam influenciadas pelas condições ambientais e relações ecológicas”, acrescenta. </span></span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: small;">O </span>especialista, que já mergulhou inúmeras vezes para registrar as espécies da BTS, lembra que diversas espécies se encontram listadas no Livro Vermelho de Espécies </span><span style="font-family: verdana;">ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), entre elas o coral-cérebro, peixes como o paru e o cavalo-marinho.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;">Na avaliação do biológo, apesar de a baía ser uma APA, existem muitas atividades que levam a degradação dos habitats e espécies. “Por exemplo, a ocupação desordenada da costa, pesca sem controle e ilegal (com bomba), coleta de organismos recifais para fins ornamentais, o descarte incorreto de lixo, trafico marítimo intenso, mudanças climáticas, podem ser listadas como algumas dessas ameaças.”</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">Avifauna</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Além das espécies marinhas, as aves representam um papel significativo para a BTS. Essa relevância está registrada no Levantamento da avifauna de duas ilhas da Baía de Todos os Santos: Ilha de Itaparica e Ilha Bimbarras/Bahia/Brasil (2008), desenvolvido pelo pesquisador Marco Antonio de Freitas, do Programa de pós-graduação em zoologia aplicada da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;">“A diversidade de aves encontradas em algumas das ilhas da Baía de Todos os Santos é relativamente alta, principalmente as famílias e espécies dependentes de ambientes costeiros e as exclusivas da Mata Atlântica baiana”, afirma.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0iXBj00zU4r583H-CrHdx2YLHbYE2EPE7V2jRgEIzfVWbqz0r5oPRPXN8aWx4OTit_ZDD1044NFgxWtrVixiZKQGpCMEKACc1Cr-oxo0FvA2vTYT0YA2-FIBrNmbBoa6vYiWi53P2M4MqJl1C35hFU6kyxpBjThxHq6pSBwBGrWyRlZnnXX-6s0xR/s533/7B83549C-B0D7-46F1-954E-1AD74A1E746F.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="342" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0iXBj00zU4r583H-CrHdx2YLHbYE2EPE7V2jRgEIzfVWbqz0r5oPRPXN8aWx4OTit_ZDD1044NFgxWtrVixiZKQGpCMEKACc1Cr-oxo0FvA2vTYT0YA2-FIBrNmbBoa6vYiWi53P2M4MqJl1C35hFU6kyxpBjThxHq6pSBwBGrWyRlZnnXX-6s0xR/w256-h400/7B83549C-B0D7-46F1-954E-1AD74A1E746F.jpeg" width="256" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Em uma lista composta por 62 famílias de aves presentes na BTS, o especialista cita exemplos como o gavião-cinza (Circus-cinereus), o mergulhão (Podicipedidae) e a garça-azul (Egretta caerulea). “É de suma importância que os órgãos ambientais façam fiscalizações mais eficientes nesta região de elevada diversidade biológica para garantir a função dos ecossistemas envolvidos na área da BTS”, reivindica o estudioso.</span><p></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;">O biológo Gustavo Carvalho-Souza listou algumas das espécies mais características presentes na BTS:</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">1) Peixe Néon (Elacatinus fígaro)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Espécie endêmica da costa brasileira. </span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">2) Paru (Pomacanthus paru)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Ocorre no Atlântico Ocidental.<br style="line-height: 1.428571;" />“O néon e o paru são peixes limpadores e, portanto, desempenham um grande papel ecológico. Seriam os ‘médicos do mar’, sendo responsáveis pela remoção de crustáceos parasitas do corpo de seus ‘clientes’ (peixes maiores como, por exemplo, budiões e badejos)”, explica o biólogo marinho.