A privatização no governo Dilma do maior trecho rodoviário, incluindo trecho da BR 324 entre Salvador e Feira de Santana e do trecho da BR 116 entre Feira e a divisa com Minas Gerais, foi estruturada de forma demagógica e populista, estabelecendo como critério preponderante a menor tarifa de pedágio e, por omissão do governo baiano na época, sem estabelecer metas de investimento compatíveis com a importância e relevância para a economia baiana.
A omissão da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, da Federação da Agricultura e do governo baiano foi gritante.
A mesma coisa acontece no sistema ferry-boat, concessionado no final do século passado e que carece de investimentos na infraestrutura e na qualidade dos serviços prestados o que gera uma permanente insatisfação por parte dos usuários.
Dois raros casos de sucesso na privatização da infraestrutura de transportes na Bahia se referem ao Aeroporto Internacional de Salvador e no Terminal de Contêineres de Salvador. Dois grupos importantes e com larga experiência na área tornaram essas concessões referências para o setor.
Contudo, erros gritantes na estruturação das privatizações de rodovias e ferrovias em nosso estado, a completa negligência e subserviência das Agências Reguladoras do setor de transporte salta aos olhos e vem prejudicando o desenvolvimento da economia baiana.
*Engenheiro Civil e Mestre em Administração foi diretor da Codeba, Superintendente de Transportes do Governo da Bahia e assessor especial da Federação das Industrial do Estado de São Paulo.
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