Ele ainda não tem nome oficial. Mas está definido que terá um complexo aquático, com piscinas cobertas e descobertas, um ginásio esportivo, uma brinquedoteca, um centro de internet livre e um teatro com capacidade para 500 pessoas.
A 16ª unidade do SESC na capital, anunciada na última semana, será no coração da cidade.
Ele é o desfecho de uma polêmica que se arrastava desde 2003: a demolição dos edifícios Mercúrio e São Vito, em frente ao Mercado Municipal. Os dois eram símbolos da degradação do centro velho da cidade.
A saída do prefeito Gilberto Kassab para aquele espaço foi doá-lo ao SESC, que agora prepara um complexo de 24 mil m2 no quarteirão do antigo "treme-treme". O projeto faz parte de um pacote de revitalização do P
arque D. Pedro 2o, que inclui um túnel na avenida do Estado. A novidade faz parte de um conjunto de obras de melhorias e requalificação do Parque Dom Pedro II e seu entorno que custará, ao todo, R$ 1,5 bilhão. A ideia é transformar a região num polo gastronômico (além do Mercado Municipal e dos bares e restaurantes previstos nos bulevares, a unidade do Senac deve oferecer cursos de gastronomia) e turístico, integrando o Museu Catavento (no Palácio das Indústrias) e o futuro Museu Estadual (que ocupará a Casa das Retortas).

As obras do SESC devem começar ainda neste ano. Quando ficar pronto, estima-se que o local receberá 15 mil pessoas por mês. Nele, além do centro esportivo, serão construídos também uma clínica odontológica com cinco consultórios, um café, biblioteca e áreas de múltiplo uso. O complexo prevê ainda uma escola do Senac para 2.000 alunos.
"Teremos cursos do básico ao superior, voltados para gastronomia, por causa da proximidade com o mercado", diz Abram Szajman, presidente da Fecomercio (federação do comércio de São Paulo, que gerencia SESC e Senac).
Rumo ao centro Szajman justifica a escolha do endereço do novo SESC dizendo que a entidade, "assim como a prefeitura", está empenhada em revitalizar o centro da cidade. Há, aliás, mais duas unidades do SESC em construção na região central. Uma no Bom Retiro, ao lado da cracolândia, cuja entrega está prevista para o dia 23 de agosto, e outra na rua 24 de Maio (que deve ficar pronta em 2012).
No caso do "SESC Mercadão", Szajman diz esperar a assinatura oficial do contrato com a prefeitura para começar a escolha das empresas que farão a obra. O complexo, com os dois prédios, deverá custar entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões.
O anúncio do novo SESC foi feito 72 horas depois de o último andar do São Vito vir ao chão. Em setembro do ano passado, quando a demolição começou, a prefeitura ainda não sabia o que faria naquele lugar.
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