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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Caos viário já atinge capitais do Nordeste

Sedes da Copa de 2014, as três principais capitais do Nordeste - Recife, Fortaleza e Salvador - vivem sério problema de mobilidade, resultado do crescimento da frota de veículos e do baixo investimento no setor. Os congestionamentos já ultrapassam os horários de pico e são explorados politicamente. Enquanto a frota brasileira cresceu 54% entre 2006 e 2010 - tem 64,8 milhões de veículos -, a do Nordeste aumentou 80%.
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota brasileira cresceu 54% entre 2006 e 2010, atingindo no fim do ano passado a marca de 64,8 milhões de veículos, entre carros de passeio, motos, ônibus, caminhões e congêneres. No Nordeste, o salto foi de 80% no mesmo intervalo de comparação, sendo 79% na Bahia, 78% no Ceará e 69%, em Pernambuco. Como ocorre em todo o Brasil, o crescimento mais agudo se deu nos municípios do interior. Ainda assim, as três maiores capitais do Nordeste experimentaram uma alta entre 45% e 50% em suas frotas, com o agravante de que essas cidades recebem diariamente um grande fluxo de veículos vindos dos municípios da região metropolitana.
É esse o motivo, por exemplo, que faz da Avenida Paralela uma das vias mais problemáticas de Salvador. Principal ligação entre a capital baiana e cidades vizinhas como Lauro de Freitas e Camaçari, a avenida é um teste diário de paciência para os motoristas baianos. Às vezes a gente leva uma hora e meia para andar menos de 15 quilômetros, conta o taxista Hilton Lopes da Conceição. Trabalhando no táxi desde 1973, ele garante que o trânsito da cidade vive hoje o seu pior momento.
Com uma frota de 660 mil veículos, Salvador também sofre com suas peculiaridades geográficas. De acordo com a professora Ilse, o relevo montanhoso da cidade dificulta a construção de grandes vias, o que acaba gerando um crescimento desordenado. Como no Recife, a fiscalização é considerada precária: A gestão do trânsito não dispõe de centro de controle, não há informações, revela.
A Prefeitura de Salvador pretende enfrentar o problema com a instalação de 42 quilômetros de BRTs, além da expansão do metrô da cidade e da modernização do chamado trem de subúrbio. Coordenador de Projetos de Transporte da prefeitura, Francisco Ulisses Rocha lembra que o plano prevê ainda a abertura de mais 40 quilômetros de vias e a duplicação de outros 38 quilômetros.
A expectativa é que todas as obras estejam concluídas até a Copa do Mundo de futebol de 2014, a um custo total de R$ 3 bilhões. Assim como no Recife, uma boa parte dos recursos deverá vir do governo federal, por meio do braço para mobilidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
(Valor Online)

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