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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Candidatura de Bloomberg favorece Trump

APO empresário e ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, que cogita disputar a Presidência dos EUA
VALOR Econômico
A possibilidade de o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg disputar a Presidência como candidato independente agitou o fim de semana nos EUA. As primárias (prévias partidárias) que definirão os candidatos à Presidência começam em fevereiro.
Os republicanos em geral saudaram a possível candidatura Bloomberg. Já a democrata Hillary Clinton minimizou a chance de um terceiro candidato. Isso porque avalia-se que Bloomberg tiraria mais votos de Hillary, o que ajudaria o candidato republicano, seja quem for (leia análise abaixo).
Trump disse que ficaria "muito feliz com uma candidatura Bloomberg. "Eu adoraria que Michael concorresse. Adoraria a competição", afirmou. O porta-voz do senador conservador Ted Cruz foi bem explícito. "Concorra, por favor concorra", disse.
Hillary buscou não mostrar preocupação. Disse que, até onde ela entendeu, Bloomberg estaria mais disposto a concorrer se o candidato democrata for o senador esquerdista Bernie Sanders. "Eu vou aliviá-lo em relação a isso e obter a candidatura, assim ele não precisará [concorrer]", disse Hillary, cuja vantagem em relação a Sanders vem caindo rapidamente nas pesquisas eleitorais.
Nunca na história americana um candidato independente (isto é, de fora dos grandes partidos) chegou nem perto de vencer uma eleição presidencial. Mas eles podem ser decisivos ao "roubar votos" de outros candidatos.
Em 1992, o bilionário Ross Perot obteve 18,8% dos votos populares, roubando votos principalmente do então presidente, o republicano George Bush, o que ajudou a eleger o democrata Bill Clinton. Em 2000, Ralph Nader, do Partido Verde, obteve pouco mais de 2% dos votos no país, mas isso possivelmente custou a Presidência ao democrata Al Gora. A eleição foi decidida pelos 543 votos a mais que o republicano George W. Bush obteve na Flórida em relação a Gore. Nader teve mais de 97 mil votos no Estado. Se só 1% desses eleitores tivesse votado em Gore, ele teria sido o presidente dos EUA.
Michael Bloomberg, de 73 anos, é fundador, controlador e CEO da Bloomberg, empresa de informação e dados financeiros. Com fortuna avaliada em quase US$ 40 bilhões, é um dos dez homens mais ricos dos EUA. Em sua carreira política, Bloomberg já foi democrata (até 2001), passou então ao Partido Republicano (2001 a 2007) e desde então é independente. Ele foi prefeito de Nova York por três mandatos, entre 2002 e 2013.
O fato de ter bom trânsito com muitos democratas e republicanos é uma vantagem e uma desvantagem para Bloomberg. Ele possivelmente conseguiria angariar apoio bipartidário, após anos de forte polarização política em Washington. Mas, ao mesmo tempo, enfrentará forte oposição de eleitores mais conservadores, que não aceitam sua posição em favor de temas como aborto, casamento gay e controle de armas.

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