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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Joaquim Barbosa ou Aldo Rabelo? Setores históricos defendem Lula

Por Zóbia Skartinni e Mirela Duprat
Depois de uma guinada à esquerda por influência de setores progressistas que começam a se fortalecer dentro do PSB após o rompimento com o governo Temer, o Partido Socialista Brasileiro começa a pensar em ser protagonista nas eleições presidenciais de 2018 e participar com amplas chances de vitória, a depender da situação da candidatura de Lula caso venha a ser impedida.
Setores históricos admitem a participação numa Frente com os demais partidos de esquerda como o PT, PCdoB e PDT, hipótese já levantada pelo ex-presidente Lula e passível de discussão dentro das bases socialista. No entanto esses mesmos setores admitem que no caso de uma eventual não candidatura de Lula o PSB deveria lançar um candidato numa outra frente com vários partidos progressistas para no segundo turno disputar com o apoio dos demais partidos. Admitindo como correta a estratégia do PCdoB quando lançou Manuela D’Ávila a presidência e do PDT que lançou Ciro Gomes, esse parlamentar do PSB acha que o partido deve fazer o mesmo.
Dois nomes despontam como os principais presidenciáveis do partido e todos muito ligados a esse projeto de uma forma ou de outra a ser debatido pelo PSB em seu próximo congresso nacional que acontece dentro de dois meses aproximadamente. Entre estes nomes e suas características estão na lista dos presidenciáveis do PSB:
Presidenciáveis do PSB em 2018:
Aldo Rebelo –  Ex-Presidente da Câmara dos Deputados, ex-ministro por quatro ocasiões, quando foi ministro da Articulação Política; do Esporte; da Ciência e Tecnologia e também da Defesa. Recém filiado ao PSB, é considerado cristão novo e ainda não empolgou as bases do partido para uma eventual candidatura a Presidente. Mas é sempre lembrado para tal por sua performance histórica.  Em certo momento até arrefeceu os ânimos da militância que via sua filiação com o fortalecimento dos setores mais à esquerda, no entanto ao aparecer como o candidato a vice-presidente de Rodrigo Maia num eventual impeachmam de Temer não empolgou muito a militância. Mas tem peso político e eleitoral dentro do PSB para uma candidatura.
 Joaquim Barbosa – Ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal – STF -; Jurista de ilibado reconhecimento, mas nem filiado é ainda ao PSB e se filiado manifesta interesse apenas em ser candidato a Presidente da República, o que deixa os setores histórico e progressistas de orelha em pé.
É bem visto por alguns setores nos estados mais conservadores, mas não consegue empolgar as bases progressistas que preferem Casagrande, Albuquerque ou Coutinho, e até Aldo Rebelo, nem anima a cúpula partidária que parece não confiar nos propósitos de Barbosa. Alguns setores acham que apenas usaria o partido para a candidatura presidencial e não seguiria as diretrizes partidárias. Mas tem defensores na direção e simpatia nas bases. O PSB do RJ pensa seu nome para uma eventual candidatura ao Senado, onde não encontraria muita dificuldade em se eleger.
Comenta-se nos bastidores do partido que líderes mais à esquerda do PSB, como os senadores João Capiberibe e Ledice da Mata; os deputados Júlio Delgado e Janete Capiberibe além de alguns dirigentes de base como o sindicalista Joílson Cardoso, secretário sindical do PSB e dirigente nacional da CTB, o ex-guerrilheiro e ativista dos direitos humanos, Acilino Ribeiro, da Secretaria Nacional de Movimentos Populares do PSB, do professor Adriano Sandri, dentre outras figuras históricas do partido buscam o apoio do presidente Carlos Siqueira para esse projeto de candidatura própria e\ou aliança com os partidos de esquerda em 2018.
Existe porem um outro fator decisivo que é, além de Carlos Siqueira, o peso político dos governadores Paulo Câmara, de Pernambuco e Rodrigo Rollemberg do DF, do vice-governador de SP, Marcio França e do prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que podem até apoiar essa estratégia, mas ainda não se manifestaram publicamente neste enigmático jogo do xadrez político nacional e terão peso decisivo neste tabuleiro eleitoral onde os mesmos devem movimentar pedras em articulações que coadune também a política local e suas respectivas reeleições.
Márcio França deve assumir o governo de São Paulo caso Geraldo Alkmim seja o candidato do PSDB à Presidência da República. Ontem, em São Paulo, ocorreu o lançamento da candidatura de Márcio França ao governo de São Paulo, tendo recebido o apoio do prefeito João Dória. José Serra já anunciou a intenção de disputar o governo de São Paulo e deverá contar com o apoio de Geraldo Alkimin e do Ministro Kassab, seu fiel aliado.
O xadrez político se mostra complicado.
Fonte: Informa Brasília

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