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">3) Grama-brasileiro (Gramma brasiliensis)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Espécie endêmica da costa brasileira.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; font-size: 16.5px; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PsFNxU5d7p1IMc6cTjFKvmQNw7bNVQKPXzCIPzpnQ-wIxOwSwnbngoew70tm3yhF1s4pv57uHBSAp7fCF7bF0HK0GeA4VRIqWD3kiOOehJ9vmt7TrkXM6R3KVjzyvXNZSxsG9U6RVktM4kZAxq6v8dM_YTTTQxoa0vQCoZWLX2nG88x52TwHyEoK/s605/F245DFD5-D983-483B-A218-721E6FAA752F.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="605" data-original-width="507" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1PsFNxU5d7p1IMc6cTjFKvmQNw7bNVQKPXzCIPzpnQ-wIxOwSwnbngoew70tm3yhF1s4pv57uHBSAp7fCF7bF0HK0GeA4VRIqWD3kiOOehJ9vmt7TrkXM6R3KVjzyvXNZSxsG9U6RVktM4kZAxq6v8dM_YTTTQxoa0vQCoZWLX2nG88x52TwHyEoK/s320/F245DFD5-D983-483B-A218-721E6FAA752F.jpeg" width="268" /></a></div><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;"><span style="font-size: small;">4) Cavalo-</span>Marinho (Hippocampus reidi)</strong><br style="line-height: 1.428571;" /><span style="font-size: small;">Ocorre no Atlântico Ocidental.</span></span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">5) Tainha (Mugil spp.)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Espécie cosmopolita.<br style="line-height: 1.428571;" />“Apresenta elevada importância ecológica e econômica”, destaca o especialista.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">6) Coral-de-fogo (Millepora alcicornis)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Ocorre no Atlântico Ocidental.<br style="line-height: 1.428571;" />“Espécie de coral ramificado que apresenta associações com diversos grupos faunísticos, e devido a sua complexidade estrutural serve de abrigo para muitos organismos.” </span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">7) Coral-cérebro</strong><br style="line-height: 1.428571;" />N. científico: Mussismillia spp.<br style="line-height: 1.428571;" />Espécie endêmica da costa brasileira.<br style="line-height: 1.428571;" />“São corais construtores de recifes amplamente distribuído nos recifes de corais da BTS”, ressalta Carvalho-Souza. </span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">8) Lagosta (Panulirus laevicauda)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Ocorre no Atlântico Ocidental.<br style="line-height: 1.428571;" />“Apresenta elevada importância ecológica e econômica”, pontua o pesquisador.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">9) Polvo (Octopus spp.)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Espécie cosmopolita.</span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><strong style="line-height: 1.428571;">10) Boto (Sotalia guianensis)</strong><br style="line-height: 1.428571;" />Ocorre na América do Sul.<br style="line-height: 1.428571;" />"O boto na BTS ocorre ao longo de toda baía, em especial na região estuarina do rio Paraguaçu. Como animais carismáticos e predadores de topo na cadeira alimentar, podem ser considerados como espécies ‘sentinelas da saúde ambiental’”, define Carvalho-Souza. </span></p><p class="bodytext" style="-webkit-text-size-adjust: auto; color: #333333; line-height: 1.428571; margin-bottom: 4vw;"><span style="font-family: verdana;"><b>*Pos graduado em Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável</b>. <span face=""Libre Franklin", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(96, 96, 96); color: #606060;">Cobriu inúmeros eventos pelo Brasil desde 2008, como a </span><a href="https://www.regionalclimateweeks.org/" rel="noopener noreferrer" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; color: #5e751e; font-weight: bold; text-decoration: none; transition-duration: 0.2s;" target="_blank">Climate Week</a><span face=""Libre Franklin", sans-serif" style="-webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(96, 96, 96); color: #606060;"> da ONU, em Salvador (2019), e a edição especial de dez anos do Fórum Social Mundial em Porto Alegre (2010).