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domingo, 12 de outubro de 2014

Dilma só demitirá Machado se tiver "provas concretas"

VALDO CRUZ - Folha / Brasília
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) disse que a presidente Dilma mandou apurar as acusações contra o presidente da Transpetro, Sergio Machado, e que qualquer medida só será tomada, como uma eventual demissão, caso surjam "provas ou indícios concretos" contra ele.
A orientação da presidente, segundo o ministro que tirou férias para integrar a coordenação da campanha, é tomar as medidas necessárias contra quem quer que seja caso as acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef sejam comprovadas.
"O que não podemos fazer é demitir pessoas sem provas ou indícios concretos", afirmou Mercadante. O ministro disse que, seguindo determinação da presidente, ele pediu explicações a Machado sobre as acusações feitas contra ele. Machado, segundo o ministro, contestou as acusações de Costa.
Em depoimento à Justiça Federal, Costa citou o presidente da Transpetro como uma das pessoas envolvidas em esquema de irregularidades na Petrobras. O ex-diretor da Petrobras disse ter recebido R$ 500 mil de Machado referente à licitação de navios pela empresa para a área de abastecimento.
"O presidente da Transpetro afirmou que o ex-diretor nem sabia ao certo o ano que teria sido feito o pagamento de R$ 500 mil, nem detalhou de que se tratava", afirmou Mercadante.
O ministro destacou que todo processo da delação premiada ainda precisa ser comprovado. Antes disso, disse, o governo não pode sair tomando decisões. Segundo ele, seria injusto.

Segundo a Folha apurou, Dilma estava disposta a demitir Machado, mas recuou diante de pressões do PMDB.
Mercadante negou que tenha recebido ligações do PMDB pressionando a presidente a não efetivar a demissão. Pemedebistas também negaram oficialmente as pressões mas, segundo a Folha apurou, elas fora de fato feitas.
De acordo com o ministro, a única acusação concreta contra Machado foi feita pelo Ministério Público em Araçatuba, na semana antes do primeiro turno, apontando irregularidades na licitação de um estaleiro no rio Tietê.
O ministro disse que Machado apresentou relatório técnico do TCU apontando que não há indícios de irregularidades na licitação. Mesmo assim, segundo o ministro, o governo solicitou à Corregedoria Geral da União que investigue o caso. 

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