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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Petrolífera de Eike cai para menor valor histórico na bolsa

Alexandre Campbell/Valor


Petrolífera de Eike cai para menor valor histórico na bolsa
Alerta da Standard & Poor’s (S&P) sobre a deterioração na capacidade de pagamento da OGX levou os papéis a renovarem sua mínima histórica. As ações da petroleira de Eike Batista caíram 10,81% no pregão de hoje, para R$ 1,98, rompendo, pela primeira vez a barreira dos R$ 2. A empresa puxou para baixo o Ibovespa, que encerrou o dia com desvalorização de 1,65%., a 54.648 pontos.

 Natalia Viri e Filipe Pacheco | Valor

Ontem, a agência de classificação de risco rebaixou a nota de crédito da empresa em um degrau de “B” para “B-”. A perspectiva é negativa, o que indica que há possibilidade de novos rebaixamentos no médio prazo. “Apesar de a companhia não ter vencimentos de dívida significativos até 2018, esperamos que ela queime todo seu caixa durante 2013”, afirmaram os analistas da S&P em nota.
Apesar do tom alarmista do comunicado, os detentores de títulos de dívida da companhia minimizaram o movimento da agência. Os bônus da companhia com vencimento em 2018, os mais líquidos, operaram com preço ao redor de 80% do valor de fase, um ponto percentual da taxa observada ontem.
De acordo com operadores de mercado de dívida no exterior, haveria uma venda mais generalizada dos bônus caso a empresa tivesse sido rebaixada de grau de investimento para a faixa de nível especulativo, uma mudança considerada mais significativa, já que muitos investidores institucionais têm mandato para manter apenas bônus com notas mais altas em suas carteiras. 
A nota “B-” está na metade da escala considerada como grau especulativo pela S&P: há cinco degraus a separando do grau de investimento e outros cinco, do calote. “O título já tinha nota ruim, que agora ficou um pouco pior. Não houve grande mudança de categoria nem uma novidade muito relevante no relatório da S&P”, disse um operador.
No mercado de ações, no entanto, qualquer notícia negativa em relação à OGX é suficiente para provocar uma nova corrida dos papéis, resumiu um operador de mercado. Analistas de bancos de investimento, no entanto, julgaram o movimento de hoje como exagerado. 
Em nota, os analistas do Banco Espírito Santo (BES) afirmaram que a notícia é negativa, na medida em que reforça as dificuldades operacionais que a OGX tem passado para gerar caixa. “Mas acreditamos que o impacto sobre o preço da ação deveria ser neutro, já que os papéis já caíram 23% nos últimos trinta dias, conta queda de apenas 1,7% do Ibovespa”, ressalta o analista Oswaldo Telles em relatório.
No ano, os papéis da petrolífera de Eike Batista acumulam queda de 55%.
A corretora Futura chegou a soltar um relatório, recomendando a seus clientes com perfil “mais agressivo”, que aproveitassem a forte queda de hoje para comprar as ações. 
Segundo eles, a perspectiva de que a companhia levante cerca de R$ 1 bilhão com a venda de ações de alguns de seus blocos de exploração de campos de petróleo pode dar força aos papéis. De acordo com notícia veiculada pelo Valor, Eike Batista estaria negociando com a Petronas, da Malásia, a venda de participação em alguns blocos para reforçar o caixa.
(Natalia Viri e Filipe Pacheco | Valor)

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