</span></span></p>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-8461187692406892742023-04-17T22:33:00.006-03:002023-04-17T22:54:47.865-03:00União Europeia nega fomentar guerra e responde a Lula que sem ajuda militar a Ucrânia seria destruída<p><span face=""Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #202124; font-size: 24px; white-space: pre-wrap;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLOA25SvN6q3EuLk18lJRAB_1f9c3TB_GFxYCSbR0BzlkAyiIHeW-rnuoUu6PeodLObox3VI1bz2F1xJu-TPBQxY1ljOLgIzVOjXBXxecfHOZHzTYPcGFjuN_FwSC3RccrJaxugVrrd3LFD4JX1Txx1iSB56ZqNzNgsiNCUdQFU_SBEJTxcCHyUh6N/s500/2F783046-D779-4050-8E62-6299586ADDAD.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLOA25SvN6q3EuLk18lJRAB_1f9c3TB_GFxYCSbR0BzlkAyiIHeW-rnuoUu6PeodLObox3VI1bz2F1xJu-TPBQxY1ljOLgIzVOjXBXxecfHOZHzTYPcGFjuN_FwSC3RccrJaxugVrrd3LFD4JX1Txx1iSB56ZqNzNgsiNCUdQFU_SBEJTxcCHyUh6N/w400-h400/2F783046-D779-4050-8E62-6299586ADDAD.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /><b>A Daniel Stewart*</b></span><div><span style="font-family: verdana;">União Europeia negou nesta segunda-feira as acusações do presidente brasileiro Luís <span style="background-color: #f3f3f3; color: #444444;">Inácio Lula da Silva de que ele está fomentando a guerra na Ucrânia, depois de ter escolhido a Europa e os Estados Unidos para carregamentos de armas durante sua viagem à China, lembrando ao Brasil que a Ucrânia seria destruída sem tal ajuda militar. </span></span><span style="background-color: #f3f3f3; color: #444444;"><span face=""Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="font-size: 24px; white-space: pre-wrap;">“</span><span style="white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">Não é verdade que a União Europeia e os Estados Unidos ajudam a prolongar a guerra, o que é verdade é que a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal e que a União Europeia e os Estados Unidos a ajudam na sua defesa porque senão a Ucrânia enfrentar a destruição como país e nação. Esta é a intenção declarada de Vladimir Putin'', disse o porta-voz de relações exteriores da UE, Peter Stano, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas. </span></span><span style="font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">A diplomacia da UE lembrou ao Brasil que a Rússia é ''a única responsável'' pela agressão contra a Ucrânia e que não há dúvida de quem é o agressor e quem é a vítima no conflito ucraniano. "O que os Estados Unidos e a União Européia estão fazendo é ajudar a Ucrânia a exercer seu direito de se defender", disse o porta-voz. </span><span style="font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Depois de Lula da Silva ter garantido que Washington tem de “parar de encorajar a guerra” e “começar a falar de paz”, momento em que exortou a UE a ajudar nos esforços diplomáticos para sentar Vladimir Putin e Volodimir Zelenski à mesma mesa, Stano rejeitou as críticas por falta de iniciativas de paz, indicando que mesmo antes do início da guerra em fevereiro de 2022, o bloco "ofereceu em diferentes ocasiões possibilidades de lidar com as preocupações da Rússia de maneira civilizada à mesa".