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segunda-feira, 18 de março de 2013

Congestionamento gera perda de US$ 30 milhões em Santos, diz estudo


Fernanda Pires | Valor
Anna Carolina Negri/Valor
Congestionamento gera perda de US$ 30 milhões em Santos, diz estudo
SANTOS - 
O setor de navegação perdeu ao menos US$ 30 milhões nas últimas duas semanas em razão dos congestionamentos de caminhões no porto de Santos. Os dados são do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar) e referem-se apenas aos contêineres que deixaram de ser embarcados e desembarcados nos terminais do porto de Santos.

“Foram US$ 30 milhões de perdas líquidas, sem falar na parte do granel que também foi afetado”, disse José Roque, diretor-executivo do Sindamar, ao Valor.
A conta abarca o período de 25 de fevereiro a 10 de março e não inclui demais perdas com impactos no restante da cadeia portuária. Por exemplo, as dificuldades de retirada e entrega dos contêineres dos terminais retroportuários.
Por conta das filas quilométricas que tinham início em Cubatão (SP), muitas empresas reduziram à metade os níveis de eficiência, o que deve ter impacto nas suas receitas.
“Os terminais na retroárea do porto, que prestam serviço ao operador, não conseguem entregar os contêineres de exportação e estão com queda de 60% na eficiência”, disse Roque. O mercado de terminais destinados a contêineres vazios também trabalha abaixo da capacidade instalada, com redução de 40%.
“Estamos na iminência de um apagão logístico”, afirmou Roque. Ele citou como principal medida a necessidade de um controle eletrônico de chegada e saída dos caminhões do porto, responsável por escoar 25% da balança comercial brasileira.
“O ideal seria a implantação de um sistema de controle do tráfego dos caminhões que só permitisse a chegada ao porto quando o navio estivesse no cais. Paranaguá (PR) é um porto verticalizado: só desce com autorização do terminal operador”, afirmou.
Na semana passada, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) atribuiu à baixa capacidade de estocagem da safra agrícola nas regiões produtoras o fato de as rodovias e ferrovias absorverem o excesso da carga escoada na origem. Com isso, os reflexos acabaram se tornando mais críticos na ponta da cadeia logística – os portos.
O volume de cargas escoadas por Santos começou forte neste ano. Em janeiro o porto bateu recorde para o mês, com 7,9 milhões de toneladas, superando em 27% o volume operado na mesma base de 2012. A estimativa da Codesp é encerrar o ano com 109 milhões de toneladas, a permanecer esse ritmo de crescimento.
Entre as exportações, os granéis agrícolas tiveram destaque. Os embarques de açúcar avançaram 77,6%, alcançando 1,2 milhão de toneladas; e os de soja peletizada, 214,8%, para 213 mil toneladas. O contêiner também começou o ano com crescimento alto para o período: 10%, chegando a 268,2 mil Teus (contêiner de 20 pés).

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