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quarta-feira, 9 de março de 2016

Microcefalia e o sumiço das abelhas

 Estácio Ferreira Ramos*

Na contra-mão da campanha do governo brasileiro para criminalizar o zika vírus como o causador da desgraçada epidemia de microcefalia que se abate sobre o país com epicentro em Pernambuco, e que conta com a escrachada cumplicidade ideológica da OMS/OPAS (que patrocina os falsos médicos cubanos para financiar a ditadura cubana), volto à carga com a minha convicção ~ com base em novas informações ~ de que a tragédia deve mesmo ser causada pelo pyriproxifen - um veneno larvicida que o governo está adicionando à água potável em 100% dos municípios do Norte/Nordeste (e em muitos outros) para tentar conter a proliferação do aedes aegypti. Trata-se de experiência inaceitável 'in anima nobile', já denunciada por médicos argentinos, que deve estar produzindo uma das maiores catástrofes humanitárias do pós-guerra - imputada por seus autores a um vírus e a um mosquito, coisas da natureza - manobra que torna o povo complacente com o que pode ser um genocídio hediondo.
Eis que por capricho do destino, atendi em consulta um 'agente de endemias', ou seja, uma das pessoas que adiciona esse e outros venenos ao ambiente doméstico e à água consumida por milhões de pessoas. 
Aterrorizantes, as informações respondem a questões que me intrigavam; e que me permitem RECONHECER AS CONDIÇÕES sob as quais são geradas as vítimas da tragédia - ou seja, quem são as mães e gestantes que deram ou vão dar à luz crianças quase sem cérebro. E isto é muito importante. Para não tornar esse texto longo, vou me limitar às minhas conclusões sobre os novos dados.
1. Há zika endêmico e epidêmico em 33 paises. Milhares de gestantes tiveram zika nesses países, mas só há microcefalia epidêmica no Brasil.
2. A microcefalia que explodiu no Brasil é gravíssima; diferente da microcefalia leve ou moderada que acomete 5 a cada 15 mil nascidos vivos.
3. O larvicida é aplicado em toda a água potável em reservatórios de 1 (hum!) a 3.000 litros (em tanques mais profundos a larva morre, porque não consegue ir ao fundo buscar alimente, e o larvicida não é necessário). Ou seja, as gestantes sob risco estão nas casas das populações de menor poder aquisitivo. A crise hídrica nos municipios do N/NE fez as familias acumularem água em muitos pequenos recipientes que receberam o veneno; múltiplas doses. A orientação é aplicar 0,1g a cada recipiente de 1 a 50 litros (isso é ridículo).
4. A diferença de 2.400 casos de microcefalia em Pernambuco e 280 na Bahia deve-se ao fato de que quase 100% das casas receberam o veneno em PE, enquanto que na Bahia, apenas 15% dos domicílios são visitados (faltou veneno e equipes). 
5. Os agentes de endemias são orientados a dizer que o veneno é remédio; e eles não aplicam o veneno em suas próprias casas.
6. PORTANTO: as mães que deram a luz a crianças com microcefalia moram em casas pequenas que foram visitadas por agentes de endemias. Isso é fácil de ser apurado. Onde estão os jornalistas investigativos?
7. O veneno é secretado no leite materno, agravando a lesão imposta ao desenvolvimento dos nascituros vitimados.
Deixando o plano do horror, e adentrando o do terror, as abelhas estão desaparecendo rapidamente no país; fenômeno que se mostra mais grave no nordeste, sendo lícito supor que o larvicida as deve afetar. Afinal, as abelhas bebem água, com a qual fazem o mel com que alimentam suas larvas. E se o mel contém larvicida?... Einstein disse que se as abelhas acabarem, a humanidade só terá quatro anos de sobrevida; e o Brasil é líder mundial no consumo de pesticidas e agrotóxicos. Ninguém precisa concordar comigo, mas a produção em série de milhares de recém-nascidos gravemente incapacitados é o segundo maior problema do país; o primeiro é o assassinato dos polinizadores que poderá dificultar a produção de alimentos - e esses problemas podem estar ligados por venenos químicos.
CEO e  Founder na empresa Carlos Ehrich, M.D. Medical Research and Innovation,Director of Medicine na empresa FUTURA DIAGNOSTICS e Fellow na empresa New York Blood CenterEstudou Hematology na instituição de ensinoCornell University

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