</span><span face="Google Sans, Roboto, Helvetica Neue, Arial, sans-serif" style="font-size: large; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Desde então, muitos atores tentaram processos diplomáticos, lembrou o porta-voz da diplomacia da UE, observando que Moscou respondeu a essas ofertas redobrando os ataques a civis na Ucrânia e instrumentalizando a energia, a segurança alimentar e a questão nuclear. Assim, Stano concluiu dizendo que a UE apoia uma paz o mais rapidamente possível, mas em que a Ucrânia estabeleça as condições para qualquer processo que ponha fim à agressão russa contra o seu território e população.</span></span></div><div><span style="background-color: #f3f3f3; color: #444444; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">*<b>EuropaPress</b></span></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-37222393478598455272023-04-17T19:30:00.003-03:002023-04-17T19:32:55.752-03:00EUA dizem que Brasil está "repetindo propaganda russa e chinesa" sobre guerra na Ucrânia<pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; text-align: left; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt"><i><span style="font-family: trebuchet;">O Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, a repórteres</span></i><span style="font-family: Google Sans, Roboto, Helvetica Neue, Arial, sans-serif;">.</span></span></pre></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOjSRmTMa6bDf0IixVhIKVfNfQPjPUfG1moJIWyLbRfl2XT5yaq5wIS53AjiCrYRdQ4YzCyoAbp7s7yCKOyIL-hAHLahpn2Cf63GHjLXvwOgaqdvcjrXYf47T8EfG_jtDqZ3YyYBjoUmh3LIMqesnPAVB_xsZadLyIwrq8k8k9UYPX2D0WPb6IXGOE/s739/2904E4EC-CD24-462F-BD52-A744091C2E50.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="739" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOjSRmTMa6bDf0IixVhIKVfNfQPjPUfG1moJIWyLbRfl2XT5yaq5wIS53AjiCrYRdQ4YzCyoAbp7s7yCKOyIL-hAHLahpn2Cf63GHjLXvwOgaqdvcjrXYf47T8EfG_jtDqZ3YyYBjoUmh3LIMqesnPAVB_xsZadLyIwrq8k8k9UYPX2D0WPb6IXGOE/w400-h225/2904E4EC-CD24-462F-BD52-A744091C2E50.jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: Google Sans, Roboto, Helvetica Neue, Arial, sans-serif;"><br />Washington - A Casa Branca criticou duramente o Brasil na segunda-feira depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em uma viagem à China que os Estados Unidos estão encorajando a guerra na Ucrânia.
"Nesse caso, o Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, a repórteres.
Lula disse no sábado, durante visita a Pequim, onde se encontrou com o líder chinês Xi Jinping, que "os Estados Unidos precisam parar de encorajar a guerra e começar a falar em paz. A União Européia precisa começar a falar em paz".</span></span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt">Isso ecoou uma linha frequentemente usada por Moscou e Pequim, que culpam o Ocidente pela guerra, que começou em fevereiro de 2022, quando as forças russas invadiram a Ucrânia na tentativa de derrubar o governo democraticamente eleito e anexar áreas do país pró-Ocidente.
O Brasil não se juntou aos países ocidentais na imposição de sanções à Rússia e recusou pedidos de fornecimento de munição à Ucrânia.</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt">Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse no Brasil, no início de uma turnê pela América Latina, que a Rússia está "agradecida aos nossos amigos brasileiros por sua clara compreensão da gênese da situação (na Ucrânia)".
O veterano esquerdista Lula está ansioso para reforçar a candidatura do Brasil para ser um pacificador não-alinhado.</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt">Mas Kirby disse que a mensagem de Lula sobre a guerra era "profundamente problemática".
Washington não tem "nenhuma objeção a qualquer país que queira tentar pôr fim à guerra", disse ele.</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt">Obviamente queremos que a guerra acabe", disse Kirby. "Isso poderia acontecer agora, hoje, se o senhor (presidente russo Vladimir) Putin parasse de atacar a Ucrânia e retirasse suas tropas."
