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sábado, 19 de março de 2016

Na porta da fábrica Brasil

Aninha Franco*
Depois de ouvir os áudios da República Petista, sou obrigada a escrever pensando em que lugar a Família Da Silva, Lula e Marisa, me mandariam enfiar este texto, se o lessem. Os áudios mostrados por Moro, didáticos, despem o espírito republicano que o partido se autoconfere, peça por peça, marketing por marketing, e expõe sindicalistas com intenções autoritárias na porta de uma fábrica, o Brasil, ocupada em 2003. Lula fala em mandar peões "dar porrada" nos "coxinhas". Marisa Letícia manda os paneleiros "enfiarem as panelas nos cus" em conversa maternal com o filho. Eduardo Paes pede a Lula que se livre de sua "alma de pobre". E todos, inclusive Dilma Rousseff, riem muito das piadas machistas de Lula, o "bacana", o "acima de qualquer investigação". "Eu sou o único que pode tocar fogo nesse País", declara, enquanto as ruas se enchem de brasileiros contrariando esse poder ilimitado que ele, talvez, nunca teve, com números que o Brasil nunca viu.
Diante dessa exposição e de outras excrescências praticadas pelo PT no poder, de clientelismo e arrogância, os petistas que ainda existem, para além dos milhares contratados para ser petistas, gritam: " — Golpistas, golpistas. Não vai ter golpe!". Diante de qualquer ato do Poder Judiciário para conter a barbárie executiva de Lula, Dilma et caterva, esses petistas gritam " — Golpistas, golpistas. Não vai ter golpe! ". Não haverá golpe, lógico. Golpe é uma ação distante do Brasil. Golpe é uma velharia do século 20 incabível no 21, velho como o populismo petista, esse que se arrasta, podre, envergonhando os brasileiros validos e tentando comprar os desvalidos. O Brasil não precisa de força militar para reagir aos desvarios petistas. Precisa de um Poder Judiciário forte e inteligente, com estrelas como Sérgio Moro e outros determinados como ele. Num regime de exceção, os ditadores sempre atacam o Poder Judiciário depois que destituem o Executivo. É só conferir nos golpes militares praticados em 1964 e 1968. O Judiciário é o fiscalizador do cumprimento da Lei que os autoritários não toleram.
Se algum golpe existe contra o Brasil, está sendo tramado contra sua economia, alquebrada, por um dos únicos projetos que Lula tem para o cargo de Ministro da Casa Civil. Lula pretende usar nossas últimas reservas para aumentar bolsas-família diante do desemprego galopante, das empresas falidas e dos milhares de pequenos negócios quebrados. É tudo que o velho coronel desbocado consegue propor ao país que ele e seu partido desmontaram com mentiras, aparelhamento, corrupção e incompetência. Esse é o golpe que ameaça o Brasil, hoje, depois de treze anos e três meses de gestão petista que aumentaram a corrupção existente, e atrasaram o País com o desprezo ao mérito em benefício do clientelismo.
O PT é um fracasso administrativo. Mais nada. É essa a única ameaça à democracia que existe agora. Se essa democracia estivesse conduzida por uma gestão honesta que combatesse a desigualdade com Educação, teríamos um Brasil invencível. Não temos. O Brasil está essa fábrica de fazer cocô descrita por Lula, produzida pela gestão petista.
*Dramaturga

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