“Os comentários mais recentes do Brasil de que a Ucrânia deveria considerar ceder formalmente a Crimeia como uma concessão de paz são simplesmente equivocados, especialmente para um país como o Brasil que votou para defender os princípios de soberania e integridade territorial (na ONU).</span></pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt">*</span> Exceto pela manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e foi publicada a partir de um feed distribuído</pre><pre class="tw-data-text tw-text-large JgzqYd RES9jf tw-ta" data-placeholder="Tradução" dir="ltr" id="tw-target-text" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; border: none; color: #202124; font-family: "Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif; font-size: 24px; line-height: 32px; margin-bottom: -10px; margin-top: -10px; overflow-wrap: break-word; overflow: hidden; padding: 10px 0.14em 10px 0px; position: relative; resize: none; white-space: pre-wrap; width: 343px;"><span class="Y2IQFc" lang="pt"><br /></span></pre>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-35013618589287937262023-04-17T18:33:00.009-03:002023-04-17T19:12:25.319-03:00Rússia agradece ao Brazil pela compreensão da gênese da situação na Ucrânia <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxly9U3RYNkLFKebDVOheeC4XaUAX_ePLfb8SCXHrFgvsCjmnr9GowazptCJKRCZEtA1fJ9nXVhNbZYMYKbk_zd719zWWnl1Pb8z-pZdUCGlyPtkmZtHxshNibp9-KMQvozsphblEH5wiPyEA0mBx_R3n0HLDjnIyHiakN4TfVQ2Gulq_hOWoeyhqM/s600/340C2D36-7930-4499-8908-415C8DB87CC6.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxly9U3RYNkLFKebDVOheeC4XaUAX_ePLfb8SCXHrFgvsCjmnr9GowazptCJKRCZEtA1fJ9nXVhNbZYMYKbk_zd719zWWnl1Pb8z-pZdUCGlyPtkmZtHxshNibp9-KMQvozsphblEH5wiPyEA0mBx_R3n0HLDjnIyHiakN4TfVQ2Gulq_hOWoeyhqM/w400-h266/340C2D36-7930-4499-8908-415C8DB87CC6.jpeg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><b style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">AFP*</b></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">O ministro Sergei Lavrov, que está visitando o Brasil no início de uma turnê latino-americana, deve discutir a guerra com Lula, cujo gabinete confirmou que os dois se encontrariam na noite de segunda-feira. </span><span style="color: #202124; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: verdana;">Lula está pressionando por negociações para encerrar o conflito na Ucrânia, mas enfrenta crescente preocupação com o que alguns nos Estados Unidos e na Europa veem como suas posições anti ocidentais, incluindo sua acusação de que Washington está "encorajando" a guerra. “</span></span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Agradecemos aos nossos amigos brasileiros por sua clara compreensão da gênese da situação (na Ucrânia). Agradecemos seu desejo de contribuir para encontrar maneiras de resolver esta situação", disse Lavrov após se encontrar com seu colega brasileiro, Mauro Vieira , em Brasília. “</span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Estamos interessados em resolver o conflito o mais rápido possível", disse Lavrov. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Mas acrescentou que qualquer solução teria de se basear na "multipolaridade", acusando o Ocidente de "tentar dominar o cenário internacional". Lula acaba de fazer uma viagem à China e aos Emirados Árabes Unidos, durante a qual surpreendeu o Ocidente ao acusar os Estados Unidos de "incentivar a guerra" na Ucrânia. Ele também disse que os Estados Unidos e a Europa "precisam começar a falar sobre a paz" e que Kiev compartilha a culpa pelo conflito. O Brasil não se juntou às nações ocidentais na imposição de sanções à Rússia por sua invasão e recusou pedidos de fornecimento de munição à Ucrânia. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">A viagem de Lavrov ocorre depois que o principal assessor de política externa de Lula, Celso Amorim, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin em março para discutir a abertura das negociações de paz. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">O Brasil é a primeira parada de Lavrov em uma turnê latino-americana de uma semana que também incluirá Venezuela, Nicarágua e Cuba - países cujos governos de esquerda têm relações hostis com os Estados Unidos. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Lavrov e Vieira disseram que suas conversas também se concentraram em energia e comércio. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Cerca de um quarto das importações de fertilizantes da potência agrícola brasileira vêm da Rússia. </span><span style="color: #202124; font-family: verdana; white-space: pre-wrap;">Os dois países se envolveram em um recorde de US$ 9,8 bilhões em comércio bilateral no ano passado.</span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana;"><span face=""Google Sans", Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="color: #202124; white-space: pre-wrap;">*</span><span face="Roboto, "Helvetica Neue", Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(77, 81, 86); color: #4d5156;"> AFP- Agence France-Presse é uma agência de notícias francesa, considerada uma das mais prestigiadas no mundo, fundada em 1835.</span></span></b></div></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17309372263338151.post-10392234297343570552023-04-15T19:26:00.010-03:002023-04-15T20:54:42.887-03:00Lula reafirma soberania brasileira<p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguif9gg-QLTEGnFRuYc8DxkzUU46npoNUftpjeDz6aoDl2J3wgaSaDYaRupKRbHEnLvQ5mhgn9G6Wsyv8xxB8sJHKkEVFxxIx27wprvmGzn-tYBAM5Pg_P8FBlgwjH4aURCjpl3wmi34_AEYs8CaMoIWf5vlSWcrOTiDSHFC2Jntp_SxwIXoFI3Z9U/s1067/DA0B28F9-39CE-4BEA-822D-EC6F21D810FC.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="1067" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguif9gg-QLTEGnFRuYc8DxkzUU46npoNUftpjeDz6aoDl2J3wgaSaDYaRupKRbHEnLvQ5mhgn9G6Wsyv8xxB8sJHKkEVFxxIx27wprvmGzn-tYBAM5Pg_P8FBlgwjH4aURCjpl3wmi34_AEYs8CaMoIWf5vlSWcrOTiDSHFC2Jntp_SxwIXoFI3Z9U/w400-h259/DA0B28F9-39CE-4BEA-822D-EC6F21D810FC.jpeg" width="400" /></a></div><br /><b>Janio de Freitas</b>*</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">As atenções postas na viagem do presidente Lula à China concentraram-se em investimentos chineses e nas relações comerciais, em detrimento de efeitos mais largos e mais profundos. Mas alguns desses efeitos estão implícitos no aumento da conexão econômica de Brasil e China. Sobretudo de maior presença chinesa na indústria e em outras atividades necessárias ao desenvolvimento brasileiro. A preliminar nesse tema é simples: tudo o que convenha à China contraria os Estados Unidos, no ambiente de hostilidades pontuais reconhecido como uma forma já de guerra econômica. Com risco crescente de eclosão. </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">A China tem presença marcante no comércio exterior de quase todos os países latino-americanos. Como no Brasil, é o maior parceiro comercial em muitos deles. Esses países veem a China como um dia viram os Estados Unidos, que, no entanto, jamais tiveram propósito real de colaboração para o desenvolvimento das Américas Central e do Sul. A imagem do istmo e do subcontinente como quintal dos Estados Unidos, mero estoque de matérias-primas, tem comprovação histórica que precede e sucede a franqueza da Doutrina Monroe. Intensificar a conexão de Brasil e China torna muito mais improvável o alinhamento </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">brasileiro aos Estados Unidos, e mesmo à União Europeia, na política global dessas potências. E o maior entrosamento econômico, trazendo seus efeitos políticos, produzirá influência no mesmo sentido em toda a América do Sul e ao menos em parte da América Central. Um quadro geopolítico muito desfavorável aos Estados Unidos, em especial aos que tendem à solução bélica. </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">Intensificar a conexão de Brasil e China torna muito mais improvável o alinhamento brasileiro aos Estados Unidos, e mesmo à União Europeia, na política global dessas potências. E o maior entrosamento econômico, trazendo seus efeitos políticos, produzirá influência no mesmo sentido em toda a América do Sul e ao menos em parte da América Central. Um quadro geopolítico muito desfavorável aos Estados Unidos, em especial aos que tendem à solução bélica. O presidente Lula não precisava ir à China para ampliar as relações econômicas com os chineses. O Brasil é o 4º país que mais recebe investimento </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">Já 27% das exportações brasileiras rumam para a China, bem mais do que o dobro dos 11% para os Estados Unidos. E 22% das importações vêm da China, ao lado de 19% vindos do antigo parceiro-líder. A viagem ao encontro de Xi Jinping é, como prefácio a todos os demais objetivos, a reafirmação da soberania brasileira em um transe problemático das relações internacionais. Além dos riscos diretos entre Estados Unidos e China, as potências do Ocidente participam com mãos e vidas alheias de uma guerra suja dos 2 lados –e cobram adesões que incluem o Brasil. O alvo declarado dessa guerra não declarada </span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;">é a Rússia, mas o não declarado é a potência nuclear aliada da China. A ida de Lula a Pequim é uma expressão da soberania brasileira ante essa situação global e as perspectivas brasileiras. As metas econômicas levadas a Pequim foram importantes, sim, como parte de uma viagem política. Entre os seus propósitos políticos, o presidente Lula quis tratar da guerra na Ucrânia. Mas não, como foi tão dito e publicado, com a proposta de mediar a paz. Sua proposta é de criação do Clube da Paz, integrado por personalidades relevantes, para buscar soluções pacíficas de situações conflituosas, a começar </span></span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;"><span style="font-family: verdana;">da guerra na Ucrânia. A viagem do muito competente Celso Amorim a Moscou não foi para oferecer a mediação pessoal de Lula, como também foi publicado. Foi para ouvir de Putin a sua disposição de </span></span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529;"><span style="font-family: verdana;">de conversar sobre negociação de paz, disposição por ora inexistente.</span></span><span face="rm_neue, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-size: 10px;">..</span></div><br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; box-sizing: border-box; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: rm_neue, sans-serif; font-size: 10px; margin: 0px; padding: 0px;" /><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: verdana;">Viajar à China é visitar o amanhã. Em mais de um sentido, foi o que Lula fez.</span><div><span style="color: #212529; font-family: verdana;"><span style="background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41);"><br /></span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: verdana;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU34CFVmxLp7xgG1jfXO29epO4RuydbxmMn093ksFJ_ZHvvKTTsysg2c7Ht4UY19v0nK0HU3h1jCHyaY_-NDETx2MSQ6atwxsCCP5QKXgrCuCnTp4Bjadqy2Ks19MpN0jsfMfIBV7lcLlqLLh_6s5zIwnJ5xU7dJqSAQV_0FiKR4wECa4qLoZu5mQK/s280/18DD7A6A-F20E-4D1D-AA00-5FD663E159F6.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="70" height="70" high="70" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU34CFVmxLp7xgG1jfXO29epO4RuydbxmMn093ksFJ_ZHvvKTTsysg2c7Ht4UY19v0nK0HU3h1jCHyaY_-NDETx2MSQ6atwxsCCP5QKXgrCuCnTp4Bjadqy2Ks19MpN0jsfMfIBV7lcLlqLLh_6s5zIwnJ5xU7dJqSAQV_0FiKR4wECa4qLoZu5mQK/s1600/18DD7A6A-F20E-4D1D-AA00-5FD663E159F6.jpeg" width="70" /></a></b></span></div><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); -webkit-text-size-adjust: 100%; background-color: white; caret-color: rgb(33, 37, 41); color: #212529; font-family: verdana;"><b>Jornalista. </b></span><b><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Lato, Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0.2); background-color: white; caret-color: rgb(32, 33, 34); color: #202122; font-size: 16px;">Recebeu diversos prêmios jornalísticos, entre eles o </span><a class="mw-redirect" href="https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_Esso" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0.2); background-image: none; border: 0px; color: #795cb2; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Lato, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-stretch: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Prêmio Esso">Prêmio Esso</a><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Lato, Helvetica, Arial, sans-serif" style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0.2); background-color: white; caret-color: rgb(32, 33, 34); color: #202122; font-size: 16px;"> e o Internacional Rei de Espanha</span></b><p></p><div><div><br /></div><div><br /></div></div></div>Observatóriohttp://www.blogger.com/profile/02753614663664469915noreply@blogger.com0